Brasileiros por Buenos Aires

Autor: Patricio Espigares

O que fazer na Patagônia Argentina

O que fazer na Patagônia Argentina

Embora Buenos Aires seja o destino mais procurado da Argentina, o país vizinho ainda conta com outra opção muito atraente. Por acaso… você curte um clima mais frio, roupa quente e até um pouco de neve? Se a resposta for afirmativa, então você deve incluir a Patagônia Argentina nos seus próximos planos. Não perca mais tempo!

Do mesmo jeito que a terra do tango, a Patagônia também pode ser visitada o ano todo. As épocas de neve são as mais bonitas, mas a visita vale a pena em qualquer estação. Não devemos esquecer que durante o inverno o frio costuma ser bastante intenso, com temperaturas abaixo de zero. Mas tem uma vantagem: o frio normalmente é mais seco que na capital. Logo, a sensação térmica não acaba sendo tão terrível!

O maior atrativo que a Patagônia Argentina oferece é a sua incomparável natureza. Montanhas, rios, lagos, bosques, neve, fauna… tudo forma parte de um singular pacote difícil de resistir. As paisagens patagônicas são decididamente encantadoras, e acabam conquistando aos seus visitantes. Vamos conferir então quais os lugares mais destacados da região…

Bariloche

Depois de Buenos Aires, com certeza é Bariloche o lugar que mais atrai a atenção do público brasileiro. Uma viagem de avião de duas horas e meia separam San Carlos de Bariloche da capital portenha. Já quem quiser ir de ônibus vai precisar de muita mais paciência pois o percurso demora aproximadamente 24 horas!

O que fazer em Bariloche? Ora, tem muita coisa. Já de entrada um passeio ao redor do lago Nahuel Huapi resulta mais do que atraente. Porém, se você quer curtir uma vista panorâmica da região toda o mais recomendável é visitar o Cerro Catedral, o lugar top para esquiar. No seu roteiro não pode faltar um passeio de teleférico no Cerro Otto, nem conhecer o Cerro Tronador. No Cerro Otto podemos encontrar a famosa confeitaria giratória, outra opção de vista panorâmica imperdível. Sim, e a mais de 1,4 mil metros de altura!

Aqueles que adoram a natureza e fazer trilha vão ter também muitas opções. Existe um monte de excursões e passeios que permitem apreciar, em primeira mão, toda a singular beleza de Bariloche.

Quer um programinha mais simples, mas que com certeza todo brasileiro gosta? Fazer compras no Centro Cívico e comprar aqueles casacos de lã é quase uma obrigação. E os tentadores chocolates também não podem faltar na lista de compras… uma verdadeira delícia!

Confira todas as atividades turísticas disponíveis em Bariloche

Outras opções se você estiver em Bariloche

Se você pensa ficar vários dias em Bariloche, então a sacada é alugar um carro. Desse jeito será possível visitar outros pontos turísticos da Patagônia Argentina que ficam nas redondezas. A mais próxima é Villa La Angostura, uma cidade pequena porém muito aconchegante e com numerosos destaques. O Cerro Bayo, além de ser o centro de esqui da Villa, tem uma bela cachoeira que pode ser visualizada desde diferentes pontos do cerro.

Chegando no final de Villa La Angostura o caminho separa-se em dois sentidos: para o porto ou em direção ao Caminho dos 7 lagos. Desde o porto sai o ferry-boat que faz a navegação até o Bosque de los Arrayanes, uma belíssima floresta de árvores avermelhadas. No meio dele encontra-se a famosa casinha na qual, segundo a história, foi baseado o filme Bambi de Walt Disney.

Já se pegar o Caminho dos 7 Lagos o panorama muda, permitindo percorrer os espetaculares lagos que contornam a Ruta Nacional 40. Ai você terá a possibilidade de conhecer o Lago Correntoso, que na verdade é bem calmo, quase um espelho. Se houver tempo vale a pena também fazer uma escapadinha até San Martín de los Andes, outra cidade muito bacana. Mas lembre-se: a dica é alugar um carro para poder aproveitar melhor e visitar diferentes lugares em menos tempo.

