O verão em Buenos Aires
Programar umas férias de verão numa região com mar e areia é sempre a alternativa mais atraente e desejada. Na nossa imaginação associamos automaticamente um bom e merecido descanso com a paisagem de uma praia deserta, guarda-sol e uma bebida gelada, não é verdade?
Porém, e sem necessidade de fazer comparações, vários dos principais destinos turísticos do mundo não se caracterizam precisamente pelas suas douradas praias. Basta senão pensar rapidamente em Nova York, Londres, Paris e outras grandes capitais do planeta.
Tudo bem. É verdade que quando viajamos a ideia é conhecer lugares diferentes onde possamos descobrir coisas novas e que geralmente não temos na cidade onde moramos. Mas acontece que dentro da maioria dos turistas brasileiros existe um carinho enorme pelas belíssimas praias que enfeitam o Brasil.
O que podemos fazer se vamos visitar um destino onde o mar azul brilha… mas pela sua ausência? Se falarmos de Buenos Aires, a praia mais próxima é San Clemente e encontra-se a uma distância superior aos 300 km desde o Obelisco. Muito longe.
Então, como enfrentar o verão em Buenos Aires se aquilo que a gente mais gostaria está tão afastado? Bom, existem outras coisas que podem ser realizadas na terra do vinho Malbec e do tango e que permitem combater aqueles dias de intenso calor. Mesmo sem ter muita praia por perto!
O que fazer em Buenos Aires no verão
A partir de janeiro e até meados ou finais de fevereiro, Buenos Aires fica vazia. Como assim? Boa parte dos moradores aproveita para fugir do calor da “floresta de cimento” e vão procurar as praias, o sossego na beira do Río Paraná ou ainda a região das serras do interior argentino. Mas quem escolhe visitar a capital argentina durante os três meses de verão têm também várias opções. Algumas delas são:
Paseo de la Costa de Vicente López
Quando o Rio de la Plata ainda não tinha o grau de poluição atual, o balneário existente na Zona Norte de Buenos Aires (principalmente nos bairros nobres de Olivos e Vicente López) era muito badalado e visitado. Tempo depois, caiu no abandono total até surgir novamente a partir da segunda metade dos anos de 1990 (para muitos, a época do renascimento da capital portenha).
Hoje em dia as praias públicas do Paseo de la Costa são muito frequentadas pelos moradores das redondezas, curtindo tudo o que o local oferece: prática de esportes, bares e restaurantes, um bus ecológico de graça, diversas atividades artísticas e culturais, passeios de bicicleta, etc. Do outro lado, já na Cidade Autônoma de Buenos Aires podemos visitar também o Parque de los Niños (parque das crianças).
Um pouquinho mais longe é possível chegar à lendária prainha Peru Beach, no tranquilo bairro de Acassuso (uma estação antes de San Isidro). Para isso, você pode pegar o trem na estação Vicente López que se encontra do outro lado da Avenida Libertador.
Escolher um hotel com piscina
Um detalhe que nem todo mundo considera na hora de escolher hospedagem, mas que pode fazer toda a diferença. Já pensou em chegar ao hotel depois de uma longa caminhada pela quentíssima cidade e ter ao seu dispor uma piscina para se refrescar, mesmo que seja pequena? A dica vale a pena, então não se esqueça dela quando estiver procurando hotéis em Buenos Aires.
Parques e praças
Os espaços verdes são abundantes e os portenhos gostam de aproveitar deles ao máximo. Uma cena bem comum durante o verão em Buenos Aires é ver as pessoas pegando um bronze, mesmo que seja durante a breve folga no almoço do trabalho. Palermo possui os parques mais famosos e de maior tamanho, mas não pense que tudo acaba por aí. A Reserva Ecológica na Costanera Sur, as Barrancas de Belgrano, o Parque Las Heras, o Parque Centenário (no bairro de Almagro) ou o Parque Sarmiento (frente à Avenida General Paz) são só alguns dos inúmeros parques que Buenos Aires tem para oferecer.
Passeio de catamarã pelo Tigre
Viajando com o Tren de la Costa já dá para ver um pouco dos bairros da Zona Norte que beiram o Rio de la Plata. Já no Tigre, um passeio de catamarã é um programa imperdível, que não leva muito tempo (existem passeios de uma e duas horas) e que permite conhecer as diversas ilhas que fazem parte do Delta do Tigre. A viagem serve também para descobrir o Porto de Frutos, o Parque de la Costa (principalmente se estiver com crianças) e ainda o Casino Trilenium.
Aproveitar os barzinhos com mesas na calçada e as sorveterias
Duas coisas que com certeza não faltam e que podem ser de enorme utilidade durante o verão em Buenos Aires: os bares e as sorveterias. Dispense o tradicional café com medialunas e curta as bondades de uma boa picada (combinação de salgadinhos, frios e outros petiscos) com uma cerveja bem gelada, um Fernet com coca, um Gancia com gelo e limão ou a sua bebida predileta. Só uma dica: não espere a variedade de sucos naturais e vitaminas como tem no Brasil por que vai levar uma decepção. A lista é bem mais curta, mas dá conta do recado. E das sorveterias não precisamos dizer muito: cada bairro tem pelo menos uma e a qualidade sempre é de satisfatória para cima.
Como é o verão em Buenos Aires?
O verão portenho sempre se destacou por ser muito quente e húmido. Mas nos últimos tempos isso parece ter se potencializado, provavelmente por causa do bendito aquecimento global. O que esperar? Bastante calor, algumas chuvas e uma sensação térmica de tirar o fôlego.
A temperatura média varia entre os 20 e os 30º, mas não fique surpreso se ela atingir ou até ultrapassar os 40º. Dos três meses de verão, o mais quente costuma ser janeiro. Março é o mais chuvoso e fevereiro o mais seco (mas a previsão de chuva sempre está presente ao longo do verão).
O que levar na mala
Na sua mala não devem faltar roupas leves e de cores claras, calçado confortável (porque em Buenos Aires se faz muita coisa a pé), boné, chapéu, óculos escuros e protetor solar.
Leve junto por acaso um agasalho não muito pesado porque às vezes o verão em Buenos Aires acaba sendo meio temperamental e alguma brisa fria pode aparecer de repente. Beber muito líquido e ter um guarda-chuva por perto já que as chuvas durante essa época do ano são frequentes.
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