Tag: costumes

  • A gorjeta nos restaurantes portenhos, aquela inimiga dos turistas brasileiros

    A gorjeta nos restaurantes portenhos, aquela inimiga dos turistas brasileiros

    A gorjeta nos restaurantes portenhos, aquela inimiga dos turistas brasileiros

    Se existe uma coisa que provoca confusão e até irritação nos turistas brasileiros que visitam Buenos Aires é a gorjeta. Sim, aquele dinheirinho a mais que você deve deixar (se quiser) aos garçons dos bares e restaurantes da cidade.

    Para os portenhos trata-se de um hábito totalmente normal e não só quando vão comer fora ou tomar um cafezinho.

    Em Buenos Aires é normal dar uma gorjeta quando você vai num posto de gasolina para abastecer o seu carro. Também quando você recebe em casa o pedido do supermercado (mesmo que uma taxa de entrega seja cobrada). Ou até quando o zelador do prédio aonde você mora vai ao seu apartamento para fazer um conserto menor. Isso tudo faz parte do cotidiano dos moradores de Buenos Aires.

    No Brasil, contudo, as coisas são um pouco diferentes. Só é aprovado o 10% na conta do restaurante e fim de papo. Mais nada.

    A gorjeta nos restaurantes portenhos não tem nada de novidade.

    A prática começou no início do século passado, mas depois foi proibida e no seu lugar apareceu o laudo gastronômico. Segundo a história, isso aconteceu em 1946 durante o primeiro governo do General Juan Perón. Pagar o laudo era obrigatório e representava nada menos que os 22% do total da notinha! No começo gerou controvérsias, sim, mas desafiou firme e forte o passar do tempo.

    Porém, na época da ditadura militar argentina o laudo gastronômico desapareceu (em 1980) e a gorjeta voltou. Ironias do destino: o que um General decretou, outro colega revogou anos depois.

    A gorjeta versus a taxa de serviço: quais são as diferenças

    Se você é daqueles que prestam atenção quando a conta chega à sua mesa, então já ouviu falar da taxa de serviço. Geralmente é um valor fixo e por pessoa, não uma porcentagem do total do que você gastou. Cada estabelecimento determina o valor que considera apropriado.

    A gorjeta, bares

    Nessa taxa são incluídos, segundo os próprios donos dos restaurantes, alguns dos serviços essenciais oferecidos. Quais serviços? As toalhas de mesa, os guardanapos de pano, aquela cestinha de pão que o garçom traz sem você pedir, etc.

    Tudo tem um preço, não há maneira de escapar disso. As mordomias são colocadas na taxa de serviço, conhecida também como “servicio”, “servicio de mesa”, “cubierto” e nomes semelhantes.

    Vamos ver algumas curiosidades. Você sabia que o serviço cobrado deve incluir 250 ml de água, pão, pão para celíacos e sal sem sódio? Não? E que a taxa também não pode ser cobrada aos menores de 12 anos? Nossa, onde está escrito isso? Na Lei de Nº 4.407/12 da Legislatura Portenha. Poucos comensais estão cientes desses detalhes, mas você que está lendo esse artigo já leva uma boa vantagem!

    Não tem nada a ver com a gorjeta, que em espanhol é chamada de “propina”. São duas coisas diferentes: a taxa de serviço vem dentro da conta. A gorjeta não e é totalmente opcional. Paga quem quiser e quanto quiser. Em teoria, uma gorjeta “justa” equivale aos 10% do que você consumiu. Mas isso pode aumentar ou diminuir dependendo do grau de satisfação do cliente. E do dinheiro que tiver no bolso também.

    A gorjeta, garçom

    Conclusão: a gorjeta vai parar no bolso do garçom (e dos empregados da cozinha). Já a taxa de serviço vai direto à caixa registradora do dono. Para pagar os gastos? Vamos acreditar que sim.

    E a gorjeta nas casas de Tango?

