Tag: costumes

  • Tango, a música do Río de la Plata

    Tango, a música do Río de la Plata

    Tango, a original música do Río de la Plata

    As primeiras manifestações do que tempo depois seria chamado de Tango, começaram aparecer em 1880 na beira do Rio de la Plata. Era uma mistura de milonga, musica cubana e até musica negra. De fato, na língua africana chamava-se tango ao lugar onde eram reunidos os escravos para depois serem traficados. Poderia se dizer, então, que era a resposta porteña ao candombe (musica de negros) que já estava se desenvolvendo no país vizinho do Uruguai.

    Conheça com detalhes a história da cidade de Buenos Aires.

    Era inicialmente um tipo de musica machista, de homens solitários que dançavam entre eles. Como só era tocado nos bordéis e lugares de duvidosa reputação, as únicas mulheres que na época dançavam o Tango eram as prostitutas; o que foi fazendo do estilo uma dança abertamente sensual, com evidente contato corporal. Desse jeito, nos seus primeiros anos de vida,  foi considerado um tipo de musica proibida e marginal.

    Os primeiros exemplos

    As primeiras letras, totalmente improvisadas, eram obscenas e descreviam a presença do “compadrito” (malandro). Uma imagem que pode resumir rapidamente a essência do Tango argentino é a figura do “compadrito” encostado numa esquina de bairro qualquer, de olhar torto e ajeitando seu chapéu.

    Tango em Buenos Aires
    O Tango, um dos símbolos da cultura argentina

    Era um estilo interpretado por bandas de músicos limitados tecnicamente e de escassos conhecimentos teóricos e os trios estavam conformados por flauta, violino e violão; só anos depois apareceu o bandoneon (de origem alemã). Desde os botecos da beira do Riachuelo, entre marinheiros, trabalhadores do porto, imigrantes e prostitutas, a dança ingressou no século XX.

    No século XX

    Gradualmente foi se espalhando entre os salões de baile, academias e bares até ser finalmente aceito pela sociedade. Foi exportado á Europa e depois de 1910 o Tango virou sucesso na França. Já nos anos 20 entra nos elegantes Cabarés de Buenos Aires e as letras das musicas começaram a mudar.

    O primeiro letrista foi Pascual Contursi (1920) que, incluindo palavras da gíria porteña (o denominado “lunfardo”) nas suas nostálgicas letras, descrevia a dor pela mulher perdida, o passado e a figura materna. Outros poetas igualmente talentosos seriam Enrique Santos Discépolo, Alfredo Le Pera e Cátulo Castillo.

    Nos anos 30 começaram aparecer orquestras formadas por músicos de grande valor, sendo Juan D’Arienzo (apelidado o Rei do Compasso) um dos mais notáveis. Outros músicos célebres que surgiram depois foram Osvaldo Pugliese, Aníbal Troilo e Astor Piazzolla.

    Não deixe de visitar o tradicional Café Tortoni, onde é possível sentir a essência do Tango.

    Nos anos 60 a dança perde popularidade ante a aparição de outros estilos musicais, mas no final do século passado experimenta um ressurgimento principalmente entre as gerações mais jovens. Hoje em dia existem em Buenos Aires numerosas academias onde é possível aprender dançar o Tango.

    Alguns nomes emblemáticos

    Carlos Gardel, nascido entre 1887 e 1890 foi o cantor mais conhecido. Seu lugar de nascimento foi sempre motivo de duvida (nunca ficou claro se nasceu na França ou no Uruguai) e a sua carreira começou em 1912 até a sua morte, o 24 de junho do ano 1935 num acidente de aviação em Medellín, Colômbia.

    O bandoneón é o instrumento característico do Tango
    O bandoneón é o instrumento característico do Tango

    Enrique Santos Discépolo (1901-1951) foi um escritor, compositor e autor de alguns dos títulos mais famosos: “Cambalache” e “Cafetín de Buenos Aires”.

    Pensa viajar a Buenos Aires e quer curtir um verdadeiro show de tango, com jantar, bebidas livres e traslado ida e volta incluídos? Então não perca mais tempo… a sua solução acabou de chegar!!!

    Alfredo Le Pera: letrista, escritor, jornalista e parceiro inseparável de Carlos Gardel, foi o autor da maioria das letras dos tangos de Carlos Gardel.  Nascido originalmente em Brasil no ano 1900 e radicado em Buenos Aires, morreu junto com Gardel no mesmo acidente de avião em 1935.

