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  • Variedades de vinho argentino: veja o nosso Top 6

    Variedades de vinho argentino: veja o nosso Top 6

    Variedades de vinho argentino: veja o nosso Top 6

    Junto com o Tango e o churrasco, outro dos produtos típicos da Argentina de maior relevância é o vinho. Contudo, beber vinho não era considerado um hábito elegante ou refinado para a maioria dos portenhos. Pelo contrário, sempre foi um costume bem popular e não muito sofisticado. Mas os tempos mudaram rapidamente e hoje em dia consumir a tradicional e nobre bebida, fruto da uva, virou uma espécie de subcultura. Uma coisa chique e ao mesmo tempo agradável e prazerosa.

    Durante a última década o numero de produtores e adegas no país vizinho aumentou consideravelmente, junto com a diversidade e o padrão de qualidade dos seus numerosos produtos.

    Variedades de vinho argentino 1

    Confira a seguir o nosso Top 6 com algumas das variedades de vinho argentino mais destacadas na atualidade.

    Tintos:

    Malbec:

    Indiscutivelmente o Malbec é a casta mais famosa e apreciada dentre os vinhos argentinos. De fato, os hermanos são os maiores produtores mundiais nesse quesito. Originário da França, porém com mais de 150 anos na Argentina, possui uma cor intensamente escura (às vezes quase preta), muito corpo e um aroma bem frutado. Recomenda-se servi-lo após atingir uma temperatura de 16°.

    Cabernet Franc:

    Sua produção (mesmo que em processo de desenvolvimento) vem aumentando significativamente, ganhando relevância e prestígio dentro e fora do país. Suas principais características? Leve, seco e menos forte que o Cabernet Sauvignon. Apresenta um corpo médio, acidez moderada e uma cor vermelha brilhante. A temperatura sugerida para ser servido é de 18°.

    Cabernet Sauvignon:

    Produzido com castas de alta qualidade, é considerado o Rei dos Tintos. O Cabernet Sauvignon nada mais é que a mistura de duas espécies de uva francesa: Cabernet Franc e Sauvignon Blanc. Pesado, com bastante corpo e trazendo um nível de álcool levemente superior, pode apresentar um gosto mais áspero dependendo da idade. A temperatura adequada beira os 16°.

    Bonarda:

    Um dos tipos de uva mais cultivada na Argentina, depois da uva Malbec. Forma parte da categoria de vinhos menos caros e a maior parte da sua produção é realizada na província de Mendoza. Uma das suas características é o baixo nível de acidez. Os experts aconselham que a sua temperatura de serviço seja de aproximadamente 17°.

    Brancos:

    Chardonnay:

    O branco típico, aromático e seco, admirado não só na Argentina, mas também no mundo inteiro, sendo utilizado ainda como base para numerosos vinhos espumantes. Oferece uma coloração dourada e com perfume de frutas cítricas ou tropicais. A temperatura certa para curtir as bondades de um bom Chardonnay oscila entre os 10° e os 12°.

    Torrontés:

    Feito com um tipo de uva tipicamente nacional (embora para muitos entendidos foi trazida alguns séculos atrás pelos colonizadores espanhóis) e cultivada no país todo. Seu gosto é particular e inconfundível, com uma cor levemente amarela. Além de ser um bom parceiro das comidas típicas das regiões onde é produzido, o vinho Torrontés também se destaca por combinar amigavelmente com os melhores pratos da culinária oriental. Sua temperatura ideal não deve ser superior aos 10°.

    Degustações de vinho exclusivas

    Mas como saber o que escolher corretamente entre tantas opções? Calma, tudo tem solução…

    Uma nova tendência que cada dia vem tomando mais força e permite aos amantes do bom vinho conhecer (e principalmente saborear) em primeira mão os novos produtos, são as degustações. Aos poucos, é uma atividade que vai sendo parte do roteiro de cada turista que visita Buenos Aires e o público brasileiro não pode, nem deve ficar do lado de fora.

    Não importa se você é um especialista ou se somente tem os conhecimentos básicos do assunto. Na verdade, as degustações de vinho estão dirigidas a todo aquele que esteja disposto a apreciar a qualidade da mais tradicional das bebidas argentinas.