    Aqui as coisas mudam consideravelmente. Até agora entendemos que a gorjeta pode ser dada sempre que o cliente estiver satisfeito com o atendimento recebido. Que seja a décima parte do valor gasto, um pouco a mais ou a menos, é decisão do freguês. Nenhum garçom tem autoridade para determinar essa porcentagem. Só que na maioria das casas de tango os próprios funcionários fazem questão de lembrar ao visitante da “propina”. Ou pior ainda: fixar o valor dela.

    A gorjeta, show de tango (Foto: Geoff Livingston)

    Quer conhecer outro detalhe curioso?  Segundo o Convênio de Trabalho dos empregados gastronômicos, a gorjeta… não está permitida. Por quê? Para evitar que esse dinheiro seja considerado como remunerativo entre os empregados. Ou seja, para que a gorjeta não seja parte do salário do funcionário.

    Quer visitar em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Conheça a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    Então, o que fazer? Os ingressos para um show de tango com jantar podem custar perto de 100 dólares por pessoa, e mais também. Não é culpa do cliente se nesse valor não estão incluídos os serviços do garçom nem da cozinha. Logo, ninguém gosta muito de ser lembrado que tem que deixar uns bons trocados após ter pagado a sua entrada. A falta de diplomacia em alguns casos pode ser chocante e infelizmente isso acontece com frequência.

    4 coisas que você deve saber

    • A diferença entre a taxa de serviço (incluída na conta) e a gorjeta (não é obrigatória).
    • A taxa de serviço não contempla o trabalho dos garçons nem o pessoal da cozinha.
    • Pagar gorjeta não é obrigação. O cliente deixa uma gorjeta quando está conforme com o tratamento que recebeu. 10% é o acostumado, mas isso não é uma regra escrita.
    • E o mais importante: ninguém pode forçar um freguês a pagar a gorjeta. Um garçom atencioso e educado sempre vai ter maiores chances de receber um dinheiro extra pelo seu trabalho.
  • Feira de Mataderos

    Feira de Mataderos

    Feira de Mataderos

    Como toda cidade grande, Buenos Aires tem um ritmo que às vezes acaba tirando boa parte da nossa energia. Muito trânsito, barulho, manifestações e um monte de gente nas ruas. E no meio desse tumulto todo podemos perder a possibilidade de visitar outros lugares que oferecem um panorama totalmente diferente.

    O que nem todos os turistas sabem é que a poucos quilômetros do centro portenho existe uma popular feira de artesanato, que mostra as mais relevantes tradições argentinas: a Feira de Mataderos, que funciona no bairro do mesmo nome desde junho de 1986. Sim, você fez a conta certa: em breve vai completar 30 anos de vida.

    Bem querida pelos moradores do bairro, mas ao mesmo tempo prestigiada por turistas de outras cidades e países, recebe cada final de semana acima de oito mil visitantes. Um lugar onde você poderá encontrar peças de artesanato, roupas tradicionais, comidas típicas, shows de danças folclóricas e outros exemplos da cultura popular do interior argentino.

    Um passeio ideal se você deseja esquecer por algumas horas o comportamento dos portenhos da cidade e conhecer um pouquinho melhor os costumes do homem de campo. Vamos entrar?

    A feira por dentro

    A Feira de Mataderos possui mais de 500 barraquinhas e está localizada onde antigamente funcionava um matadouro (eis a origem do nome do bairro, Mataderos). Vale a pena avançar pacientemente entre os corredores que separam as barracas e fuçar com atenção porque é possível achar coisas interessantes e por preços que ainda estão dentro da realidade. Não faltam os elementos característicos da vestimenta gaucha e a roupa de couro, tudo bem artesanal.

    Feira de Mataderos (Foto: puroticorico)

    Em questões de comida, o que espera por nós? Uma praça de alimentação especialmente dedicada para mostrar os pratos mais relevantes da gastronomia das diferentes regiões da República Argentina. O chimarrão, as empanadas, o locro (versão local da feijoada brasileira), tamales (semelhantes às pamonhas, com recheio salgado) e, logicamente, o churrasco argentino têm presença garantida na simpática feirinha de Mataderos.

