Brasileiros por Buenos Aires

Autor: Patricio Espigares

6 coisas para fazer em Buenos Aires num dia de chuva
6 coisas para fazer em Buenos Aires num dia de chuva

Nem todos os brasileiros gostam de inverno, muito menos com chuva. O problema que nessa época do ano Buenos Aires não recebe aos turistas com o melhor tempo disponível. Pelo contrário, os dias de chuva sempre podem aparecer e atrapalham bastante a vida de quem visita à cidade. Sim, a primavera acabou de chegar. Mas setembro costuma ser meio imprevisível e ficar em Buenos Aires num dia de chuva pode virar um contratempo.

Conheça o clima de Buenos Aires, mês a mês

A capital argentina conta com muitos pontos turísticos que podemos aproveitar precisamente quando o clima portenho não ajuda. Os lugares culturais são uma boa sacada, mas é bom saber que existem outras possibilidades. Não dá para visitar um dos numerosos espaços verdes que Buenos Aires possui? Então está na hora de botar em funcionamento o Plano B…

1 – Museus

Você já deve estar careca de ouvir (ou ler) que Buenos Aires é uma cidade com uma intensa vida cultural. Isso é verdade e a grande quantidade de museus são uma prova legítima: existem mais de 120! Então, por que não aproveitar e conhecer algum deles quando a previsão do tempo não é das melhores?

Alguns dos mais conhecidos, e recomendáveis, são:
- Museu Malba (Avenida Figueroa Alcorta 3415, Palermo). Aberto desde meio dia até 20h. Fechado terças-feiras.
- Museu Nacional de Belas Artes (Avenida Libertador 1473, Recoleta). Das 11h às 20h. Fechado segundas-feiras. Entrada gratuita.
- Museu Evita (Lafinur 2988, Palermo). De terças a domingo, das 12.30h às 19h.
- Museu de Arte Decorativa (Avenida Libertador 1902, Recoleta). De terça a domingo, das 11h às 19h. Entrada gratuita.
- Coleção Amália Fortabat (Olga Cossettini 141, Puerto Madero). De terça a domingo, das 12h às 20h.
- Museu Histórico Nacional (Defensa 1600, San Telmo). De quarta a domingo das 11h às 18h. Entrada gratuita.
2 – Shoppings

Um programa tal vez não muito original, mas que ainda faz efeito. Quase todos, por não dizer todos, os centros comerciais têm praça de alimentação, espaço para crianças e até cinemas. De todos os shoppings portenhos, o Shopping del Abasto aparece como a solução mais viável num dia de chuva.

Por que? Porque você pode ir com o metrô da linha B (vermelha) e descer na estação Carlos Gardel. Sim, e daí? Então, a vantagem é que a estação se encontra na parte inferior do shopping e não precisamos andar pela rua. Basta subir pelas escadas rolantes e pronto… já chegamos! Quem vai com os filhos pequenos ainda pode curtir o Museo de los Niños, que funciona dentro do próprio shopping. Aberto todos os dias das 10h às 22h.

3 – Livraria El Ateneo

A mais bela das livrarias portenhas é um bom destino num chuvoso dia portenho. Inaugurada em 1919, já foi teatro, cinema e ainda estúdio de rádio, até ser o que atualmente é: um ícone da literatura argentina. Continua mantendo a maior parte da sua estrutura original e o charme todavia parece flutuar no ar.

Suas prateleiras contêm milhares de títulos e as paredes guardam os segredos de uma centena de anos de vida. Mas um dos destaques da Livraria El Ateneo é a beleza da cúpula, uma maravilhosa pintura do pintor italiano Nazareno Orlandi. Dentro da livraria você tem a chance de ler confortavelmente algum livro, sem custo nenhum. Ou ainda saborear um bom café na confeitaria que funciona no antigo palco. O endereço é Avenida Santa Fe 1860, a poucos metros da estação de metrô Callao (linha D). Está aberta de segunda a sábado das 9h às 22h e aos domingos a partir do meio-dia.