    Aníbal Troilo: apelidado de “Pichuco” foi um grande musico e interprete do bandoneon. Autor da música “Sur” além de muitos outros, foi um dos compositores de maior influencia nas gerações seguintes.

     

  • Rugby Argentino, a outra paixão esportiva

    Rugby Argentino, a outra paixão esportiva

    Rugby Argentino, a outra paixão esportiva

    Pelé ou Maradona? Messi ou Neymar? Não, não vamos falar de futebol, um dos motivos de maior rivalidade entre argentinos e brasileiros. Os hermanos têm também outro esporte que adoram e acompanham: é o rugby, uma atividade que no Brasil também vem crescendo em popularidade nos últimos tempos.

    O rugby teve suas origens em Buenos Aires no ano 1875, trazido da Inglaterra. Mas foi preciso esperar 25 anos até os primeiros campeonatos começarem. Foi associado inicialmente às classes sociais mais altas, o que de alguma maneira impediu que fosse considerado um esporte popular. De fato, desde cedo, foi praticado nos colégios privados mais seletos da cidade.

    Diferente do futebol, profissional e massivo, o rugby sempre foi um esporte amador com maior aceitação nos bairros mais distinguidos. É por isso que para muitos, a cidade de San Isidro é a capital do rugby argentino.

    rugby argentino, los pumas

    Liga de rugby de Buenos Aires

    Em Buenos Aires existem mais de 80 equipes que participam dos torneios dependentes da URBA (União de Rugby de Buenos Aires). Atualmente o campeonato conta com 85 times, divididos em sete grupos.

    O grupo principal, chamado de Top 14, reúne as 14 equipes portenhas melhor posicionadas. Algumas delas são Club Atlético San Isidro (C.A.S.I), San Isidro Club (S.I.C), Club Universitário de Buenos Aires (C.U.B.A) e Hindú (o último campeão).

    Comprou um pacote turístico e pensa ficar em Buenos Aires só por alguns dias? Não sabe que lugares visitar? Veja como conhecer Buenos Aires em três dias.

    Los Pumas, representantes do rugby argentino

    rugby argentino é representado internacionalmente pela sua seleção, apelidada de Los Pumas (levam esse nome desde 1965)Conhecidos e respeitados mundialmente pela sua garra e espírito de luta, a equipe nacional já se enfrentou em igualdade de condições contra os melhores times do mundo.

    Mesmo sem chegar exatamente ao mesmo nível das seleções Top (com os All Blacks da Nova Zelândia, os Wallabies australianos ou os Springboks sul-africanos), Los Pumas são sempre um sinal de perigo para qualquer adversário.

    Suas conquistas internacionais mais importantes foram seu meritório terceiro lugar na Copa do Mundo da França de 2007, e a segunda posição no Mundial de Rugby 7 do ano 2009 de Dubai. Na sua apresentação em 2007 Los Pumas tinham 23 dos seus 31 jogadores jogando na liga européia de rugby.

    (Foto: Gobierno)

    Rugby argentino, Buenos Aires

    Jogadores argentinos mais destacados

    • Hugo Porta: foi o primeiro jogador argentino de rugby em obter reconhecimento internacional. Além disso, foi o capitão de Los Pumas durante 12 anos e é considerado junto com Gonzalo Quesada um dos melhores chutadores do rugby argentino.
    • Gonzalo Quesada: vestiu a camisa nacional oito anos e foi o máximo artilheiro na Copa do Mundo de 1999 (no País de Gales), brilhando pela precisão do seu chute e pontaria. Acabou sua carreira profissional na França onde reside atualmente.
    • Agustín Pichot: foi membro da seleção argentina de rugby entre os anos 1995 e 2008. Considerado o melhor jogador do mundo por várias temporadas, do mesmo jeito que Quesada, continuou a sua carreira na Europa depois de 1999 (só que na Inglaterra). Durante seus dois últimos anos em Los Pumas foi o capitão. Participou de quatro copas do mundo.
    • Felipe Contepomi: começou jogando no clube Cardenal Newman de Buenos Aires junto com seu irmão Manuel. Integrou a equipe argentina e jogou a primeira das suas quatro copas do mundo em 1999. Posteriormente jogou na Inglaterra, Irlanda e França para depois voltar à Cardenal Newman. Brilhou como chutador no Mundial da França de 2007 perdendo a posição de máximo artilheiro para o sul-africano Percy Montgomery.
  • O popular cafezinho de Buenos Aires

    O popular cafezinho de Buenos Aires

    O popular cafezinho de Buenos Aires

    Considerando que o portenho carece do hábito de tomar o café da manhã em casa, o fato de entrar num bar antes do trabalho ou até mesmo durante a jornada laboral, vira uma necessidade.