    E nada de andar se preocupando pela ausência de um elemento chave da culinária argentina: o clássico choripan também está presente! Basta procurar por um pouco de fumaça e pronto, o famoso sanduiche está aí esperando por você. Na hora da merenda fazem a sua entrada os típicos pastelitos (pastéis doces) e as tortas fritas para acompanhar um bom mate cozido.

    Feira de Mataderos (Foto: buenosairesprensa)

    Na parte central da feira há um palco especialmente preparado para as apresentações dos diferentes artistas. Se prepare porque durante o dia todo tem muita música, o que permite apreciar de perto o folclore argentino, o estilo musical mais importante do interior do país vizinho. Deixe o tango de lado e permita-se curtir e até dançar (por que não?) alguma zamba, carnavalito ou qualquer outra dança bem típica dos hermanos.

    Feira de Mataderos (Foto: Cadampol)

    Dependendo da época do ano, ainda são celebradas as festas típicas de cada província argentina e completam o encontro espetáculos tradicionais com cavalos, onde os gauchos mostram abertamente as suas habilidades. O melhor de tudo? Não se cobra ingresso e os espetáculos são todos gratuitos.

    Feira de Mataderos, músicos (Foto: buenosairesprensa)feira

    Horários de funcionamento e como chegar

    A Feira de Mataderos funciona somente aos domingos. As atividades começam as 11.00h e terminam às 20.00h. Um detalhe para levar em consideração: a feira cancela a suas atividades durante os dias de chuva já que tudo é feito a céu aberto.

    Quer visitar em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Conheça a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    Existem várias empresas de ônibus que permitem chegar até a Feira de Mataderos desde diversos pontos da cidade de Buenos Aires. As linhas que podem ser de maior utilidade para o turista brasileiro são as de número 36 e 55 (partindo desde a Plaza Itália), 63 e 80 (desde Belgrano), 92 (Retiro) e 180 (desde o micro centro). A viagem pode demorar uns 50 minutos, dependendo da condição do trânsito. Indo de táxi, são aproximadamente 15 km desde o Obelisco.

    A poucos quilômetros do Obelisco de Buenos Aires podemos achar a Feira de Mataderos, um autêntico e gratuito encontro com o melhor das tradições dos gauchos argentinos.

  • Estância Don Silvano

    Estância Don Silvano

    Festa Gaúcha na Estância Don Silvano

    Se a sua intenção é sair do acostumado e às vezes estressante movimento de Buenos Aires, então um programa que não deve faltar no seu roteiro de viagem é uma visita à Estância Don Silvano. Trata-se de um tour de um dia e resulta ser uma boa dica para ir com um grupo de amigos ou em família e com as crianças.

    O sítio, de quase 400 hectares, está localizado na cidade de Capilla del Señor, a 90 km do centro portenho. Para chegar é preciso fazer uma viagem de uma hora e meia pela estrada Panamericana, mas vale a pena todos os km percorridos. Na Estância Don Silvano está esperando por nós um encontro com as autênticas tradições argentinas e a sua legítima culinária.

    No ano de 1940 o espaço foi fundado por um imigrante italiano de nome Silvano, que em seguida começou a receber os seus amigos e conhecidos. Aos poucos o que era uma simples fazenda familiar, foi se convertendo numa verdadeira atração turística.

    A ideia inicial do Don Silvano foi continuada pela sua família e atualmente, além das visitas, a estância oferece hospedagem, com 25 quartos e uma capacidade para até 70 pessoas.

    A partir das 11h todos os visitantes são cordialmente recepcionados. E as boas vindas são para valer: umas imperdíveis empanadas fritas (com bastante recheio), só para começar. Para beber você pode escolher entre vinho branco, tinto, refrigerante ou suco. Tudo à vontade e sem sentir culpa.

    Estância Don Silvano, carruagens

    A dica é não passar por alto o tentador quitute por que o almoço ainda vai demorar um pouco em sair. Não devemos esquecer que em Buenos Aires os portenhos têm o hábito de almoçar mais tarde que no Brasil e na Estância Don Silvano esse costume se mantém.