4 – Confeitarias e Cafés Notáveis

Buenos Aires… a cidade onde podemos achar um café praticamente em cada esquina. Um café (ou chá) da tarde, sobretudo num dia de chuva em Buenos Aires, é uma tentação simplesmente irresistível. Mas por que não fazer uma coisa diferente e tentar conhecer algum dos inúmeros Cafés Notables da capital argentina? No total são 92, embora oitenta e dois estejam em atividade atualmente.

O mais conhecido pelo público brasileiro é, de longe, o Café Tortoni (Avenida de Mayo 825). Porém, existem muitos outros que vale a pena visitar. Alguns exemplos, por favor?
- Las Violetas (Avenida Rivadavia 3899, Almagro).
- Café Margot (Boedo 857, Boedo).
- Esquina Homero Manzi (Avenida San Juan 3601, Boedo).
- Café de los Angelitos (Avenida Rivadavia 2100, Balvanera).
- 36 Billares (Avenida de Mayo 1265, Congreso).
Pensa viajar a Buenos Aires e quer curtir um verdadeiro show de tango, com jantar, bebidas livres e traslado ida e volta incluídos? Então não perca mais tempo… a sua solução acabou de chegar!!!

5 – Casino de Puerto Madero

Que tal arriscar um dinheirinho e tentar a sorte? Quem sabe dá para passar umas horas agradáveis e até recuperar o investido. Existem vários cassinos e bingos em Buenos Aires, mas o Casino de Puerto Madero é o mais acessível aos turistas. Acima de uma centena de mesas de jogo e quase mil e quinhentas máquinas caça-níqueis é uma tentação irresistível para todo aquele que gosta de um joguinho.

O Casino conta com vários bares e restaurantes, além de shows ao vivo todos os dias. Outra vantagem que o Casino de Puerto Madero tem é a disponibilidade de transfer gratuito, ida e volta. Se você está no centro o ponto de encontro é na esquina da Avenida Córdoba e Bouchard, a cada 30 minutos. A outra alternativa é frente à Avenida 9 de Julio: Lima e Hipólito Yrigoyen (a cada hora).

6 – Visita guiada ao Teatro Colón

E se falarmos de cultura, então uma visita guiada ao Teatro Colón não pode estar ausente na nossa lista. Um dos monumentos culturais mais renomados de Buenos Aires e de quebra, a poucos passos do Obelisco. Dono de uma história de provocar inveja, o Teatro Colón figura entre os teatros mais famosos do mundo. A coisa boa é que para visitá-lo não precisamos esperar sermos convidados para uma função de gala.

Nada disso: diariamente são realizadas diversas visitas guiadas de aproximadamente uma hora de duração e realmente são imperdíveis. Um passeio inesquecível pelo Salão Dourado, a Sala Principal e muito mais. Dias e horários? De segunda a sexta das 9h às 17h. Os ingressos podem ser adquiridos no local (recomenda-se chegar com antecedência) ou ainda pelo site oficial do Teatro Colón.

Buenos Aires num dia de chuva não é tão terrível, dá para ver que não é o fim do mundo! Mesmo abrindo mão dos inúmeros passeios ao ar livre disponíveis, opções não faltam…
27/09/2018
Centro Cultural Kirchner, um espaço para a cultura argentina
Centro Cultural Kirchner, um espaço para a cultura argentina

Muitas vezes o modernismo acostuma arrasar com o passado e deixa atrás verdadeiras relíquias. Por isso a maioria das cidades luta para manter monumentos e edifícios antigos, de alto valor arquitetônico e cultural. Esse não é o caso, felizmente, do Centro Cultural Kirchner (ou CCK, como é reconhecido pelo atual governo argentino). Está situado na Avenida Leandro N. Além, bem próximo de outro ícone portenho: Puerto Madero. Porém, diferente do bairro vizinho, conseguiu sobreviver e sair vivo da reciclagem urbana.

E sabendo que Buenos Aires é uma cidade com uma intensa vida cultural, anos atrás se converteu num espaço dedicado exclusivamente à cultura. Sim, onde originariamente funcionava o antigo Correio Central atualmente existe um centro orientado somente às manifestações culturais. Vamos dar uma olhada?