    Variedades de vinho argentino, degustações

    São realizadas num ambiente requintado e intimista, mas ao mesmo tempo bem descontraído, onde você pode se sentir totalmente à vontade. Os grupos são pequenos para preservar assim a privacidade do encontro. Desse jeito, o sommelier conseguirá levar você pelo caminho dos sabores, cores e aromas das mais renomadas variedades de vinho argentino, brindando (literalmente) uma completa informação sobre os tipos degustados.

    Mas não pense que é só bebida: diversos tira gostos acompanham cada degustação, com o intuito de ressaltar as nuances de todos os vinhos… e de forrar um pouco o estômago também!

    Resumindo, a degustação resulta uma verdadeira aula de enologia, totalmente personalizada, além de ser uma original e atraente atividade para poder aproveitar suas férias em Buenos Aires. Como bónus, você tem a possibilidade de conhecer e interagir com turistas de outras nacionalidades, o que aumenta a relevância do evento.

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    E antes de finalizar o encontro até é possível compras algumas garrafas de vinhos seletos e não sempre encontrados no mercado, a preços razoáveis.

  • Madero Tango, uma casa com estilo

    Madero Tango, uma casa com estilo

    Madero Tango, uma casa com estilo

    Madero Tango é uma das casas de tango de Buenos Aires mais renomadas, e um dos motivos é por estar localizada numa região totalmente diferenciada: o elegantíssimo Puerto Madero, perto de outro ponto bem turístico: o tentador Cassino flutuante.

    Como a maioria dos espetáculos apresentados, Madero Tango oferece aos seus convidados um jantar em três passos (opcional), com bebidas incluídas, a partir das 20.30h. Confira o cardápio clicando aqui.  

    Você ainda pode escolher assistir o show sem o jantar, e mesmo assim lhe será oferecida uma pequena tábua de frios e queijos e bebidas (uma garrafa de vinho a cada duas pessoas, enquanto os refrigerantes e água mineral são servidos á vontade). Não dá para dizer que não!

    Madero Tango, jantar em três passos

    Um show moderno

    Madero Tango apresenta todas as noites um show moderno, combinando elementos tradicionais do Tango junto com outras interpretações menos conservadoras. A coreografia é simples, precisa, e provavelmente menos pretensiosa se for comparada com as de Señor Tango ou Tango Porteño.

    E às 22h tudo começa com duas milongas de Homero Expósito: Azabache e Bien criolla y bien porteña. Mas se você está esperando somente Tango e mais nada, com certeza vai levar uma surpresa: o espetáculo é bem variado e de repente a audiência é surpreendida com uma magistral aula de sapateado, que acaba num malambo (a tradicional dança dos gaúchos argentinos).

    A versatilidade da proposta fica mais evidente ainda quando os dois vocalistas realizam um dueto, cantando duas músicas que podem parecer um pouco fora do roteiro esperado: New York, New York e My Way. O toque de Broadway está sempre presente e Puerto Madero não é a exceção!

    Um dos pontos mais destacados acontece quando a vocalista feminina começa interpretando timidamente El Último Café, de Héctor Stamponi e Cátulo Castillo. De repente, se produz o momento mais intimista e melancólico da noite: conforme a música vai avançando, as cortinas se abrem e as janelas oferecem uma belíssima e iluminada visão noturna de Puerto Madero.

    Porém, para provar que o tango não é só tristeza e melancolia, chegam Romance de la luna tucumana e umas vibrantes interpretações homenageando ao grande mestre Ástor Piazzolla.

    Madero Tango 3

    Outra pitada de originalidade vem da mão de uma versão bastante tangueira de Roxanne, aquele sucesso de 1979 da banda inglesa The Police (já pensou?). Mas o lado previsível, principalmente se você já assistiu outros shows de tango em Buenos Aires, chega com No llores por mí, Argentina. Não é precisamente um tango, mas faz parte do repertorio de todos os espetáculos portenhos e aqui também não podia faltar.

    Madero Tango 2

    Mas a função está acabando e por isso voltamos rapidamente ao tango com os clássicos Mi Buenos Aires Querido, Por uma Cabeza e El Dia que me Quieras, três peças escritas pelo imortal Carlos Gardel e o brasileiro Alfredo Le Pera. O final? Com muita emoção e uma chuva de papel picado. Mas não vai embora, que ainda tem mais.