    O que podemos fazer antes do almoço

    Tem muitas atividades para fazer nesse meio tempo e vale a pena aproveitar tudo aquilo que o lugar possui.

    • Percorrer a fazenda num passeio a cavalo ou de carruagem.
    • Visitar a lojinha cheia de artigos regionais (principalmente de couro). Dentro dela é possível encontrar e comprar produtos regionais feitos de maneira bem caseira (doces, queijos, mel), além de enfeites e outras lembranças.
    • Pensando nas crianças, a Estância Don Silvano dispõe de uma área com brinquedos especialmente para elas.
    • Se divertir andando de tirolesa.
    • Dar uma boa caminhada pela ampla chácara, o que permite observar bem de perto os numerosos animais e os objetos decorativos, claros exemplos das tradições gauchescas.
    • Curtir a piscina durante a época de verão (nesta época do ano é simplesmente um sonho!).

    Enquanto isso é bom ficar atento para escutar o sino. Ele não é muito grande, mas está localizado na entrada do Galpão onde funciona o enorme comedor: o particular som vai marcar o começo do almoço!

    O churrasco da Estância Don Silvano

    Por volta das 13.30h o sino finalmente toca: está na hora de experimentar o tradicional churrasco argentino no seu verdadeiro cenário: uma legítima fazenda da província de Buenos Aires. Além de vários tipos de saladas, são servidos os mais destacados e nobres elementos do famoso Asado Criollo: chorizo, morcilla, pollo, asado de tira e vacío.

    Estância Don Silvano, churrasco

    Falando em português? Linguiça, morcela, frango, costela e fraldinha. Tudo chega às mesas trazido gentilmente pelas garçonetes, todas elas com as típicas roupas gaúchas. As bebidas? Vinho, cerveja, refrigerante ou água mineral.

    Durante o almoço tem show ao vivo e dança com um bonito espetáculo de música folclórica, abrangendo todas as regiões da República Argentina. Mas não é só isso: os músicos fazem questão de prestigiar a todos os visitantes interpretando brevemente músicas de cada país. Um momento muito engraçado e também emotivo.

    Estância Don Silvano, almoço

    Estavam presentes turistas brasileiros, uruguaios, chilenos, mexicanos, cubanos, americanos, alemães, italianos e até irlandeses. Para cada nacionalidade os músicos cantavam uma breve canção de cada país.

    No final do show não podiam faltar No llores por mi Argentina nem algumas peças de tango, sem esquecer-se de umas rápidas e descontraídas aulas com os passos básicos do famosíssimo estilo.

    Mais ainda tem mais: uma demonstração de destrezas gauchescas, mostrando as particulares habilidades dos gáuchos argentinos andando a cavalo. E na hora da saída: o café da tarde! Tortas fritas, pastéis doces e mate cozido.

    Quer visitar em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Conheça a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    Perto das 17.00h é o momento de regressar à cidade, sinal que a Festa Gaúcha na Estância Don Silvano está concluindo. Mas foi uma ótima oportunidade para conhecer de perto os costumes argentinos num ambiente genuíno, se divertir em família e sobre tudo… comer bastante!

  • 7 Características dos portenhos que você deve conhecer

    7 Características dos portenhos que você deve conhecer

    7 Características dos portenhos que você deve conhecer

    Além dos inúmeros pontos turísticos e atrações que Buenos Aires oferece a todos os seus visitantes, existe outro fator que provoca curiosidade e, talvez, até polêmica: seus próprios habitantes, os portenhos. Apreciados por alguns, discutidos por outros (mas nunca ignorados), os naturais da capital argentina se diferenciam notoriamente dos brasileiros em vários sentidos.

    Contudo, e do mesmo jeito que no Brasil, existe uma diferença considerável no comportamento entre os moradores da cidade e aqueles que moram no interior do país. Todo aquele viajante que haja tido alguma vez a possibilidade de conhecer outras regiões da Argentina, com certeza terá notado uma atitude mais afável e hospitaleira nas pessoas.