De Palácio das Comunicações a espaço cultural

Numa era onde as comunicações eram um luxo só para uns poucos privilegiados, a sua localização foi decididamente estratégica. O ponto escolhido ficava ao lado do porto, a poucos metros da Alfândega, da Bolsa de valores e, principalmente, da Casa Rosada. Inicialmente o projeto foi encomendado ao arquiteto italiano Francesco Tamburini, o mesmo do Teatro Colón, mas o oferecimento não prosperou. Após a desistência de Tamburini, a obra mudou de mãos e foi finalmente executada pelo francês Norbert Maillart.

A imponente construção era um claro exemplo da Bela Época, onde todas as obras caracterizavam-se pela ostentação e o luxo. Era o ano 1923 e o projeto tomava vida própria. Após algumas demoras, o chamado Palácio dos Correios e Telecomunicações finalmente foi inaugurado em 1928. Durante os seus 75 anos chegou a ter até 10 mil funcionários trabalhando dentro das suas instalações: uma verdadeira cidade!

Entretanto, a implacável modernidade (em todos os sentidos) ia deixar cair as suas garras cruéis no monumental Correio. Ele deixou de funcionar como sede dos Correios em 2003, quando já encontrava-se num estado de abandono quase total. Depois de passar vários anos fechado, em 2010 começou um processo de reforma que levou cinco anos. Em maio de 2015 o Centro Cultural Kirchner abriu as suas portas.

A estrutura atual do CCK

O que chama imediatamente a atenção no CCK é o contraste da obra original com uma moderníssima arquitetura. Os subsolos fazem parte da nova construção; do térreo para cima se manteve a estrutura inicial do prédio. Só que a parte superior também sofreu importantes mudanças. Ou seja… o estilo neoclássico se encontra de vez com o estilo contemporâneo do século XXI!

Os maiores destaques da nova edificação são a chamada Baleia Azul e a Grande Lâmpada. A Baleia é uma enorme gaiola metálica com forma ovalada. No interior encontram-se as salas de concertos (Grande Sala e Sala Argentina) onde são realizadas as apresentações de diferentes orquestras, principalmente a Orquestra Sinfônica Nacional. O Centro Cultural Kirchner possui uma área total de aproximadamente 120 mil m2 construídos, o equivalente a quase 17 campos de futebol.

O que podemos encontrar

Mas o CCK não vive só de história e lembranças; pelo contrário, tem um presente mais do que interessante. Membro ativo e sempre presente na atividade cultural portenha, as atrações artísticas que o centro oferece são muitas.

Uma das características do Centro Cultural Kirchner é a de incentivar a aparição de novos artistas de diversas disciplinas. Desse jeito, não espere encontrar figuras renomadas e ultrafamosas: a política do estabelecimento é bem outra. Mas dentro desse acervo de nomes tal vez desconhecidos pela maioria aparecem frequentemente intérpretes de grande talento que com certeza vale a pena conhecer.

Sua programação é mesmo variada e conta com opções para todos os gostos. O que podemos encontrar no Centro Cultural?
- Artes visuais: esculturas, pinturas e fotografias apresentando o trabalho de numerosos artistas internacionais.
- Música: os recitais de música clássica são a marca registrada do CCK, já que conta com duas salas especialmente preparadas para apresentações de orquestras sinfônicas.
- Aulas de tango: Cultura portenha e tango vão de mãos dadas, não é verdade? (sábados e domingos de outubro, às 18h.)
- Espaço para crianças: os baixinhos também têm o seu lugar no Centro Cultural Kirchner. No terceiro andar do prédio é possível achar um monte de atividades para crianças (teatro infantil, brinquedos e muito mais).
Visitas guiadas ao Centro Cultural Kirchner

Podemos visitar o Centro Cultural Kirchner? Sim, com certeza. Só que as visitas guiadas são realizadas apenas durantes os finais de semana e feriados. Têm uma duração de aproximadamente 90 minutos e são dois os horários: 14.00 e 15.30 horas. As vagas são limitadas (máximo 40 pessoas), então a dica é chegar cedo para garantir o seu lugar. Mais um detalhe importante? As visitas guiadas ao Centro Cultural Kirchner são totalmente gratuitas!