Ushuaia

Quem já não ouviu falar alguma vez de Ushuaia, também conhecida como a “cidade do fim do mundo”? O ponto mais austral da Argentina brilha com luz própria e não precisa de muitas apresentações. Falar do sul argentino é falar de Ushuaia e a sua sedutora beleza patagônica. Trata-se da cidade mais fria do país, com uma temperatura mínima, no inverno, de -10º. Frio para valer…

Só que as baixas temperaturas não são obstáculo nenhum para que Ushuaia possa sobressair com um dos pontos de visitação mais célebres da Patagônia Argentina. Sim, Ushuaia conta com atributos suficientes como para satisfazer o paladar dos turistas mais exigentes e achamos um bom exemplo disso no grande número de cruzeiros que atracam no porto da cidade.

O Parque Nacional de Tierra del Fuego pode ser considerado a figura principal de Ushuaia. Um dos destaques é o Trem do Fim do Mundo, que originariamente transladava os presos desde o presídio até o local onde eles trabalhavam durante o dia. Mas isso não é tudo, não. Dentro do parque você poderá percorrer uma imensa área de quase 70 mil hectares, onde estão o Lago Roca e a Bahia Lapataia.

Logicamente, aqui também não poderia faltar uma boa navegação: a dica é um passeio pelo Canal de Beagle. Caiaque, trekking na lagoa Esmeralda e passeios de 4×4 para quem gosta de adrenalina ainda tem em Ushuaia. Na Ilha Martillo até é possível andar junto com os pinguins! Seja no inverno, quando tem neve, ou durante o verão (dias mais longos e menos frio!), a cidade de Ushuaia é um dos tesouros da Patagônia Argentina.

Confira todas as atividades turísticas disponíveis em Ushuaia

El Calafate

Famoso pelas imponentes geleiras, em especial o Glaciar Perito Moreno, El Calafate é outro destino muito procurado na Patagônia Argentina. E motivos para isso não faltam. A sua original graça acaba tirando o fôlego dos turistas, desejosos de testemunhar o rompimento natural do Perito Moreno. Esse espetacular acontecimento pode ser visto unicamente a cada dois anos (como mínimo) … às vezes demora mais.

A estrela de El Calafate é sem dúvidas o Parque Nacional Los Glaciares. Nele se encontram as geleiras mais renomadas: o Glaciar Perito Moreno, Onelli, Upsala e Spegazzini. A melhor maneira de apreciar as geleiras é fazendo uma navegação pelos rios, uma experiência inesquecível.

Do mesmo jeito que em Bariloche, quem gosta de esportes pode aproveitar para fazer trekking, caiaque, snowboard e ainda patinação. Mas se ficar em El Calafate tem sabor a pouco ainda há outras alternativas. El Chaltén, mais um centro turístico destacado da Patagônia Argentina, encontra-se a três horas de El Calafate.

Não deixe de visitar alguma fazenda e descobrir as bondades da gastronomia local, como o tradicional cordeiro patagônico. Quem gosta de peixe também tem motivos para se deleitar com as trutas, salmão e outros peixes regionais.

Confira todas as atividades turísticas disponíveis em El Calafate

Como chegar na Patagônia Argentina

As principais companhias aéreas brasileiras não disponibilizam voos diretos desde o Brasil. Aerolíneas Argentinas também não. Desse jeito, a conexão para Bariloche, Ushuaia ou El Calafate deverá ser feita em Buenos Aires. Mas em qual dos dois aeroportos portenhos, hein?

Lembrando que no Aeroparque Jorge Newbery já não operam voos internacionais desde o último mês de abril. Todos os voos vindos desde o exterior agora pousam obrigatoriamente no Aeroporto Internacional de Ezeiza. Por causa disso, precisamos levar em consideração o translado entre ambos os aeroportos e o tempo disponível entre as conexões.

Porém, atualmente existem vários voos com destino à Patagônia Argentina saindo desde Ezeiza, não só desde Aeroparque. Confira essa alternativa na hora de fazer a reserva já que isso pode fazer toda a diferença. Fazer a conexão no mesmo lugar pode resultar muito mais conveniente do que andar trocando de aeroporto às pressas. Sempre que o tempo de espera entre um voo e o outro for razoável, logicamente…

O inverno está se aproximando… quer aproveitar e descobrir um destino diferente? Chegou a hora de pensar em curtir toda a beleza da Patagônia Argentina!