    Pensa viajar a Buenos Aires e quer curtir um verdadeiro show de tango, com jantar, bebidas livres e traslado ida e volta incluídos? Então não perca mais tempo… a sua solução acabou de chegar!!!

    E não perca a Aula de Tango!

    Depois do espetáculo, você tem direito a fazer a aula de tango. Não é nada fácil dançar o estilo, principalmente para quem não tem experiência, mas é bem interessante e até divertido tentar aprender pelo menos os passos básicos da típica dança argentina.

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    Em menos de uma hora, se ainda sobrou fôlego, você vai receber em primeira mão umas rápidas aulas dos próprios bailarinos do show (esses têm fôlego de sobra, sim) e até vai ganhar um diploma por isso. Um merecido final para uma noite brilhante.

    Madero Tango

    Elvira Rawson de Dellepiane 150, Puerto Madero.

    A partir das 20.30h.

  • Formula E em Buenos Aires

    Formula E em Buenos Aires

    Formula E em Buenos Aires

    Além de todas as paixões e tradições argentinas que sempre mostramos no blog, os hermanos também adoram, e bastante, o automobilismo. Outro gosto compartilhado com os brasileiros, mas com algumas diferenças: o último piloto argentino em correr na Formula 1 foi Gastón Mazzacane (2001), na equipe Prost. E faz tempo que não tem uma corrida em casa: a última competição no Autódromo de Buenos Aires foi realizada no ano de 1998 e o vencedor foi o piloto alemão Michael Schumacher.

    De lá pra cá foram muitas as tentativas para colocar novamente um argentino na categoria máxima ou para que a Argentina fosse parte outra vez do calendário internacional. Mas nada disso aconteceu.

    Quem segue de perto as corridas de Formula 1, com certeza deve ter percebido mudanças radicais e significativas no regulamento. O resultado: você já sabe como vai acabar a corrida porque sempre ganham os mesmos pilotos e equipes.

    (Foto: Formula Uno)

    Formula E, F-1, Lewis Hamilton (Foto: Formula 1)

    Essas supostas melhoras pelo jeito estão contribuindo a diminuir o interesse dos espetadores. Não faz muita diferença se tem gente que gosta ou não do Galvão Bueno, o eterno e discutido narrador global, e suas acostumadas gafes. Aos poucos, o povo está deixando de assistir as corridas por acharem elas pouco atraentes e isso não acontece só no Brasil. É no mundo inteiro.

    E, além disso, as pressões econômicas e ambientalistas também são muito fortes. Ou seja, está faltando alguma coisa para não perder de vez os milhões de espetadores que o automobilismo tem no planeta.

    Entendendo como funciona a Formula E

    A Formula E pode ser considerada uma categoria alternativa formada por jovens pilotos e também por alguns veteranos da F-1. De fato, conta com a presença de três pilotos brasileiros conhecidos: Bruno Senna, Nelson Piquet Jr e Lucas Di Grassi.

    (Foto: Motori Italia)

    Formula E, Bruno Senna (Foto: Motori Italia)

    Ainda em fase beta (desenvolvimento), a primeira corrida da categoria foi o 13 de setembro 2014, na China e dez equipes com 20 pilotos participam da temporada 2014-2015.

    Um dos principais destaques são os motores elétricos dos carros: ecológicos e menos barulhentos que um carro de F-1 atual. Apenas 10 db mais fortes que um carro de passeio tradicional. Um detalhe curioso é que as baterias elétricas dos carros têm uma duração de aproximadamente meia hora. Depois disso, a única solução é… trocar de carro e continuar a corrida! Uma verdadeira novidade. E nada de troca de pneus ou reabastecimento. Outra novidade: o chamado Fan Boost. Os três pilotos mais votados pelos fãs através do site oficial da Formula E http://www.fiaformulae.com/, ganham uns H.P. extras de potência durante alguns segundos. Uma forma muito original de incentivar as ultrapassagens e motivar ao público, mesmo que seja via internet.

    Velocidade em Puerto Madero

    Quase coincidindo com o início do Rally Dakar 2015, se realizou uma nova rodada do Campeonato de Formula E. A velocidade finalmente chegou a Puerto Madero, no sábado 10 de janeiro de 2015. Bem no final de uma intensa semana onde o calor portenho não deu sossego.