Quer visitar em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Conheça a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

O único ponto negativo é que as visitas são somente em espanhol. Mas a simpatia e eficiência do guia Ciro realmente quebra o galho, e muito. Um detalhe menor que não estraga o atrativo do programa em absoluto.

Chegar até o Centro Cultural Kirchner resulta bem simples, já que está muito perto da Plaza de Mayo. Podem ser utilizados o metrô da linha B (estação Além), linha A (Plaza de Mayo) ou linha D (Catedral). O Metrobus, sistema de ônibus que circula pela cidade de Buenos Aires, também passa pela porta do CCK.

O endereço oficial é Sarmiento 151, entre as Avenidas Leandro N. Além e Eduardo Madero. Porém, provisoriamente (por causa das reformas que estão sendo efetuadas) a entrada ao publico está sendo feita pela Avenida Além.
17/09/2018
Como viajar desde o Aeroporto de Ezeiza

Como viajar desde o Aeroporto de Ezeiza

Uma pergunta que recebemos com muitíssima frequência aqui no blog é sobre como viajar desde o Aeroporto de Ezeiza. Existem várias opções, mas qual delas é realmente a mais conveniente, principalmente em épocas onde a economia aperta todo mundo?

O remise é tão caro assim? Vale a pena pegar um desses táxis fora do salão principal? E o Uber… como fica? Essas e outras dúvidas que os nossos leitores costumam ter são esclarecidas no seguinte artigo. Fique conosco…

Tipos de traslados

Atualmente é possível encontrar diversos tipos de traslados desde o Aeroporto Internacional Ministro Pistarini. Quais? Táxis, remises, buses, ônibus de linha e traslados com empresas particulares (carros ou vans). Os três primeiros são contratados no mesmo aeroporto e, com excepção dos táxis, podem ser pagos em dinheiro ou cartão.

No caso do transporte público, o ônibus da linha 8 é de longe a opção mais barata…, mas demora pelo menos uma hora e meia até chegar na Plaza de Mayo. A partir daí, e dependendo da localização do seu hotel, será preciso pegar outro veículo. Para quem viaja com várias malas não parece ser a melhor das opções.

Por último, as empresas particulares disponibilizam carros ou vans segundo o número de passageiros. O agendamento deve ser realizado com antecedência e a forma de pagamento também é combinada previamente. Uma maneira segura de viajar desde o Aeroporto de Ezeiza até seu ponto de hospedagem sem mais preocupações.

O que devemos levar em consideração

Antes de decidir qual vai ser o nosso médio de transporte, devemos avaliar alguns fatores bem importantes. Em primeiro lugar, o número de pessoas. Sim, esse detalhe pode fazer toda a diferença e vamos lhe explicar o porquê. Como já falamos no parágrafo anterior, temos várias chances na hora de viajar desde o Aeroporto de Ezeiza.

Nada pior do que chegar em Buenos Aires e não saber como contratar um traslado, não é verdade? Evite furadas e situações perigosas… agende seu transfer com antecedência e viaje com motoristas profissionais e confiáveis por um preço justo!!!

Vamos colocar como exemplo uma viagem desde Ezeiza até o centro de Buenos Aires. Se escolhermos um remise, ou um táxi oficial, o valor de hoje 24 de agosto seria de aproximadamente 1 mil pesos. Para uma pessoa só não é barato, então ficaria mais interessante considerar o Bus de Tienda León ou o Aerobus. Ambas as opções podem custar até 4 vezes mais barato que um remise desde Ezeiza.