17/05/2019
Como funciona o Metrobus em Buenos Aires

Como funciona o Metrobus em Buenos Aires

É uma linha de ônibus? De metrô? Ou talvez seja um novo meio de transporte? Não, não exatamente. Mas se o objetivo é utilizar os ônibus de Buenos Aires, então conhecer o Metrobus é de vital importância. Você já visitou a capital argentina 10 anos atrás, ou ainda mais? Então deve lembrar o complicado que resultava pegar um ônibus nas ruas portenhas.

Imaginemos um trânsito bem congestionado e ainda com uma miríade de ônibus andando em ziguezague a maior parte do tempo. Utilizar o transporte público não era uma tarefa nada simples.

Sem ser a solução frente ao cada dia maior tráfego veicular (um problema que atinge as maiores cidades do mundo), o Metrobus pelo menos simplificou bastante a vida das pessoas que diariamente utilizam o transporte público. Especificamente para os usuários de ônibus.

O Metrobus é um sistema de pistas utilizadas exclusivamente pelos ônibus, onde não é permitida a circulação de outros veículos. Nele, os ônibus têm os seus pontos determinados nos corredores. Cada corredor conta com várias linhas de buses, existindo paradas específicas para cada uma. Olhando rapidamente até guarda algumas semelhanças com o eficiente tubo de Curitiba. Mas como será que o Metrobus portenho realmente funciona?

Os diferentes corredores da rede do Metrobus

Em total, a rede do Metrobus em Buenos Aires conta com oito corredores, em diferentes regiões da cidade. Somando todos eles, o serviço cobre uma distância total de 50 km, incluindo 150 estações e 110 linhas de ônibus.

O primeiro em ser inaugurado foi o Metrobus da Avenida Juan B. Justo, que nasce em Palermo. Começou suas inovadoras atividades em maio de 2011, desafiando a incredulidade da maioria dos portenhos. Mas acabou dando certo, diminuindo consideravelmente o tempo habitual das viagens.

Dois anos depois foi inaugurado o Metrobus da Avenida 9 de Julio, com certeza o mais conhecido pelos turistas brasileiros. Começa na 9 de Julio esquina Arroyo (Recoleta) e termina na Avenida San Juan (San Telmo), percorrendo 3 km.

Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

Contudo, o mais utilizado é o chamado Metrobus del Bajo, movimentando aproximadamente 300 mil passageiros por dia. Circula pelas avenidas Leandro N. Alem e Paseo Colón, desde a Avenida Independência (San Telmo) até Retiro. É o mais curto de todos, com apenas 2,9 quilômetros de extensão. Entretanto, facilita consideravelmente o transporte entre o centro de Buenos Aires e a Zona Sul.

Outras características do Metrobus portenho

Além de agilizar o fluxo do trânsito e a locomoção das pessoas, o Metrobus portenho oferece outras vantagens. Uma delas é facilitar a conexão com outros meios de transporte público, como o trem e o metrô. Basta dar uma conferida nas plaquinhas colocadas nas estações para organizar rapidamente a sua viagem.

Saiba como utilizar o metrô de Buenos Aires [Guia Completo]

Ainda, muitos pontos do Metrobus portenho possuem conexão gratuita à internet (Wi-Fi). O que nunca deve faltar no seu bolso é o valioso cartão SUBE. Sem ele não dá para viajar, já que as passagens não podem ser pagas em dinheiro: unicamente com o cartão. Onde conseguir o prezado plástico? Em muitos quiosques de Buenos Aires, onde pode ser feita a recarga. Sim, nos quiosques você pode comprar o cartão SUBE e inserir créditos e pagar em dinheiro!

10/05/2019
Avenida Corrientes de cara nova

Avenida Corrientes de cara nova

A mítica e emblemática Avenida Corrientes, um dos ícones de Buenos Aires, está de cara nova. Após vários meses de obras virou, em tempo parcial, um amplo calçadão. Como assim? Pois é, faz alguns dias que foram inauguradas as reformas realizadas recentemente na tradicional avenida portenha.