    Mas, calma… também não é questão de sair correndo, cancelar as passagens e procurar outro destino para viajar! No lugar disso, melhor conferir conosco uma pequena lista com algumas das características dos portenhos que mais podem chamar à atenção, principalmente daqueles que viajam para Buenos Aires pela primeira vez.

    • Têm fama de serem meio revoltados, reivindicando logo perante qualquer situação que possa parecer adversa: uma atitude que para muitos pode ser correta. Mas às vezes provoca contratempos a aqueles que pouco ou nada têm a ver com o que está acontecendo (manifestações, piquetes, greves, etc.).
    • Historicamente, a elegância masculina tem sido um motivo de destaque dentro da sociedade de Buenos Aires. Os ilustres cidadãos sempre tiveram o hábito de circularem bem vestidos pelas ruas (principalmente no micro centro, o coração financeiro da cidade). Mas os tempos e as tendências foram mudando e hoje em dia os moradores têm adotado um estilo muito menos rígido no seu vestuário. Porém, ainda é possível ver homens de terno e gravata (e com aqueles sobretudos, no inverno) indo trabalhar.

    (Foto: Gustavo Gomes)

    Caracteristícas dos portenhos (Foto: Gustavo Gomes)

    • Já a moda feminina apresenta outros matizes. As mulheres jovens aparentam serem menos vaidosas em relação às brasileiras. Mesma coisa com as adolescentes, que mostram um visual visivelmente descuidado. Pode ser o resultado de uma tendência casual demais, mas pelo menos nesse sentido as diferenças entre as mulheres de ambos os países são evidentes. As mulheres a partir dos 30 ou 35 anos preferem um estilo mais clássico, elegante e melhor cuidado.
    • Um dos assuntos mais relevantes, e que aqui neste blog sempre tentamos ressaltar, é o típico atendimento oferecido na capital da Argentina. Seja com os turistas ou bem entre eles mesmos, o ar de indiferença e displicência é um elemento habitual na conduta de todos os dias. No entanto, não é tão simples determinar o motivo ou origem dessa prática tão peculiar.

    (Foto: Estrella Herrera)

    Características dos portenhos (Foto: Estrella Herrera)

    Diferente do povo brasileiro, a gente em Buenos Aires frequentemente mostra uma atitude mais séria, formal e até distante (ou seja, com cara de poucos amigos). Totalmente oposto ao acostumado comportamento descontraído e mais latino dos habitantes de qualquer região do Brasil.

    Para alguns, isso pode ser o resultado herdado da imigração europeia que chegou no início do século XX (principalmente imigrantes italianos e espanhóis). Para outros, é uma questão simplesmente genética: já a típica figura do compadrito ou malevo (o malandro no ambiente do tango) transmite uma postura meio petulante ou talvez irreverente.

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    Porém, o enigma continua: os portenhos são arrogantes? Provavelmente sim, mesmo que seja um pouco e por orgulho natural.

    • A galantaria, verdadeira ou forçada, é outra das mais notórias características dos portenhos. O acostumado verso ou chamuyo (papo furado) para iniciar uma possível conquista nunca falta. Mas em geral, o homem em Buenos Aires sempre foi, e ainda é, atencioso e gentil com as mulheres.
    • Adoram os brasileiros mais do que a qualquer outro turista estrangeiro. Sim, não é um exagero nem um mito. Embora quem esteja vindo do Brasil pense o contrario, os argentinos sentem um grande aprecio e admiração pelo país vizinho.

    É só questão de não falar muito de futebol (mais ainda depois da última Copa do Mundo, onde a sensibilidade dos dois países ficou um pouco sentida). E na hora, os anfitriões tentam improvisar um portunhol e desse jeito, agradar e ganhar a confiança do visitante.

    • O popular cafezinho de Buenos Aires: o motivo sempre presente para um encontro casual ou planejado. A companhia que não falta jamais numa conversa entre amigos, uma reunião de trabalho, para começar uma paquera ou simplesmente ler o jornal.