Desvantagem? Os dois serviços têm um ponto final determinado: Puerto Madero e a esquina de Avenida Belgrano e Paseo Colón respectivamente. Logo, vai ser necessário um táxi desde aí até o lugar onde fica seu hotel. Mesmo assim, acabaria custando 50% a menos que indo diretamente desde Ezeiza num único remise ou táxi. No caso de duas pessoas a diferença cai para 25% ou ainda menos, o que já não acaba sendo tão atraente assim.

A nossa dica? A partir de três pessoas o mais em conta (e simples) vai ser um remise ou táxi oficial desde Ezeiza. Lembrando que o máximo de passageiros permitido num carro é de 4 pessoas mais o motorista.

E o Uber… serve para viajar desde o Aeroporto de Ezeiza?

O Uber é outra das possibilidades para viajar desde o Aeroporto de Ezeiza, embora sempre tenha alguns inconvenientes ao redor. O sistema é bem prático, dinâmico e basta ter uma conta cadastrada e o aplicativo instalado no celular para utilizá-lo. Mas nunca faltam certas nuvens escuras dificultando o seu uso.

Os preços do Uber, do mesmo jeito que no Brasil, variam bastante dependendo do horário e a demanda. Contudo, a viagem pode custar tranquilamente a metade se comparada com um remise. Só que é bom saber que hoje em dia pegar um Uber no Aeroporto de Ezeiza não é uma tarefa simples.

Ainda existe aquela pressão dos taxistas e os motoristas de Uber, por precaução, costumam ligar para o usuário confirmando o destino da viagem, perguntando a localização exata onde o passageiro está esperando, como está vestido, se vai pagar em dinheiro, quantas pessoas vão viajar e por aí vai. Às vezes até lembra um filme de espionagem, mas é a realidade. Além de ter que viajar no banco do acompanhante como para não levantar as suspeitas dos “concorrentes”. Parece meio surreal, mas não é!

O que sempre recomendamos aos nossos leitores é evitar os táxis que estão fora do aeroporto: são os menos seguros. Não comece as suas férias com o pé esquerdo. Assim que chegar em Buenos Aires vai achar várias maneiras de viajar desde o Aeroporto de Ezeiza. Só precisa fazer a escolha certa…

24/08/2018
Viajar para Buenos Aires… ainda vale a pena ou não?

Viajar para Buenos Aires… ainda vale a pena ou não?

Ah, aquela bendita situação econômica desses países da América do Sul! A gente nunca, ou quase nunca tem sossego. Quando você pensa que uma fase de estabilidade veio para ficar, as coisas mudam de uma hora para outra. Longe ficaram os primeiros anos dessa década onde o câmbio era super favorável para o público brasileiro. Sim, essa época onde nas ruas Lavalle ou Florida falava-se mais português (ou portunhol) mais do que o próprio espanhol. E agora, em agosto de 2018… será que viajar para Buenos Aires ainda vale a pena ou não?

Sem dúvidas os preços já não são os mesmos, embora o câmbio às vezes engane um pouco ao turista desinformado. Será que um dólar está flutuando entre 29 e 30 pesos? E que um real brasileiro está acima de 7 pesinhos argentinos? Sim, isso tudo é verdade. Mas essa realidade monetária resulta conveniente mesmo?

É importante lembrar que em ambos os países a moeda americana se apreciou consideravelmente nos últimos tempos. Entretanto, no país vizinho a depreciação da moeda local foi ainda maior e aí começam as diferenças. No seguinte artigo vamos aprofundar mais um pouco no assunto conferindo os itens mais importantes na vida de qualquer turista…

Compras

De longe uma das atividades que mais sofreu por causa da inflação. Logo, o passatempo predileto da maioria dos turistas brasileiros ficou seriamente ameaçado. Cada dia fica mais difícil achar coisas para comprar por preços razoáveis. Normalmente os valores são semelhantes aos encontrados nas grandes cidades do Brasil. E se bobear, acabam sendo mais altos.

É preciso de muita paciência, horas de pesquisa e até um pouco de imaginação para não voltar de mãos vazias. A roupa e o calçado podem apresentar, em muitos casos, preços proibitivos. Na hora de comprar lembranças a dica é bater perna e olhar bastante, principalmente nessas lojas direcionadas exclusivamente aos turistas.