Famosa pela intensa atividade noturna, a Avenida Corrientes é, sem discussão, um dos pontos turísticos da cidade. O popular Obelisco, outro sinônimo de Buenos Aires, está encravado precisamente no cruzamento de Corrientes e mais um símbolo portenho: a Avenida 9 de Julio.

Historicamente, a Avenida Corrientes sempre se caracterizou por ter um trânsito terrível, seja qual for o horário. Porém, isso está mudando a partir de agora. Entre as Avenidas Callao e 9 de Julio, a popular Corrientes se converte todas as tardes numa rua quase exclusiva para pedestres.

A novidade permite transitar livremente por uma das pistas da avenida, interditada parcialmente ao trânsito veicular. Enquanto isso, ônibus, carros e táxis podem circular pela outra pista entre às 19h e as 2h da manhã. Ambas as pistas estão divididas por um canteiro. Uma proposta bastante original, com certeza…

Um pouquinho de história

É considerada uma avenida desde 1936, já que até aí, mesmo com o nome de “Corrientes”, era apenas uma rua. Berço da boêmia de Buenos Aires, na Avenida Corrientes sempre foi possível achar de tudo: teatros, cinemas, bares, restaurantes e pizzarias. Não é por nada que ganhou o apelido de “a rua que nunca dorme”!

A Avenida Corrientes começa em Puerto Madero e acaba no bairro de Chacarita, com uma extensão de quase nove quilômetros. Nesse percurso atravessa os bairros de San Nicolás, Balvanera, Almagro, Villa Crespo e Chacarita.

Pensa viajar a Buenos Aires e quer curtir um verdadeiro show de tango, com jantar, bebidas livres e traslado ida e volta incluídos? Então não perca mais tempo… a sua solução acabou de chegar!!!

Nas melhores épocas soube acolher, junto com a rua Lavalle, boa parte dos cinemas de Buenos Aires. Foi também fiel testemunha da evolução do tango argentino e não era incomum achar renomadas figuras como Carlos Gardel em algum dos seus inúmeros cafés.

Embora com o passar do tempo muitos teatros e cinemas fecharam as suas portas, o brilho da Avenida Corrientes nunca desapareceu. Um brilho que promete aumentar com as novas mudanças planejadas pelo Governo da Cidade…

A Avenida Corrientes em 2019

A primeira parte já está habilitada. O calçadão funciona desde a esquina de Corrientes e Callao até a Avenida 9 de Julio. Mas não é o dia todo, não: vai desde as 19h até as 2h da manhã. Às sete da tarde, pontualmente, os guardas de trânsito fecham a circulação de carros numa das pistas. Todos os dias, de segunda a segunda.

Descendo pela Avenida Corrientes em sentido Obelisco, a pista da esquerda fica de uso exclusivo para os pedestres. Em julho ficaria pronta a segunda parte do projeto, desde Florida até Leandro N. Alem.

O que podemos encontrar nesse trecho quase exclusivo para pedestres? Vários teatros, bares e livrarias. Mas o que realmente marca presença nesse setor da Avenida Corrientes são as pizzarias. Banchero, Guerrin, La Americana, Kentucky e Los Inmortales são alguns dos nomes mais destacados. Se bobear, Buenos Aires tem mais pizzarias que na própria Itália!

Todas as noites, o fluxo de pessoas caminhando pelo calçadão é grande e, pelo menos até agora, parece uma área relativamente segura. Turistas, grupos familiares e curiosos em iguais proporções, todos desejosos de conhecer e fotografar a nova cara da Avenida Corrientes.

Lembrando que estamos em Buenos Aires, não na Suíça, e que por isso algumas medidas de segurança devem ser observadas. Contudo, dá para ver numerosos agentes de trânsito e polícia ao longo das 7 quadras que separam Callao da 9 de Julio. Só falta esperar mais um tempinho para ver a totalidade do projeto, mas até agora a iniciativa resulta interessante. Em resumo, mais uma atração para colocar na lista de quem vai visitar Buenos Aires!

03/05/2019
Cabify em Buenos Aires, vale a pena ou não?

Cabify em Buenos Aires, vale a pena ou não?