    Num circuito de quase 2,5 km especialmente planejado para a ocasião, os 20 carros (na verdade são 40, já que é possível trocar de carro) começaram a rodar na pista desde as 8.15h. Diferente da máxima categoria do automobilismo, os treinos livres, classificação e corrida, são realizados no mesmo dia. Ou seja, jornada completa para todos aqueles que decidiram ir até Puerto Madero e desafiar o intenso calor de 30°.

    Carregando a bandeira da ecologia e com a intenção semi oculta de incentivar os motores elétricos como solução aos problemas energéticos e ambientais, começou a quarta corrida da temporada (as anteriores foram na China, Malásia e Uruguai).

    (Foto: atTRAZIONE MOTORI)

    Formula E, Buenos Aires (Foto: atTRAZIONE MOTORI)

    A primeira parte da prova foi tranquila, com o suíço Sebastien Buemi na ponta. Mas as emoções começaram a partir da 15° volta, quando Lucas Di Grassi ultrapassou o alemão Nick Heidfeld (outro ex-F-1) e alcançou a segunda colocação. Duas voltas depois, a pancada que o indiano Karun Chandhok levou forçou a entrada do Safety Car e deu para apreciar um fato insólito: os pilotos entrando nos boxes… para trocar rapidamente de carro!

    Os silenciosos motores da Formula E (mais lentos que os da Formula 1) aceleraram novamente após a relargada na volta 23 e as últimas voltas foram bem animadas, com muitas mudanças nas primeiras posições.

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    O ganhador do ePrix de Buenos Aires foi finalmente o português Antônio F. da Costa, em segundo lugar chegou o francês Nicolas Prost (filho do tetra campeão Alain Prost) e no último degrau do pódio… deu Brasil! Nelsinho Piquet (outro filho de peixe) completou a corrida em terceiro lugar. Bruno Senna foi 5º e Lucas Di Grassi abandonou na 27° volta, depois de uma batida enquanto liderava a prova.

    Buenos Aires recebeu novamente a adrenalina dos carros de corrida e Puerto Madero ganhou mais uma atração (além das recentes e românticas gondolas). Será que o ano próximo teremos repetição?

  • Câmbio na Argentina, a eterna novela

    Câmbio na Argentina, a eterna novela

    Câmbio na Argentina, a eterna novela

    Já se passaram três anos desde a aparição dos rigorosos controles que a AFIP (a Receita Federal da Argentina) decretou nas operações de compra e venda de moeda estrangeira. Na época, isso causou toda uma revolução e o câmbio na Argentina tornou-se um dos maiores problemas no país vizinho.

    Os cidadãos, que até então estavam livres para comprar seus dólares em casas de câmbio ou bancos autorizados, a partir daí tiveram que enfrentar inúmeros obstáculos para poder adquirir ou vender divisas.

    De um dia para o outro, para comprar dólares (a moeda estrangeira mais aceita pelos argentinos) foi necessário preencher um formulário online e aguardar a aprovação, geralmente arbitrária e com critérios não muito claros, da AFIP, a fim de realizar a operação.

    As despesas realizadas no exterior com cartão de crédito começaram a sofrer taxas significativas (35% sobre o valor original), com a pouco verossímil promessa de serem devolvidas no ano seguinte através da declaração do imposto de renda.

    Câmbio na Argentina, Pesos Argentinos

    Os saques em caixas eletrônicos em países vizinhos com cartões de débito, particularmente no Uruguai e no Brasil também foram atingidos pelas ferozes medidas. Assim, os oportunistas de sempre em seguida acharam a chance de pôr em prática um negócio antigo, porém lucrativo: o mercado paralelo. O câmbio na Argentina ganhava um novo protagonista.

    Trocar divisas na atualidade

    Desde novembro de 2011 até agora, os que de alguma forma mais se beneficiaram com esta situação têm sido os turistas de outros países, que conseguiram trocar seus dólares, reais ou euros (as moedas mais utilizadas) com os cambistas nas ruas do centro de Buenos Aires. É claro que tudo tem o seu preço e muitos viajantes infelizmente resultaram prejudicados, ao receber notas falsas.