Comida

Aqui é bom dividir as coisas porque existem dois cenários bem definidos: quanto a gente pode gastar ao meio-dia almoçando nos lugares frequentados pelos trabalhadores ou visitando um restaurante com mais requinte. No primeiro caso, os preços não aumentaram muito precisamente porque o público-alvo são justamente as pessoas que trabalham. E que pagam o almoço do seu próprio bolso, ainda isso. Desse jeito, é possível almoçar sem luxos por menos de 50 reais por pessoa.

O panorama muda drasticamente se escolhermos comer com um grau mais alto de sofisticação. Os preços podem arranhar, ou ainda ultrapassar, os 100 reais por pessoa. Num patamar intermediário aparecem as pizzarias, hamburguerias e restaurantes (ou barzinhos) de padrão médio. Em resumo: a comida é outro dos itens que também foi atingido fortemente pela inflação e a desvalorização do peso argentino.

Saiba quanto dinheiro levar para Buenos Aires em 2018

Transporte

Mesmo com o curioso sistema que implementou o governo de ir aumentando o valor das passagens mensalmente, o transporte público em Buenos Aires (ônibus, metrô e trem) continua barato. Pelo menos em comparação com o transporte no Brasil.

Os táxis e remises, junto com o sempre polêmico Uber apresentaram aumentos nas suas tarifas, principalmente pelo aumento da gasolina. Ainda assim, em muitos casos continuam sendo uma opção em conta, sobretudo nos trajetos mais extensos. Como boa prática, é recomendável fazer sempre uma pesquisa prévia e levantamento de preços antes de decidir qual alternativa escolher.

Espetáculos e passeios

Se falarmos dos shows de tango, todos eles realmente têm os seus preços calculados em dólares. Ou seja, aí depende mais da cotação do dólar no Brasil do que outra coisa. Existem sempre promoções com os espetáculos tangueiros mais badalados por valores em conta, o que acaba fazendo a diferença.

Quer visitar em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Conheça a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

Outros passeios tradicionais (Buenos Aires, Bus, Zoo de Luján, Temaikén, etc.) ajustam os valores dos ingressos baseados na galopante inflação. Nesse caso os aumentos podem resultar bem mais evidentes, principalmente se você já visitou a cidade alguns anos atrás.

O orçamento está apertado? Confira 10 passeios de graça em Buenos Aires

Moral da história: viajar para Buenos Aires… vale a pena ou não? Vale sim, mas é necessário fazer muito bem as contas e ficar cientes que aqueles dias dourados ficaram realmente atrás. Pelo menos por enquanto.

13/08/2018
Hotéis baratos na Recoleta – 4 opções

Hotéis baratos na Recoleta – 4 opções

Com certeza a Recoleta é um dos lugares mais badalados e procurados na hora de escolher hospedagem em Buenos Aires. Poucos turistas resistem à tentação que o bairro portenho mais elegante produz com o seu brilho e glamour. Sim, esse burburinho chique tão característico resulta quase impossível de evitar. Mas será possível achar hotéis baratos na Recoleta ou tudo tem de custar acima das chances do turista brasileiro padrão?

Conforto, qualidade do serviço, localização e relação custo-benefício são alguns dos pontos principais na hora de reservar um hotel. E sem dúvida nenhuma a questão econômica acaba sendo um dos fatores decisivos antes de concretizar qualquer reserva. Então, vamos descobrir quais são os hotéis mais em conta no distinguido bairro portenho, todos eles na categoria três estrelas.

Up Recoleta Hotel

Começamos a nossa lista com o Up Recoleta Hotel, a poucos metros da emblemática Floralis Genérica. Justo entre as avenidas Las Heras e Libertador, uma área nobre combinando vários espaços verdes com o acostumado agito da Recoleta. Recentemente reinaugurado, o hotel dispõe de dois tipos de quarto, com ou sem sacada.