    Pode ser pedido sozinho ou junto com alguma medialuna (croissant), mas de qualquer jeito o popular cafezinho de Buenos Aires sempre chega acompanhado pelo menos de um copinho de água e algum docinho ou bolacha.

    Também é motivo ou desculpa para marcar um encontro com amigos: a gente se encontra hoje à tarde naquele barzinho para tomar um café?  Ou bem para o sutil início de uma conquista ou paquera: posso te convidar para tomarmos um cafezinho e conversar?

    Está em Buenos Aires e hoje à noite vai jantar fora? Ou está a fim de tomar aquele cafezinho? Primeiro conheça 10 características dos bares e restaurantes de Buenos Aires.

    6 tipos de café mais solicitados

    Quem visita Buenos Aires pela primeira vez, vai encontrar várias opções antes de pedir um café. As mais solicitadas são:

    1. Café ou cafecito: café pequeno ou simples.
    2. Cortado: o tradicional pingado brasileiro.
    3. Café doble: expresso médio ou duplo.
    4. Café con leche: café com leite, pode vir com ou sem medialunas.
    5. Lágrima: mais leite e menos café, bem leve e geralmente servido em jarrinho.
    6. Café com crema: café com creme chantilly, para os paladares mais sofisticados.

    (Foto: flavouz)

    Cafezinho de Buenos Aires (Foto: flavouz)

    Enquanto degusta-se o café escolhido é possível ler tranquilamente um dos jornais ou revistas que a maioria dos bares oferece gratuitamente aos clientes enquanto permanecem no local.

    Se for viajar a capital argentina, recomendamos conhecer os principais costumes e características de Buenos Aires.

    Segredos e características do cafezinho de Buenos Aires

    • Diferente do café brasileiro (que como seu nome indica é produzido no Brasil), na Argentina o maior volume de café consumido vem da Colômbia, o que acaba resultando numa marcante característica no sabor.
    • O tipo de grão, moedura e torrefação são outros dos elementos fundamentais que determinam esse gosto tão singular do cafezinho de Buenos Aires.

      Café com churros, cafezinho de Buenos Aires
      Um cafezinho acompanhado de churros, outra das opções nos bares portenhos
    • Normalmente é bem forte, o que pode chamar a atenção do turista brasileiro. Mas como quase tudo tem solução, isso se resolve pedindo ao garçom um café liviano (café leve).
    • Nas máquinas expresso de bares, confeitarias e restaurantes, antes de colocar o café já prensado e encher a xícara, é de lei abrir a válvula e deixar sair um pouco de vapor (desse jeito o cafezinho não sairá queimado).

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

  • Massas, o almoço predileto dos Domingos

    Massas, o almoço predileto dos Domingos

    Massas, o almoço predileto dos Domingos

    Mais uma vez por causa da influência dos imigrantes italianos, os argentinos (em especial os moradores de Buenos Aires) têm uma considerável preferência pelas massas. Mesmo não sendo cem por cento original da região, o prato italiano ocupa um lugar de destaque no cardápio local e está sempre presente na culinária portenha, sendo uma das comidas típicas argentinas mais apreciadas e queridas.

    Gostaria de acompanhar seu prato predileto com um bom vinho? Conheça então as características do vinho argentino.

    No almoço do domingo, enquanto uma boa maioria dos brasileiros preferiria degustar um suculento churrasco, um peixe bem elaborado, ou talvez um completíssimo cozido, os hermanos têm um prato fixo difícil de ser trocado: as massas.

    Massas, o prato dos domingos

    A rotina da maioria dos portenhos numa tranquila manhã de domingo sempre tem sido acordar mais tarde, ir comprar o jornal (que hoje em dia pode ser lido tranquilamente pela internet, é verdade!), dar uma passada pela padaria para finalmente concluir o trajeto no lugar mais importante: a fábrica de pastas caseras.

    Cada bairro tem pelo menos uma, com um maior movimento principalmente nos finais de semana. A variedade de massas em Buenos Aires é realmente grande e aquele que não vai com uma idéia bem definida do que vai comprar para colocar na mesa do almoço dominical, pode precisar de tempo até finalmente se decidir.