    Cafezinho, características dos portenhos (Foto: Patricio Espigares)

    Se no Brasil qualquer desculpa é boa para beber um chopinho ou uma cerveja bem gelada, os portenhos escolhem a tradicional infusão matinal para iniciar uma conversa. Lugares para isso que não faltam: não é a toa que no centro de Buenos Aires há um café em quase todas as esquinas!

    E para finalizar, como bônus, compartilhamos com vocês um interessantíssimo vídeo realizado e publicado por nossos colegas do Aires Buenos Blog: uma entrevista ao prestigiado jornalista argentino – brasileiro Ariel Palacios, quem define, com bastante sabedoria, a idiossincrasia argentina.  Vale a pena assistir a reportagem (dividida em duas partes), que ajuda a entender melhor o às vezes intrigante comportamento dos hermanos.

    Originalmente publicado por Aires Buenos TV

    Utilizado com a autorização do autor

  • Descubra as 9 comidas típicas argentinas

    Descubra as 9 comidas típicas argentinas

    9 Comidas típicas argentinas

    Quando viajamos para outros destinos longe de casa, uma das primeiras coisas que podem causar certa preocupação é com relação às comidas. Cada país, cada cidade e cada cultura possuem diferentes opções e costumes gastronômicas, que podem obviamente se diferenciar das nossas tradições culinárias.

    Desse jeito, dentre as nossas habituais dicas de turismo em Buenos Aires não podemos deixar de apresentar uma detalhada listagem com as 9 comidas típicas argentinas que com certeza você poderá encontrar e apreciar na sua visita na capital argentina.

    • Milanesas: o prato mais pedido em qualquer restaurante de Buenos Aires. Feita geralmente de coxão mole ou patinho, pode ser servida simples ou “a la Napolitana” (versão portenha do Bife à Parmegiana). O acompanhamento que nunca falta são as batatas fritas, mas também podem vir junto com puré de batatas. Um clássico da gastronomia portenha.

    (Foto kimberlykv)

    Comidas típicas argentinas (Foto: kimberlykv)

    • Massas: a escolha certa de todos os domingos ao meio dia. Produto da influência dos imigrantes italianos que chegaram à Buenos Aires no final do século 19, as pastas (como são chamadas na Argentina) estão presentes no cardápio de todos os restaurantes e lares da cidade. Com uma ampla variedade de massas e molhos, é sem duvida uma das comidas típicas argentinas mais apreciadas e consumidas.

    (Foto: nestor galina)

    Comidas típicas argentinas nestor galina

    • Pizza: também por causa da imigração italiana, a pizza se converteu com o tempo numa parte fundamental da cultura gastronômica local. Impossível planejar uma saída informal sem incluir uma visita, mesmo que seja breve, por qualquer uma das centenas de pizzarias de Buenos Aires. No micro centro, a famosa Calle Corrientes tem o recorde de casas de pizza e com certeza opções não vão faltar.

    (Foto: papajuan74)

    Pizza, comidas típicas argentinas (Foto: papajuan74)

    • Empanadas: desta vez, a culpa foi da colonização espanhola que trouxe junto a receita das antigas empanadas (que provavelmente conheceram sua origem nos distantes países árabes). Muito parecidas com os pastéis brasileiros, as empanadas podem ser fritas ou assadas no forno e com diferentes e tentadores recheios (carne, queijo e presunto, queijo e cebola, frango, espinafre, milho com molho branco, etc.). Parceira da pizza a qualquer instante ou então em casa junto com a família e amigos.

    (Foto: Stella Dauer)

    Empanadas, comidas típicas argentinas (Foto: Stella Dauer)

    • Dulce de leche: onde o tradicional Dulce de leche (doce de leite em português) se originou é sempre motivo de disputa no Río de la Plata: enquanto os argentinos provam e comprovam o seu descobrimento, os uruguaios também reclamam a sua autoria. Seja como for, o Dulce de leche é um produto bem característico entre os portenhos com um sabor e consistência irresistíveis e de reconhecida qualidade.