O fato de trabalhar aqui em Buenos Aires e morar no Brasil tem as suas vantagens. Uma delas é a chance de poder experimentar em primeira mão os diversos tipos de traslados desde os aeroportos. Dessa vez aproveitei para fazer um novo teste e verificar como funciona o Cabify em Buenos Aires. Você já deve ter lido em numerosos artigos sobre as maneiras de viajar desde os aeroportos de Buenos Aires. Tem opções mais em conta e outras tal vez nem tanto, embora um dos itens mais importantes não seja unicamente o dinheiro.

A segurança, o conforto e a praticidade dos serviços têm muito a ver e não adianta renunciar a isso. Em algumas oportunidades o barato acaba saindo caro. Ciente dos perigos que rodeiam o Uber e também dos altos valores dos remises, o Cabify foi a minha escolha para fazer uma viagem desde o Aeroporto de Ezeiza.

O destino final era o bairro de Olivos, localizado na chamada Zona Norte de Buenos Aires. A distância desde Ezeiza é de uns 36 km, dependendo da rota escolhida. Já o preço da viagem varia consideravelmente segundo o médio de transporte.

Contratando o Cabify em Ezeiza

O aplicativo para poder utilizar o Cabify em Buenos Aires é o mesmo que no Brasil. Basta ir no Google Play (Android) ou na App Store (IOS), fazer o download e a instalação e finalmente cadastrar uma conta. As opções de pagamento são as mesmas também: em dinheiro ou cartão de crédito.

Considerando que estava utilizando o Cabify pela primeira vez, confesso que fiquei com certo receio antes de fazer o pedido. No caso do Uber, quando você solicita um carro no Aeroporto de Ezeiza, começa uma pequena novela. O motorista liga para você, pergunta qual vai ser o seu destino, quantas pessoas, que roupa você está usando, etc. E ainda manda você esperar num local mais afastado da saída principal. Ou seja, nem sempre é o melhor dos cenários.

Com o Cabify foi um pouco diferente e, embora o motorista tenha me ligado, o ponto de encontro foi bem perto da saída. Demorou uns poucos minutos, o embarque aconteceu sem problemas e me sentei tranquilamente no banco de trás. Lembrando que no Uber os motoristas habitualmente sugerem aos passageiros se sentarem no banco da frente. Isso tudo para evitar possíveis atritos com os taxistas do aeroporto.

Viajando com o Cabify

Já de cara o valor sugerido foi bem mais baixo que os remises localizados dentro do salão do aeroporto. Enquanto o Cabify oferecia a viagem por 800 pesos (uns 70 reais), as empresas de remise chutavam mais alto. Sim, Tienda León e Transfer Express cobravam acima de 1,5 mil pesos (ao redor de 135 reais) cada. Uma diferença mais do que importante: praticamente o dobro! O Uber, logicamente, aparecia como a opção mais barata: 650 pesos (60 reais) pelo mesmo percurso.

A viagem foi tranquila e o motorista (que pelo sotaque era colombiano ou venezuelano) foi muito gentil e eficiente. Não hesitou nem um pouco em pegar uma rota melhor do que a tradicional (obrigado Waze!) e deu tudo certo. O pagamento? Pode ser feito com cartão de crédito ou dinheiro, você só precisa cadastrar essas opções previamente no aplicativo do Cabify.

Acabou saindo 810,50 pesos (sim, uns 74 reais brasileiros), quase a metade do que os remises do Aeroporto iriam cobrar, e um 25% a mais que o Uber.

O panorama muda um pouco se decidirmos pegar um Cabify em outras regiões. Dentro da cidade os preços das viagens são bastante semelhantes que os praticados pelos táxis. Nesse quesito o Uber ainda leva vantagem, já que mesmo em horários de maior demanda continua sendo mais barato. Uma corrida curta desde o Obelisco até Palermo Soho custaria 178 pesos com o Cabify e 135 pesos com o Uber. Faça as suas contas e poderá verificar a diferença, principalmente em trajetos mais longos.

Conclusão: o Cabify vale a pena ou não?

Desde o ponto de vista legal, o Cabify teve menos dificuldades que o seu concorrente direto (o Uber). Os carros, segundo a empresa, têm seguro para passageiros como é exigido por lei. E os motoristas devem possuir habilitação profissional. Nesse sentido, o Uber fica um passo atrás já que esse assunto é motivo de muitas queixas, incluindo o próprio Governo da Cidade.

Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

O que podemos recomendar aos nossos leitores cada vez que desembarcam em Buenos Aires e precisam de um traslado? Cada uma das opções disponíveis (remises, empresas privadas, Uber ou Cabify) tem as suas vantagens e desvantagens. Enquanto as companhias estabelecidas nos Aeroporto de Ezeiza e Aeroparque costumam ter os preços mais altos, ao mesmo tempo oferecem menos riscos. Principalmente para quem chega de madrugada ou precisa se trasladar de um aeroporto até o outro em pouco tempo.

Já o Uber, com seus preços mais baixos, desafia o resto da concorrência mesmo não sendo a opção mais segura. Os conflitos legais e com os taxistas continuam e, pelo menos desde os aeroportos, resulta a forma menos recomendável de viajar. E o Cabify, como fica? Pelo jeito, a companhia espanhola fica no meio, em questões de preço e também de segurança.

Em resumo, opções não faltam… cabe a cada um escolher a mais conveniente!

29/04/2019
Iron Maiden na Argentina 2019
Iron Maiden na Argentina 2019

Metaleiros argentinos, brasileiros e da região… é hora de celebrar! O Iron Maiden visita a Argentina mais uma vez e vai tocar em Buenos Aires no próximo mês de outubro. É isso aí. O mítico sexteto britânico irá se apresentar no Estádio de Vélez Sarsfield no dia sábado 12 de outubro às 21h.

Quatro anos depois do lançamento do seu último disco, o Iron Maiden volta aos palcos portenhos com a sua turnê Legacy of the Beast (O Legado da Besta). Depois da gravação de The Book of Souls (2015), a banda inglesa esteve em Buenos Aires em 2016.

Mas o romance entre os músicos ingleses e o público portenho não é de agora, não. Na verdade, tudo começou em 1992 com a primeira visita do grupo. Esta será a 11° vez que os metaleiros de Londres irão tocar em solo argentino.

A primeira parte da turnê teve começou na Europa em maio do ano passado e acabou no mês de agosto. Após uma merecida folga, os veteranos voltam à estrada em julho de 2019 para completar a parte americana. Estados Unidos, Canadá e México, no início. Depois, já no mês de outubro, é a vez do hemisfério sul: Brasil, Argentina e o Chile.

Em todas as apresentações o Iron será acompanhado pela banda londrina The Raven Age. Um detalhe? O guitarrista George Harris é o filho do Steve Harris, o baixista do Maiden. Nada mal, hein?

Mais de quatro décadas do mais puro metal

O Iron Maiden nasceu da imaginação do Steve Harris (líder e único membro original) no final de 1975. A agrupação foi uma das pioneiras da chamada Nova Onda do Heavy Metal Britânico. Um movimento que colocou o Punk literalmente contra as cordas e foi cobrando vida própria com muita velocidade. A nova tendência incluía ainda bandas do calibre do Def Leppard, Mötorhead e o Saxon, dentre outros. Não tinha como não dar certo!

É claro que as coisas não foram fáceis para o grupo e só conseguiram produzir o seu primeiro disco homônimo apenas em 1980. Um ano depois seria a vez do Killers, o seu segundo disco.

Mas foi em 1982 com The Number of the Beast (O Número da Besta) que o então quinteto conheceu o sucesso. Aliás, um baita sucesso, que acabou colocando o Iron Maiden no topo das paradas. As rádios britânicas e americanas já não podiam evitar incluir na sua programação músicas como Run to the Hills ou The Number of the Beast. O Iron Maiden estava ganhando a batalha…

Em 1985 foram um dos destaques do festival Rock in Rio, bem no auge da sua carreira. Sua extensa discografia conta com quase 40 discos, entre álbuns de estúdio, ao vivo e compilações. Uma safra espetacular, que facilmente provoca inveja em muitas outras bandas do gênero.