Bem moderno, oferece aos seus hóspedes TV Smart conectados à internet nos seus 38 quartos disponíveis. Uma ótima alternativa se depois de um dia de muito passeio o desejo é relaxar e assistir algum filme no Netflix. O endereço é José León Pagano 2684, quase esquina com a rua Tagle.

Hotel 8 de Octubre

Outra possibilidade interessante para quem procura hotéis baratos na Recoleta. O Hotel 8 de Octubre encontra-se na rua Paraguay 1420, muito próximo da Avenida 9 de Julio. A pizzaria El Cuartito é um dos vizinhos mais ilustres do hotel, o que para começar não está nada mal.

No Hotel 8 de Outubro é possível achar quatro tipos de quartos: duplo, duplo twin, superior e triplo. Todos eles têm uma área de 21m², menos o Superior que resulta um pouco maior: 27m². Oferece uma ótima relação custo-benefício e figura entre os mais procurados pelo público brasileiro que visita Buenos Aires.

Pensa viajar a Buenos Aires e quer curtir um verdadeiro show de tango, com jantar, bebidas livres e traslado ida e volta incluídos? Então não perca mais tempo… a sua solução acabou de chegar!!!

O-Baires

Mais próximo do Barrio Norte, o O-Baires também merece ser levado em consideração. Conta com uma decoração aconchegante, quartos confortáveis e um cordial atendimento. As suas quatro suítes (Deluxe, Duplo, Triplo e Triplo Standard) são realmente espaçosas, entre 30 e 42 m². A menor das opções é o quarto duplo standard, com 30m²; logo depois vem o Duplo com 36m². Já o quarto Deluxe e o triplo têm 42 metros quadrados, uma área que faz toda a diferença.

A oferta do O-Baires inclui bar, restaurante e ainda aluguel de bicicletas. Onde está localizado? Na rua Paraguay 2925, entre Laprida e Agüero.

Hotéis em Buenos Aires, qual escolher? [Bairro por bairro]

Callao Suítes Recoleta

Os mais exigentes também têm a sua chance de encontrar hotéis baratos na Recoleta. O Callao Suítes Recoleta está num ponto destacadíssimo da cidade: a mítica esquina de Santa Fé e Callao, sinónimo da aristocracia portenha. Se quiser visitar a Livraria El Ateneo, o esforço vai ser mínimo: ela fica a menos de 100 metros.

O grande diferencial são seus quartos, que possuem cozinha totalmente equipada. Uma vantagem relevante para quem deseja combinar o conforto de um hotel com a privacidade de um apartamento. Isso, sem esquecer da localização privilegiada onde você tem praticamente tudo no alcance da mão. Transporte, lojas, restaurantes, bares e muito mais são algumas das vantagens de se hospedar no Callao Suítes.

Av. Callao 1062, entre a Avenida Santa Fe e Marcelo T. de Alvear.

19/07/2018
Roger Waters na Argentina

Roger Waters na Argentina

Ainda falta, mas é bom ir se preparando: o temperamental e talentoso músico inglês Roger Waters visita novamente a Argentina. Sim, leu bem: o antigo baixista do Pink Floyd vai se apresentar em Buenos Aires no próximo mês de novembro. O motivo é a apresentação da sua tournée Us + Them (Nós + Eles). As datas previstas até agora são terça-feira 6 e sexta-feira 9 de novembro. Onde? No Estádio Único de La Plata, o mesmo onde o U2 tocou em outubro do ano passado.

Por decisão própria, Waters abandonou o Pink Floyd em 1985, três anos depois o lançamento do disco The Final Cut. As brigas com os outros membros da banda, especialmente com o guitarrista David Gilmour, tinham alcançado o seu ponto álgido. A partir daí começou uma desgastante luta judicial pelo nome da banda que ia durar dois anos.

Em 1987 finalmente conseguiram assinar um acordo e o Pink Floyd continuou com os seus antigos membros… menos o Roger! Essa nova versão do grupo incluía o Gilmour, o baterista Nick Mason (membro fundador junto com o Waters) e o tecladista Rick Wright.