    No entanto, o governo aos poucos foi diminuindo a pressão. Atualmente o trabalhador com carteira registrada pode comprar dólares, ainda que de forma bastante limitada e não muito favorável. O limite máximo é calculado proporcionalmente à sua renda. Quem faz a compra e quer receber os dólares na hora deve pagar um imposto de 20%. E aquele que deseja fazer a operação e deixar a moeda americana depositada no banco durante um ano (!), fica isento de qualquer tipo de tributo.

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    Mas são os turistas estrangeiros os que continuam tendo as maiores dificuldades na hora de conseguir pesos argentinos. Em um esforço para reduzir a diferença cada vez maior entre a cotação oficial e a do mercado negro, o governo começou uma perseguição diária no micro centro portenho e os cambistas viram a sua atividade num relativo perigo. Pouca oferta, pouca demanda e o preço acaba caindo, mesmo que não seja muito nem por muito tempo.

    Hoje, a diferença entre as duas cotações é de aproximadamente 50 ou 55%, mas vale lembrar que recentemente atingiu 85%. Uma diferença assustadora e preocupante.

    Câmbio na Argentina, Reais Brasileiros

    Atualmente, a melhor dica é tentar pagar com reais sempre que seja possível. A maioria das lojas comerciais de Buenos Aires aceita a moeda brasileira (especialmente no centro). A cotação, no entanto, deve ser cuidadosamente observada e combinada. Normalmente, é um valor intermediário entre o câmbio oficial e o paralelo, mas o jeitinho portenho existe e muito. Saiba negociar. Veja aqui as diferentes cotações do dólar.

    Contratar com antecedência pacotes e atividades turísticas pela internet permite pagar em reais… mas pelo câmbio oficial (e sem falar do IOF). E se considerarmos a alta do dólar no Brasil no último mês, pode resultar uma opção mais cara. Como sempre, não recomendamos as operações com os cambistas de rua: os riscos são grandes e é uma operação ilegal.

    Em resumo: depois de três anos e muitas controvérsias, a eterna novela do câmbio na Argentina parece continuar e pelo jeito, os capítulos finais ainda estão bem longe.

  • As belezas naturais da Patagônia Argentina

    As belezas naturais da Patagônia Argentina

    As belezas naturais da Patagônia Argentina

    Muitas vezes é a capital de um país a que recebe a maior atenção dos turistas, relegando para um segundo plano outras cidades que podem ser tão ou até mais atraentes. Logicamente uma localização conveniente e de fácil acesso tem muito a ver na hora de planejar uma viagem, mas hoje em dia viajar para lugares menos acessíveis, não é uma missão impossível.

    Buenos Aires é sem dúvida o destino argentino mais procurado e visitado por viajantes do mundo todo. Uma cidade grande, com influência europeia por causa da forte imigração espanhola e italiana, muitos eventos culturais e uma animada vida noturna, são apenas algumas das suas características.

    Embora o nosso blog esteja dedicado a mostrar as atrações de Buenos Aires, é bom saber que a Argentina não se limita somente à figura de sua cidade capital: há outros lugares muito interessantes e só é questão de enfrentar um voo de duas ou três horas para poder descobrir novos horizontes.

    Com certeza, a região que abriga algumas das mais belas paisagens naturais do país vizinho é a Patagônia. Ela nasce no sul da província de La Pampa e se estende até o final do território argentino, na distante Tierra del Fuego. A Patagônia Argentina possui uma geografia variada e seu clima frio e seco permite que seja visitada em qualquer época do ano. E a neve e o frio são dois elementos que podem resultar bem sedutores para muitos turistas brasileiros.

    Quatro lugares imperdíveis na Patagônia Argentina

    Bariloche

    A cidade de San Carlos de Bariloche, na província de Rio Negro, sempre foi o lugar escolhido por todos os alunos do segundo grau (principalmente das escolas de Buenos Aires) para realizar a sua viagem de formatura.

    O Centro Cívico tem uma intensa atividade comercial, com muitas lojas onde você pode apreciar e comprar os produtos típicos da região. Os tentadores chocolates (uma delícia) e os casacos de lã feitos à mão, por exemplo, são sua marca registrada.