O Iron Maiden no século XXI

Após algumas idas e voltas, separações e troca de pessoal durante a década de 1990, em 1999 o Iron Maiden finalmente se converteu num sexteto. Sim, com três guitarristas (Adrian Smith, Dave Murray e o Janick Gers), além do Steve Harris, o batera Nicko McBrain e o insubstituível vocalista Bruce Dickinson.

Sem esquecer, é claro, do Eddie, o assustador monstro que simboliza o grupo britânico. Uma criaturinha adorável e muito carismática que nunca falta na capa dos discos… nem nos shows da banda!

Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

Durante o novo milênio a turma liderada pelo Harris já gravou cinco discos de estúdio e lançou oito ao vivo. Enquanto isso, Bruce Dickinson, o cantor, ainda teve tempo para desenvolver outra das suas paixões: a aviação. Piloto comercial matriculado, o Dickinson virou o comandante do jatinho particular da banda (o Ed Force One) a partir da turnê de 2008. Uma função que continua exercendo ainda hoje!

Como chegar

O último show dos rapazes do Maiden em Buenos Aires foi em março de 2016, precisamente no mesmo local: o Estádio do Vélez Sarsfield, conhecido também como José Amalfitani. Onde está localizado? No bairro de Liniers, aproximadamente uns 18 km desde o Obelisco. Um jeito econômico e rápido de chegar é pegando o trem da linha Sarmiento, na estação Once, e descer em Liniers. O Estádio fica a poucas quadras da estação.

Outra opção, sempre com o transporte público, é indo de metrô e ônibus.
- Linha B (vermelha): descer na estação Dorrego e caminhar três quadras até o Metrobus da Avenida Juan B. Justo. Utilizar as linhas de ônibus 34 ou 166.
- Linha (verde): descer na estação Palermo e caminhar uma quadra até o Metrobus da Avenida Juan B. Justo. Utilizar a linha de ônibus 166.
Conheça os segredos do metrô de Buenos Aires e viaje pela cidade toda economizando tempo e dinheiro!

De carro, o mais direto desde o Obelisco é através da Autopista 25 de Mayo e depois a Perito Moreno. Em condições normais de trânsito a viagem pode demorar ao redor de meia hora.

Estádio de Vélez Sarsfield.

Avenida Juan B. Justo 9200, Liniers, Cidade Autônoma de Buenos Aires.
22/04/2019
Bagagem de mão vs. Bagagem despachada [novos controles nos aeroportos]
Bagagem de mão vs. Bagagem despachada [novos controles nos aeroportos]

Desde ontem, 10 de abril de 2019, as principais empresas aéreas que trabalham no Brasil ficaram mais exigentes. Qual o motivo? O tamanho da bagagem de mão, um assunto que às vezes provoca certos transtornos. Na verdade, e olhando as informações oferecidas pela ABEAR, não há mudanças significativas. Vai existir sim um controle mais rigoroso antes do embarque para garantir que as disposições atuais sejam cumpridas. Apenas isso, que na verdade já é bastante. Caso contrário, os seus pertences vão virar bagagem despachada e aí tudo muda.

Até o final do mês de abril, as novas medidas estarão funcionando nos 15 principais aeroportos do Brasil. Esse período vai ser “educativo” para os passageiros tomarem um conhecimento formal da nova resolução. Já a partir de maio quem desrespeitar as dimensões e peso da bagagem de mão será obrigado a despachá-la e pagar a taxa correspondente.

Em cada aeroporto será utilizada uma caixa com as medidas permitidas onde a bagagem de mão será introduzida e verificada. Se não passar a prova a mala será considerada “bagagem despachada” e o passageiro deverá ter que pagar por isso.

Quais as medidas exigidas? 55 cm de altura x 35 de largura x 25 de profundidade. E o peso? Até 10 kg. Ou seja, nada novo. Porém, o assunto pode causar preocupação e mais ainda quando a gente está viajando. Vamos aproveitar então para fazer uma análise da situação e saber diferenciar entre bagagem de mão e bagagem despachada.

Bagagem de mão

A implementação das novas regras de bagagem trouxe uma transformação nos hábitos de muitos passageiros. O simples fato de poder comprar uma passagem de avião mais barata possibilitou levar a sua bagagem dentro da cabine. Bagagem despachada só apenas para quem levava muita coisa. Só que em numerosas oportunidades eram muitos os prejudicados. Comigo já aconteceu várias vezes e a minha mochila, que leva meu prezado equipamento fotográfico, geralmente acaba no chão.

