Cinco lugares para morar em Buenos Aires
Se você já visitou Buenos Aires pelo menos uma vez… não teve a fantasia, mesmo que seja por alguns instantes, de morar na cidade durante um período mais prolongado?
No final de contas, a capital da Argentina pode ser bastante sedutora: tem a maioria das coisas que as pessoas gostam e precisam. Muitos pontos turísticos, centros e lojas comerciais por tudo quanto é lugar, um sistema de transporte público razoável e barato, restaurantes e bares de todo tipo, uma intensa vida cultural, noite agitada, etc.
E também, vamos ser justos, Buenos Aires inclui no pacote e pelo mesmo preço um trânsito caótico, um ritmo de vida acelerado (próprio das grandes cidades), habituais manifestações e a presença dos portenhos, com esse comportamento que às vezes resulta tão desconcertante. Isso tudo faz parte do charme do lugar e mesmo criticando algumas coisas (até com razão) a maior parte do público brasileiro acaba gostando e querendo voltar algum dia.
O centro pode ser um dos lugares mais convenientes para o turista que vai permanecer uns poucos dias, seja curtindo as férias ou a trabalho. Porém, dificilmente possa ser a localização mais indicada para morar permanentemente. Existem outras opções interessantes, que permitem aproveitar e conhecer o melhor da cidade, sem ter que sofrer a frenética movimentação da city portenha. Esqueça o Micro Centro, San Telmo, Puerto Madero ou Recoleta por alguns minutos e descubra cinco lugares para morar em Buenos Aires.
Bairro Norte:
Tradicional e requintado, embora não esteja precisamente entre os bairros mais baratos para residir, continua sendo o lugar predileto das famílias chiques portenhas: morar no Barrio Norte (que inclui os bairros da Recoleta e Retiro) sempre foi sinônimo de distinção.
Até a aparição do Alto Palermo Shopping, caminhar pela Avenida Santa Fé (uma das mais importantes da cidade) e olhar as vitrines das elegantes lojas era o programa favorito das mulheres, e não só daquelas de Barrio Norte. Mas ainda é possível achar lojas refinadas e completar o percurso dando uma paradinha em qualquer um dos cafés que enfeitam a região.
Está comunicado por numerosas linhas de ônibus e a linha D do metrô, mas sem a intensa e sufocante movimentação do micro centro. Uma coisa que chama a atenção é a ausência de casas: Barrio Norte caracteriza-se por possuir um alto número de prédios, alguns de estilo europeu e outras construções mais modernas.
Palermo:
Com certeza, um bairro muito conhecido e frequentado pelos turistas brasileiros. Palermo, o maior dos 48 bairros de Buenos Aires e todas as suas versões (Palermo Viejo, Palermo Soho, Palermo Holywood, e a lista continua…) nunca deixa de resultar atraente e charmoso.
(Foto: Pedro Angelini)
O setor mais tradicional está localizado ao redor das avenidas Figueroa Alcorta e Libertador, com seus clássicos e senhoriais edifícios bem próximos dos Bosques de Palermo. Enquanto isso, do outro lado da Avenida Santa Fé aparecem os mais recentes Palermo Soho e Palermo Holywood, com seu irresistível ar boêmio, chamativas casas recicladas e uma intensa vida noturna.
Belgrano:
Belgrano está meio fora do circuito tradicional, embora seja aconchegante e tranquilo. Combina edifícios de apartamentos com amplas casas de estilos diversos. A parte mais residencial pode ser achada em Belgrano R e a mais comercial, em Belgrano C. Onde fazer compras? Sem dúvidas, na Avenida Cabildo.
Os espaços verdes também não faltam (uma característica bem visível de Buenos Aires) e o bairro de Belgrano até tem a sua própria China Town: o pitoresco e simpático Bairro Chinês.
Em questões de transporte, para ir até o centro basta pegar o metrô da linha D, que vai até a Plaza de Mayo (estação Catedral) ou qualquer um dos diversos ônibus. E em breve, Belgrano vai ganhar o novo Metrobus, do mesmo jeito que a Avenida 9 de Julio.
Vicente López e Olivos:
Depois de atravessar a Avenida General Paz começa a denominada Zona Norte de Buenos Aires (não confundir com o Barrio Norte, que fica dentro da Capital Federal). O lado mais relevante e ideal para morar está entre a Avenida Maipú (continuação da Avenida Cabildo) e o Rio de la Plata.
A poluída beira do rio ficou abandonada e esquecida durante muitos anos, mas faz tempo que o local foi redescoberto e aproveitado. Atualmente é ótimo para curtir um tempinho ao ar livre, praticar esportes ou até aproveitar uma folga com a família. Dos diversos lugares para morar em Buenos Aires, Vicente López e Olivos podem ser catalogados como os mais tranquilos e menos turísticos.
Em Olivos se encontra a residência oficial do presidente (atualmente a Dona Cristina Kirchner). Mas Vicente López não fica atrás nesse quesito, não: o falecido presidente Juan Domingo Perón, marido da célebre Evita, foi um dos moradores mais ilustres que o bairro já teve.

San Isidro:
É considerada a capital do rúgbi argentino, porém a atividade náutica também faz parte da cultura dos moradores de San Isidro. Uma área nobre e muito residencial, a quase 30 km do centro de Buenos Aires, onde sobressaem o sossego das suas ruas e os imponentes casarões. Não é a toa que sempre foi um dos lugares escolhidos pela classe média alta portenha para morar.
(Foto: Robert Cutts)
Famoso pelos seus renomados colégios particulares, o Hipódromo, a Catedral de San Isidro e a feirinha de artesanato em redor da Praça Mitre (uma das mais antigas de Buenos Aires) enchem de colorido o bairro. Mas ainda tem seu lado turístico: além do ramal da linha Mitre que sai de Retiro, o Tren de la Costa passa pela estação San Isidro, com um pequeno passeio comercial que serve como parada para quem deseja visitar o Tigre.
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