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    • Medialunas: as padarias e confeitarias de Buenos Aires oferecem uma variedade de salgados e doces que podem deixar qualquer um com água na boca. Mas provavelmente sejam as medialunas (bem semelhantes aos croissants conhecidos no Brasil) o seu principal destaque. Doces, salgadas ou até recheadas, acompanham o tradicional café da manha portenho: um café com leite com duas ou três medialunas é uma pedida de lei. Mas também estão presentes em qualquer rodada de mate (chimarrão) na casa de todas as famílias.

    (Foto: longhorndave)

    Medialunas, comidas típicas argentinas (Foto: longhorndave)

    • Sanduíches de miga: outra tentação das padarias, os Sandwiches de Miga são feitos somente com o miolo do pão de forma, sem as bordas, e cortado em finas fatias. Podem ser simples (presunto e queijo, os mais populares) ou triplos: maiores e com recheios mais sofisticados. Nenhuma festa é festa em Buenos Aires se não houver sanduíches de miga. No Brasil é possível achá-los em diferentes lojas especializadas de São Paulo e Rio de Janeiro.

    (Foto: Andres Moreira)

    Sandúiches de miga, comidas típicas argentinas (Foto: Andres Moreira)

    • Bife de Chorizo: Buenos Aires é conhecida por muitos motivos, e com certeza a qualidade da sua carne (e principalmente a sua fama) pode ser um deles. Com um sabor e maciez difícil de confundir e discutir, o Bife de Chorizo é aquele prato típico que todos os turistas já ouviram falar e gostariam de degustar. Só é bem importante pedir ao garçom a carne no ponto desejado: se não é bem provável que o bife possa chegar mal passado na mesa (o que nem sempre é do gosto de todos os comensais). E sim, as tradicionais batatas fritas sempre acompanham!

    (Foto: Roberto Berlim)

    Bife de Chorizo, comidas típicas argentinas (Foto: Roberto Berlim)

    • Churrasco: Você pensou que tínhamos esquecido o famoso churrasco argentino? Nem pensar! Só o deixamos para o final porque dele já temos falado bastante neste blog. Quem não for vegetariano, não pode voltar para o Brasil sem ter experimentado o tradicional asado em qualquer uma das numerosas churrascarias que a cidade de Buenos Aires possui.

    Tire as suas dúvidas, conheça agora os 10 segredos do churrasco argentino.

    Churrasco, comidas típicas argentinas

  • Principais cervejas argentinas

    Principais cervejas argentinas

    Principais cervejas argentinas

    Argentina é um país que conta com um excelente e variado nível gastronômico, e não só em questão de comida, mas também no quesito bebidas. Se falarmos de bebidas de qualidade, a primeira alternativa vai ser provavelmente os vinhos, já que têm sido premiados e reconhecidos mundialmente.

    Mas os hermanos argentinos têm também cervejas de altíssima qualidade. E lembrando sempre que a maioria dos turistas brasileiros em Buenos Aires dificilmente resiste à tentação de uma loira bem gelada, é interessante então conhecer mais um pouco sobre as principais cervejas argentinas.

    Cerveja Quilmes, a mais tradicional

    Sem dúvida nenhuma, Quilmes é o nome mais popular já que é a primeira escolha de qualquer argentino ao recomendar uma marca de cerveja. Seu dono, o alemão Otto Bemberg, começou a produção em 1888, com a fábrica localizada em Buenos Aires. Durante muitos anos sofreu a concorrência direta das já inexistentes companhias Palermo e Bieckert.

    (Foto: jesus dehesa)

    Principais cervejas argentinas (Foto: jesus dehesa)

    Oferece vários tipos de cerveja: a tradicional, Lager, vermelha, escura e sem álcool. As variedades de cerveja Quilmes são: 1890, Cristal, Light, Lieber, Bock, Stout, Red Lager, Bajo Cero, Chopp e Night. Com certeza, para todos os gostos e sempre presente na maioria dos bares e restaurantes de Buenos Aires.