    Bariloche, Patagônia Argentina

    Durante a temporada de neve, o Cerro Catedral, no Parque Nacional Nahuel Huapi, é o lugar top para esquiar e fazer outras atividades de inverno. O Cerro Otto, também no mesmo parque, é outro ponto turístico escolhido por milhares de fãs dos esportes invernais. Tem 1.400 metros de altura e desde o topo (depois de ter chego utilizando o teleférico) você ainda pode desfrutar de uma incomparável vista panorâmica de toda a região e curtir uma bebida quente (bem necessária nessas horas) na original cafeteria giratória do Cerro Otto.

    Aerolíneas Argentinas cobre diariamente o trajeto de 1.600 km entre Buenos Aires e Bariloche. Os voos diretos partem geralmente do Aeroporto Jorge Newbery (embora alguns possam sair também do Aeroporto de Ezeiza) e têm uma duração de duas horas e meia.

    Villa La Angostura

    A sempre bonita Villa La Angostura encontra-se a uma distância de 75 km de Bariloche, na província de Neuquén, beirando o Lago Nahuel Huapi. Uma boa dica é alugar um carro já no mesmo aeroporto de Bariloche, pois a estrada está em boas condições, bem sinalizada e é muito agradável para dirigir (especialmente na baixa temporada).

    Villa La Angostura, Patagônia Argentina, Lago Correntoso

    Em torno da baía de Puerto Manzano está concentrada a maioria das pousadas e hotéis. O resort de esqui Cerro Bayo é uma das principais atrações turísticas da vila. Mas não perca a oportunidade de fazer a viagem em catamarã (ou através da trilha que permite ir de bicicleta ou a pé) até o famoso Bosque de los Arrayanes. É um parque natural com árvores bem antigas e no meio está localizada a famosa cabana de madeira, que segundo dizem os moradores, foi a inspiração para o filme Bambi (no ano 1942!).

    Partindo desde Villa La Angostura, você também pode fazer a viagem ao longo do Camino de los 7 Lagos, o que revela uns cenários verdadeiramente incríveis. Pelo mesmo caminho é possível chegar a San Martin de los Andes, ou ainda atravessar a Cordilheira dos Andes e chegar ao Chile. E não perca a oportunidade de parar junto ao Lago Correntoso, que, na verdade é bem calmo, e parece um autêntico espelho d’água.

    El Calafate

    Na margem do Lago Argentino, encontramos El Calafate, uma das principais cidades da província de Santa Cruz. Mas o principal destaque é sem dúvida nenhuma o imponente Glaciar Perito Moreno, no Parque Nacional Los Glaciares (junto com o Monte Fitz Roy e o Glaciar Upsala).

    A famosíssima geleira tem uma altura de quase 60 metros. Mesmo sendo de menor tamanho que o Glaciar Upsala, o Glaciar Perito Moreno é a atração mais visitada do Parque. Os desabamentos naturais que a geleira produz aproximadamente a cada cinco anos, formam um espetáculo único e imperdível.

    El Calafate, Patagônia Argentina, Glaciar Perito Moreno

    As atividades que podem ser realizadas são bem diversas: pesca, passeios de 4×4, esqui, snowboard, patinação, caiaque e muito mais. Oferece também uma variada proposta em questões de hospedagem e gastronomia.

    Apesar de ter menos de 6.000 habitantes, tem seu próprio aeroporto (localizado a uns 25 km da cidade) e recebe voos diários de Buenos Aires e outras grandes partes do país. Com uma temperatura média inferior aos 8 °, visitar El Calafate é uma excelente escolha se você não quer sofrer com o intenso calor do verão portenho.

    Ushuaia

    É a capital da província de Tierra del Fuego, sendo conhecida também como a Cidade do Fim do Mundo. Na língua indígena local, Ushuaia significa baía profunda. Embora tenha uma área de pouco mais de 20 km2, é um dos destinos mais atraentes da Patagônia Argentina.

    Ushuaia tem se convertido no destino de numerosos cruzeiros e desde seu porto saem excursões em barco pelas costas vizinhas, incluindo o Canal de Beagle e a gélida Antártida.

    Ushuaia, Patagônia Argentina

    Mas se você prefere ficar em terra firme, não se preocupe: existem várias atividades a serem realizadas. Por exemplo, percorrer o Parque Nacional Tierra del Fuego, dar um passeio no Tren del Fin del Mundo ou conhecer melhor a cidade a bordo do antigo, porém simpático ônibus azul de dois andares. E não deixe de visitar o Cerro Castor, o melhor lugar para esquiar.