Mesmo pagando uma passagem com bagagem despachada, a minha bagagem de mão (a mochila), nem sempre tem espaço suficiente no compartimento superior. Por quê? Para dar preferência a aqueles colegas de viagem que escolhem pagar menos e levam junto a sua bagagem. Sim, uma questão meio polêmica.

Via de regra, as companhias aéreas consideram bagagem de mão os seguintes objetos: bolsa, pasta, mochila pequena, notebook ou tablet. Além disso, existem três fatores que determinam o que pode ir na cabine ou não: tamanho, peso e conteúdo. Tudo aquilo que estiver fora dos padrões será considerado bagagem despachada e, logicamente, cobrado por fora.
- Dimensões: 55 cm x 35 cm x 25 cm.
- Peso: 10 kg.
- O que está proibido: objetos cortantes, líquidos, armas de qualquer tipo e aerossóis.
Lembrando que a bagagem de mão inclui apenas uma peça por pessoa. Então, uma senhora que leva uma mala dentro das medidas e peso permitidos não pode levar também a sua bolsa? Pode sim, mas provavelmente seja gentilmente orientada pelo pessoal de bordo a levá-la no chão.

Bagagem despachada

Aqui as coisas são bem mais simples e podemos levar a maioria dos nossos pertences sem inconvenientes. O peso máximo da mala é de até 23 kg: a partir daí é cobrado sobrepeso. Mas… atenção, que aqui faz um tempinho que também houve mudanças.

Confira o que você pode levar na sua mala

Antigamente o sobrepeso era calculado por quilo excedente e o passageiro pagava apenas por aqueles quilinhos a mais. Agora não: é cobrada mais uma peça de até 23 kg, seja qual for o peso acima dos limites. Grande diferença.

Pensa viajar a Buenos Aires e quer curtir um verdadeiro show de tango, com jantar, bebidas livres e traslado ida e volta incluídos? Então não perca mais tempo… a sua solução acabou de chegar!!!

Como saber se a minha passagem inclui a bagagem ou não?

Eis uma pergunta que recebemos com muitíssima frequência aqui no blog. Atualmente quem quiser comprar uma passagem de avião tem duas opções: com bagagem despachada (mais cara) ou com bagagem de mão (mais barata). Cada empresa tem na interface do seu site as diversas alternativas na hora da compra. No caso da Gol e da Azul, está bem clarinho e as tarifas podem ser identificadas pelo interessado sem maiores problemas.

No site da Latam também podemos achar os preços sem a bagagem despachada. Se for preciso, a mesma poderá ser adicionada no seguinte passo antes de fechar a compra.

No caso da Aerolíneas Argentinas na tarifa Base a empresa oferece os valores das passagens só com bagagem de mão. Cabe ao passageiro acrescentar o serviço para obter o preço final do bilhete. Já a partir da tarifa Plus a bagagem despachada de até 23 kg está incluída.

O que acontece se você comprou uma passagem (ou um dos trechos) sem bagagem despachada e depois decidiu despachar uma mala? Será que pode? Claro que sim, mas muito cuidado com os valores! Se a taxa for paga ainda na hora da compra pelo site é um preço. Mas no aeroporto, no dia da viagem, pode custar até o dobro dependendo da empresa escolhida!

Viagem com vários trechos: quantas vezes devo pagar pela bagagem despachada?

Outra dúvida muito frequente: devo pagar pela bagagem por cada trecho ou uma vez só? A resposta é simples: você paga por cada trecho. É necessário prestar atenção porque cada trecho pode ser comprado com ou sem bagagem despachada (ida e volta). O trecho (ida ou volta) inclui escalas e conexões, ou seja desde o início da viagem até o destino final.

Então, não é questão de se apavorar! Basta conhecer as diferenças entre bagagem de mão e bagagem despachada e saber quais as medidas máximas e o peso da bagagem que pode ser levada na cabine. Caso seja necessário pagar pela franquia, a dica é fazer isso na hora da compra e não deixar para o último… os custos são sempre maiores!
11/04/2019