Carreira solo

Só que o irascível Roger Waters não ficou nem um pouco quieto. A separação do Pink Floyd nada mais foi do que o ponta pé inicial para sua carreira solo. Primeiro gravou o disco The Pros and Cons of Hitch Hiking. Na gravação e posterior tournée, um convidado de luxo: o Eric Clapton! Contudo, não foi muito bem-sucedido e recebeu fortes críticas dos jornalistas especializados. Fez uma nova tentativa em 1987, com Radio Kaos. Quase na mesma época, seus velhos asseclas do Floyd gravavam A Momentary Lapse of Reason, um sucesso de vendas.

Em 1990 fez um inesquecível show em Berlim, celebrando a caída do infame muro que separou a Alemanha desde 1945. Foi uma chance imperdível para ele reapresentar, com uma enorme seleção de músicos, sua obra prima: The Wall. Depois veio o disco Amused to Death, em 1992: dessa vez com a participação do Jeff Beck. Começavam umas longas férias que iam durar até 1999.

Nesse meio tempo o Roger Waters deve ter entendido que nada que fizesse iria superar o sucesso do The Wall. Nada. Uma descoberta tal vez constrangedora, mas que era totalmente certa. Qual foi a resposta do Waters? Iniciar uma longa série de apresentações incluindo principalmente material desse disco e de outro monstro de vendas do Pink Floyd: Dark Side of the Moon. Não é preciso dizer que a tournée In the Flesh – Live durou três anos e foi um enorme sucesso.

“A propósito, qual deles é o Pink?”

A possibilidade de uma reunião do Pink Floyd tem sido sempre motivo de especulação pela mídia especializada. Fato que sempre foi rejeitado categoricamente pelo David Gilmour. Contudo, o Pink Floyd se reencontrou num palco em julho de 2005, no Hyde Park em Londres. Foi por uma boa causa: o Live 8. Um festival benéfico organizado nada menos que pelo Bob Geldof, quem protagonizou o célebre filme do grupo em 1982. A banda tocou apenas quatro músicas, ficaram uns 20 minutos no palco e aí acabou tudo.

Esse mesmo ano o baixista lançou um novo disco: uma ópera em três partes chamada Ça Ira. Contudo, o fato de ter revisitado antigos sucessos havia garantido o sucesso e o Roger Waters não perdeu mais tempo. Após ter namorado a música clássica e a ópera no seu último trabalho, estava na hora de tocar ao vivo. Nascia o tour do Dark Side of the Moon e ia durar dois anos. Onde começou? No Rock in Rio, em 2 de junho de 2006.

Quer visitar em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Conheça a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

Mas ainda faltava invocar o sagrado nome do The Wall novamente. Assim, a partir de setembro de 2010 o Roger Waters continuou se apresentando tocando a totalidade do disco duplo durante três aninhos. O cara é realmente incansável!

Waters e seus velhos amigos

Já sem a presença do Rick Wright (falecido em 2008), os três membros restantes do Floyd se juntaram de novo. É claro que foi apenas para uma aparição mais do que esporádica… mas os fãs, agradecidos. Em maio de 2011 Waters, Gilmour e Mason tocaram juntos num dos shows do baixista. A canja aconteceu em Londres, a música foi Outside the Wall (a última do disco The Wall) e aí acabou tudo.

O Roger Waters na Argentina, outra vez

Após o seu último show, em 2012, o Roger Waters (em setembro completará 75 anos) vai tocar novamente na Argentina. Pela quarta vez. Como já falamos no começo do post, serão duas datas: 6 e 9 de novembro de 2018 em La Plata.

Segundo as suas próprias palavras, os dois recitais vão mostrar 80% do material antigo e 20% de músicas novas. Nada mal, já que isso garante que os clássicos do Pink Floyd estarão dentro do pacote. E de quebra, curtir em primeira mão as músicas do seu último disco Is This the Life We Really Want? publicado em 2017. No começo ia ser apenas uma apresentação, mas por causa da enorme demanda do público foi acrescentada mais uma apresentação. Tudo pronto então? O Roger Waters lentamente está chegando…

02/07/2018