    Outro ponto destacado de Ushuaia é a sua culinária, onde é possível degustar as iguarias locais, como a pescada negra, a centolla e o popular cordeiro patagônico (um prato clássico da Patagônia Argentina).

    Desde os aeroportos de Ezeiza e Aeroparque você pode viajar com Aerolíneas Argentinas todos os dias para Ushuaia. Um voo direto leva três horas e meia.

  • Percorrendo a cidade com o Buenos Aires Bus, parte 2

    Percorrendo a cidade com o Buenos Aires Bus, parte 2

    Percorrendo a cidade com o Buenos Aires Bus, parte 2

    Os bairros de Palermo e Belgrano

    Continuamos com o publicado no artigo Percorrendo a cidade com o Buenos Aires Bus, parte 1 (que foi dividido em dois posts por causa da sua extensão!), e chegamos finalmente ao micro centro portenho. Em Reconquista e a Avenida Córdoba, bem perto das Galerias Pacífico, sobem muitos turistas. É sem duvida o ponto mais movimentado da viagem já que o Buenos Aires Bus fica totalmente lotado.

    Transitar pela Avenida 9 de Julio permite ver o recente Metrobûs na pista central até os próximos destinos que são a estação de trem Retiro, a Plaza San Martín, o Hotel Sheraton e a Plaza de los Ingleses.

    Continuando o trajeto pela Avenida del Libertador, e depois de ter passado pela frente do Shopping Pátio Bullrich, os passageiros têm a possibilidade de ver de perto uma das esculturas mais originais e fotografadas de Buenos Aires: a Floralis Genérica, que abre as suas folhas durante o dia, fechando-as à noite.

    (Foto: blmurch)

    Floralis Generica (Foto: blmurch)

    Depois de ter deixado atrás o Canal 7, da TV Pública, o ônibus circula pela elegante Avenida Figueroa Alcorta (uma das mais chiques de Buenos Aires) em direção ao bairro de Palermo. No caminho podemos apreciar o Museu Malba, o Paseo Alcorta Shopping e os Bosques de Palermo, passando também pela frente do Planetário Galileo Galilei e o Rosedal. Por que não descer do ônibus, dar uma caminhada pelo verde gramado ou simplesmente descansar um pouco? Você pode retomar o passeio depois, não esqueça!

    Buenos Aires Bus, Bosques de Palermo

    Na Avenida del Libertador, e após o famoso Hipódromo de Palermo, o residencial bairro de Belgrano espera por nós. As Barrancas, a estação de trem, o Museu Larreta e a Igreja La Redonda são os lugares mais destacados.

    Voltando ao micro centro

    O Bus Aberto regressa pela Avenida Cabildo, pois já levamos nada menos que três horas e está na hora de voltar ao micro centro. Logo desce por Federico Lacroze e entra em Las Cañitas: o lugar ideal para se deleitar com os barzinhos, restaurantes fashion e a cozinha fusão. O bairro é pequeno mas tem seu charme e uma vida noturna bem agitada.

    De novo Avenida del Libertador, só que em sentido contrario, e depois do Museu Nacional de Bella Artes, entramos na requintada Recoleta cruzando pelo Design Center, o Centro Cultural, o famosíssimo Cemitério e o Café La Biela, o lugar mais top do bairro.

    Uma rápida passagem pela Avenida Alvear, onde é possível ver o hotel do mesmo nome e a Galeria Promenade e agora sim, podemos ficar tranquilos. Entramos em território conhecido: a Avenida 9 de Julio.

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    O trânsito do meio dia faz a viagem um pouco mais longa do programado e o Teatro Colón o Obelisco são os últimos pontos turísticos que podem ser apreciados antes do bus voltar ao ponto inicial, na Diagonal Norte.

    Buenos Aires Bus, Teatro Colón

    Fazer todo o trajeto de uma vez só pode resultar um pouco cansativo para alguns: nesse caso você sempre pode aproveitar a possibilidade de subir e descer livremente quando quiser.

    Resumindo: trata-se de um passeio interessante para quem dispõe de pouco tempo e deseja conhecer Buenos Aires em três ou quatro dias. Mas também serve para aqueles que já têm um conhecimento melhor da capital portenha e preferem simplesmente contemplar a cidade desde uma poltrona.