    Se você gosta de pizza lhe oferecemos uma lista com as cinco pizzarias mais populares da Calle Corrientes.

    Enquanto em muitos lugares do Brasil é servida junto com outros pratos, ou como acompanhamento (lembrando sempre que o brasileiro prefere combinar vários tipos de comida ao mesmo tempo), os argentinos têm o hábito de servir a massa como prato principal.

    Diferentes tipos

    Existem dois tipos bem definidos: as pastas secas (aquelas que já vêm envasadas e podem ser achadas nas prateleiras dos supermercados) e as pastas frescas, de sabor mais caseiro e que precisam de frio. Porém, o principal atrativo acaba dependendo dos numerosos tipos e tamanhos que podem ser escolhidos. As opções em Buenos Aires são muitas e têm para diversos gostos, ou quase todas as preferências.

    Dentre as massas secas destacam-se os tradicionais espaguetis, tallarines, ñoquis mostacholes ou macarrones (conhecidos no Brasil como penne)Quem se interessar pelas recheadas pode se deleitar com os ravioles, canelonis, capellettis, sorrentinos (parecido com os ravioles só que de maior tamanho e com recheio de mozzarella), sem esquecer, é claro, de uma das preferidas dos brasileiros: a lasaña.

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    Geralmente uma boa fábrica de pastas caseras oferece também diversos molhos já prontos para servir, como também empanadas, pastéis (doces e salgados), pastelões e sobremesas para completar o cardápio do almoço de domingo junto com a família.

    (Foto: naotakem)

    Massas (Foto: naotakem)

    5 molhos mais utilizados pelos argentinos para acompanhar as massas

    Na hora de tomar a decisão sobre qual molho (chamado de salsa em espanhol) escolher, é bom saber que os 5 molhos mais utilizados pelos argentinos para acompanhar as massas são:

    1. Tuco (é o mais tradicional para acompanhar qualquer tipo de massa. Seus ingredientes principais são molho de tomate, alho, óleo, cebola, pimentão e cenoura).
    2. Boloñesa (bolonhesa): parecido com o anterior, mas com a presença determinante da carne moída.
    3. Salsa Blanca (molho branco).
    4. Pesto (manjericão, alho, nozes trituradas, queijo parmesão e óleo).
    5. Cuatro quesos (quatro queijos).

    Vale a pena adicionar à lista o molho Fileto que na verdade poderia ser considerado uma versão mais simples e rápida do já mencionado Tuco. É feito em escassos quinze ou vinte minutos e leva azeite, alho, molho de tomate, sal e pimenta; quando estiver quase pronto, é só questão de adicionar por cima um pouco de orégano.

  • Os 3 aperitivos favoritos dos portenhos

    Os 3 aperitivos favoritos dos portenhos

    Os 3 aperitivos favoritos dos portenhos

    Com a chegada dos imigrantes europeus, especialmente aqueles vindos da Espanha e da Itália, nasceu em Buenos Aires a tradição do vermute ou aperitivo, costume que continua inalterável até o dia de hoje.

    O que não é difícil de comprovar já que os 3 aperitivos favoritos dos portenhos são de origem italiana. Porém, antigamente os donos da maioria dos bares da cidade de Buenos Aires eram imigrantes espanhóis; desse jeito podemos atribuir a influência aos dois países de uma forma democrática.

    Começa assim o hábito de degustar uma bebida antes das comidas, seja antes do meio dia ou bem no final da tarde.

    Conheça em detalhe as comidas típicas de Buenos Aires.

    A maneira mais tradicional de servir qualquer aperitivo é misturando-o com soda (um simpático sifão de água com gás com alta pressão) ou com diversos refrigerantes. Com ou sem gelo, porém o aperitivo deve estar sempre bem frio.

    (Foto: gabriel amadeus)

    Os 3 aperitivos favoritos dos portenhos (Foto: gabriel amadeus)

    Sem dúvida podemos afirmar que os 3 aperitivos favoritos dos portenhos são os seguintes:

    Fernet

    Fernet é um aperitivo de cor preta e muito amargo, com um alto teor alcoólico que varia entre 40 e 45%. Produto da combinação de diferentes ervas, pode ser utilizado como digestivo ou aperitivo e tem certa semelhança com o aperitivo brasileiro Underberg.

    A maneira mais tradicional de beber o Fernet é misturada com refrigerante de cola, o que ajuda a diminuir o intenso gosto amargo e produz uma alta e espessa espuma.