    Está em Buenos Aires e hoje à noite vai jantar fora? Ou está a fim de tomar aquele cafezinho? Primeiro conheça 10 características dos bares e restaurantes de Buenos Aires.

    Imperial

    Outra das principais cervejas argentinas é a Imperial. Sempre esteve fortemente ligada à marca Quilmes, já que inicialmente começou nos anos 50 como uma variedade de cerveja clara (chamada de Lager) da empresa. Depois de ser comprada pela companhia Brahma brasileira, a empresa argentina acabou liberando a Imperial por pedido dos novos compradores.

    Pensa viajar a Buenos Aires e quer curtir um verdadeiro show de tango, com jantar, bebidas livres e traslado ida e volta incluídos? Então não perca mais tempo… a sua solução acabou de chegar!!!

    Mas em 2004 é comprada novamente por investidores estrangeiros, que decidem apostar com força e adicionam à linha de produtos outras variedades de cerveja, como a vermelha e a escura. A partir daí, a Imperial começa ocupar os primeiros lugares de popularidade graças a sua qualidade e também por causa de uma forte campanha de publicidade.

    Atualmente a marca oferece vários tipos de cerveja, entre elas a Scotch Ale, Lager, Amber Lager e a Cream Stout.

    Kraken

    Esta cerveja destaca-se pelo tipo de elaboração, que é totalmente artesanal e não contém qualquer tipo de conservantes. Outra particularidade é o seu engarrafado, que apresenta um mecanismo especial para conservar todas as propriedades de uma bebida de qualidade.

    A fábrica artesanal de cerveja Kraken está localizada em Buenos Aires, no bairro de Caseros (aproximadamente 25 km do centro da cidade). Oferece ao público três tipos de cerveja diferentes: American Pale, Irish Red Ale e a Imperial Stout.

    Gostaria de acompanhar seu prato predileto com um bom vinho? Conheça então as características do vinho argentino.

    Antares

    A cerveja Antares também é elaborada artesanalmente. Tendo sua origem na cidade de Mar del Plata (uns 400 km de Buenos Aires), a jovem marca com pouco mais de 20 anos no mercado já mostrou o seu selo de qualidade: atualmente é exportada a diversos países como Estados Unidos, Suécia, Canadá, Uruguai e o Brasil.

    (Foto: polmuadi)

    Principais cervejas argentinas (Foto: polmuadi)

    A fabricação desta cerveja tem como base receitas europeias e procedimentos de envelhecimento em cascos de carvalho, o que outorga um sabor único a esta bebida.

    Outras marcas nacionais

    Outras destacadas marcas de cerveja fabricadas no país são:

    • Isenbeck: fabricada na Argentina desde 1994 pela empresa alemã Warsteiner, foi a primeira cerveja Premium argentina e hoje ocupa o segundo lugar nas vendas.
    • Brahma: a companhia brasileira começou exportando seus produtos em 1984 e 10 anos depois acabou se instalando definitivamente no país.
    • Stella Artois: originaria da Bélgica, é fabricada pela Quilmes e possui um característico sabor amargo.

    (Foto: gorriti)

     

    Principais cervejas argentinas (Foto: gorriti)

    A tradicional Cervecería Santa Fé foi fundada em 1911 pelo alemão Otto Schneider e nela são produzidas atualmente as seguintes marcas:

    • Santa Fé, Córdoba e Schneider (nacionais)
    • Heineken (holandesa)
    • Budweiser (alemã)

    Não deixe de saber quais são os três aperitivos favoritos dos portenhos.

    Mesmo sabendo que o vinho é a bebida tradicional argentina, o consumo de cerveja veio crescendo intensamente nos últimos tempos. Com a aparição de numerosos pubs irlandeses (principalmente no micro centro de Buenos Aires), o hábito de beber cerveja foi ganhando força até se estabelecer entre os costumes dos portenhos.

    Se você pensa viajar para Buenos Aires pela primeira vez, pode ficar tranquilo: com certeza não faltam opções para poder matar as saudades daquele chopinho, mesmo estando longe de casa.