    (Foto: jesusdehesa)

     Os 3 aperitivos favoritos dos portenhos (Foto: jesus dehesa)
    O Fernet é atualmente o aperitivo mais popular em Buenos Aires

    Nos últimos vinte anos ganhou uma popularidade gigante, ultrapassando os outros aperitivos mais convencionais no gosto do portenho, e tendo ganhado o apelido de “Fernando”. Sem exageros, é uma bebida ou drinque que pode ser considerado parte da cultura contemporânea.

    Junto com o Americano Gancia, o Fernet é um dos preferidos pelos bebedores mais jovens e uma figura sempre presente em qualquer danceteria.

    Gancia

    Produto originário da Itália, do mesmo jeito que a maioria dos aperitivos, o Gancia chegou à Argentina no século XX, nos anos 30.

    Totalmente oposto do Fernet, tem uma cor quase amarela ou âmbar, é bastante doce e seu teor alcóolico não ultrapassa os 15%. Sendo basicamente uma mistura de ervas, álcool e vinho branco, quando a garrafa é aberta desprende um agradável e adoçado perfume.

    Pode ser consumido como aperitivo, misturado com água com gás (a conhecida soda argentina) ou também como coquetel, adicionando gelo e limão e agitando os três componentes numa coqueteleira (o super- famoso Gancia batido).

    Está em Buenos Aires e hoje à noite vai jantar fora? Ou está a fim de tomar aquele cafezinho? Primeiro conheça 10 características dos bares e restaurantes de Buenos Aires.

    Cinzano

    Foi historicamente o vermute mais popular, perdendo seu lugar nos últimos tempos só para o Fernet. Com tudo, continua firme e forte entre os 3 aperitivos favoritos dos portenhos.

    De origem italiana, é talvez o que mais cedo chegou ao país (1877) e foi aceito rapidamente pela sociedade; a partir de 1925 começou a ser fabricado na Argentina.

    (Foto: srgblog)

    Os 3 aperitivos favoritos dos portenhos (Foto: srgblog)

    Também fruto da combinação de numerosas ervas aromáticas, vinho e açúcar, apresenta uma intensa cor vermelha, embora sejam utilizados diferentes tipos de vinho branco no processo de elaboração. Seu particular sabor é suave e doce.

    No Brasil seu concorrente mais próximo seria o Martini Rosso, de características similares.

    A forma mais clássica de beber o Cinzano é com gelo e soda (do mesmo jeito que o Americano Gancia). Outra interessante combinação, talvez não muito conhecida, mas que vale a pena experimentar é o Cinzano com qualquer refrigerante de laranja e gelo.

    É também utilizado na elaboração de coquetéis mais sofisticados e internacionais como o Negroni e o Manhattan.

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    A “picada”, o elemento que não pode faltar

    Muito bem, já mostramos quais são os 3 aperitivos favoritos dos portenhos, mas um elemento que nunca pode faltar é a tradicional picada.

    Uma completa picada não é outra coisa do que a combinação de diversos frios, queijos, azeitonas, pães, amendoim e muitos outros salgadinhos, com o simples, porém firme objetivo de acompanhar o aperitivo predileto e manter as duas mãos ocupadas!

    (Foto: christine592)

    Picada (Foto: christine592)

    Diferente da cerveja, o doce sabor dos aperitivos pode resultar bastante traiçoeiro num estômago vazio (principalmente aqueles de maior teor alcoólico). Mas a fiel picada está precisamente para prevenir esse tipo de transtornos.

    Costume bem argentino, seja num bar ou na própria casa recebendo os amigos, é outra das coisas que o turista que visita Buenos Aires pela primeira vez não pode deixar de experimentar.

  • Vinho argentino, a bebida nacional

    Vinho argentino, a bebida nacional

    Vinho Argentino

    O vinho é uma das bebidas mais antigas que a humanidade já conhece, tendo aparecido muito antes do começo da era cristã. Parceiro ideal de uma boa comida e nunca ausente num encontro entre amigos, é ao mesmo tempo a fiel companhia de quem gosta de cozinhar.

    Com uma tradição de mais de 400 anos, Argentina é reconhecida internacionalmente pela variedade e qualidade de seus vinhos. Sem dúvida, o vinho argentino é um dos produtos nacionais que boa parte dos turistas estrangeiros sempre tem interesse em experimentar. De fato, a República Argentina é o quinto maior produtor de vinho e o nono exportador mundial.

    Não deixe de saber quais são os aperitivos favoritos dos portenhos.

    Foi decretado “bebida nacional” pelo Governo argentino em 2010, que a partir daí vem estimulando intensamente o consumo do vinho; calcula-se que anualmente são consumidos aproximadamente 30 litros por pessoa.

    Principais regiões

    A produção está centralizada principalmente nas províncias de Mendoza, considerada a capital do vinho argentino, além de San Juan, Salta e nos últimos tempos a região patagônica; regiões que apresentam os fatores e características ideais para a plantação e crescimento do ingrediente principal na elaboração do vinho: a uva.

    (Foto: longhorndave)

    Vinho argentino (Foto: longhorndave)

    Os diversos tipos de uvas são plantados em solos áridos e quase desérticos, as videiras se desenvolvem em terras com uma altura que vão de 300 até 3.000 metros de altitude.

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    As regiões mencionadas são caracterizadas por terem ventos secos e não muito frios, e um clima seco mesmo nas épocas de mais baixas temperaturas. Por último, a alta pureza das águas utilizada é outro dos fatores principais na elaboração do vinho.

    10 adegas argentinas tradicionais

    Na atualidade existem milhares de adegas espalhadas pelas diferentes regiões onde o vinho argentino é elaborado. Algumas das mais tradicionais são:

    1. Etchart (originária de Cafayate, no sul da província de Salta. Lugar de nascimento do vinho branco Torrontés).
    2. Finca Flichman (da cidade de Barrancas, no sul de Mendoza. Produtores do legendário tinto Caballero de la Cepa).
    3. Michel Torino (também de Cafayate, foi uma das primeiras adegas argentinas em alcançar sucesso internacionalmente).
    4. Navarro Correas (provavelmente uma das mais antigas de Mendoza, tem mais de duzentos anos de existência).
    5. Norton (fundada pelo inglês Edmund J. Norton em Mendoza em 1895, com uvas trazidas da França).
    6. Santa Ana (1891, Mendoza. Destaca-se pela qualidade do seu Malbec e Cabernet Sauvignon).
    7. Trapiche (Mendoza, 1883, é uma das adegas que mais exporta com mais de 80 países do mundo recebendo seus vinhos).
    8. Escorihuela (inaugurada no ano 1885 por um imigrante espanhol, é outra das adegas mais velhas da província de Mendoza).
    9. Catena Zapata (Luján de Cuyo, Mendoza)
    10. Luigi Bosca (Luján de Cuyo. Vinhos de alto padrão produzidos pela família Arizu, uma das mais tradicionais da indústria vinícola).

    (Foto: Jesus Dehesa)

    Vinho argentino (Foto: Jesus Dehesa)

    Variedades do vinho argentino

    Tintos

    • Cabernet: o mais famoso, de intensa cor escura.
    • Merlot: variedade mais suave do Cabernet.
    • Malbec: o típico vinho tinto argentino produzido em Luján de Cuyo, Mendoza.
    • Pinot: possui uma cor vermelha mais clara que os anteriores.

    Brancos

    • Chardonnay: o branco mais apreciado e popular.
    • Sauvignon: requintado, seco e com certa acidez pode ser servido também como aperitivo.
    • Semillón: seco e nobre, é produzido unicamente em Mendoza e na Patagônia.
    • Torrontés: seu sabor é inconfundível e difere dos brancos tradicionais.

    Veja as principais características do Churrasco argentino.

    Um dos pontos talvez mais discutidos no mundo todo é que tipo de vinho deve ser escolhido para acompanhar uma determinada comida. Como generalidade, os vinhos tintos são os escolhidos para degustar carnes vermelhas, massas e queijos, e os vinhos brancos aparecem como a melhor opção para peixes, frutos do mar e carnes brancas.

    Bebidas Tradicionais

    Porém, esse conceito foi mudando com o passar do tempo e hoje em dia alguns especialistas já sugerem combinações menos formais, dependendo mais do gosto pessoal do que uma regra estabelecida.

    Em questões de temperaturas, a recomendação básica é abrir uma garrafa de vinho tinto uma hora antes de ser servida para assim atingir a temperatura ambiente (esse conceito pode variar dependendo do tipo de vinho). Os brancos devem estar frios, sim, embora dispensando sempre o uso de gelo que acaba influenciando na qualidade e sabor.

    Moral da história: a procura da maridagem ou combinação perfeita não deve tirar, de jeito nenhum, o prazer de degustar uma boa taça daquele vinho argentino da sua preferência.

    Saúde.