Vinho Argentino
O vinho é uma das bebidas mais antigas que a humanidade já conhece, tendo aparecido muito antes do começo da era cristã. Parceiro ideal de uma boa comida e nunca ausente num encontro entre amigos, é ao mesmo tempo a fiel companhia de quem gosta de cozinhar.
Com uma tradição de mais de 400 anos, Argentina é reconhecida internacionalmente pela variedade e qualidade de seus vinhos. Sem dúvida, o vinho argentino é um dos produtos nacionais que boa parte dos turistas estrangeiros sempre tem interesse em experimentar. De fato, a República Argentina é o quinto maior produtor de vinho e o nono exportador mundial.
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Foi decretado “bebida nacional” pelo Governo argentino em 2010, que a partir daí vem estimulando intensamente o consumo do vinho; calcula-se que anualmente são consumidos aproximadamente 30 litros por pessoa.
Principais regiões
A produção está centralizada principalmente nas províncias de Mendoza, considerada a capital do vinho argentino, além de San Juan, Salta e nos últimos tempos a região patagônica; regiões que apresentam os fatores e características ideais para a plantação e crescimento do ingrediente principal na elaboração do vinho: a uva.
(Foto: longhorndave)
Os diversos tipos de uvas são plantados em solos áridos e quase desérticos, as videiras se desenvolvem em terras com uma altura que vão de 300 até 3.000 metros de altitude.
As regiões mencionadas são caracterizadas por terem ventos secos e não muito frios, e um clima seco mesmo nas épocas de mais baixas temperaturas. Por último, a alta pureza das águas utilizada é outro dos fatores principais na elaboração do vinho.
10 adegas argentinas tradicionais
Na atualidade existem milhares de adegas espalhadas pelas diferentes regiões onde o vinho argentino é elaborado. Algumas das mais tradicionais são:
- Etchart (originária de Cafayate, no sul da província de Salta. Lugar de nascimento do vinho branco Torrontés).
- Finca Flichman (da cidade de Barrancas, no sul de Mendoza. Produtores do legendário tinto Caballero de la Cepa).
- Michel Torino (também de Cafayate, foi uma das primeiras adegas argentinas em alcançar sucesso internacionalmente).
- Navarro Correas (provavelmente uma das mais antigas de Mendoza, tem mais de duzentos anos de existência).
- Norton (fundada pelo inglês Edmund J. Norton em Mendoza em 1895, com uvas trazidas da França).
- Santa Ana (1891, Mendoza. Destaca-se pela qualidade do seu Malbec e Cabernet Sauvignon).
- Trapiche (Mendoza, 1883, é uma das adegas que mais exporta com mais de 80 países do mundo recebendo seus vinhos).
- Escorihuela (inaugurada no ano 1885 por um imigrante espanhol, é outra das adegas mais velhas da província de Mendoza).
- Catena Zapata (Luján de Cuyo, Mendoza)
- Luigi Bosca (Luján de Cuyo. Vinhos de alto padrão produzidos pela família Arizu, uma das mais tradicionais da indústria vinícola).
(Foto: Jesus Dehesa)
Variedades do vinho argentino
Tintos
- Cabernet: o mais famoso, de intensa cor escura.
- Merlot: variedade mais suave do Cabernet.
- Malbec: o típico vinho tinto argentino produzido em Luján de Cuyo, Mendoza.
- Pinot: possui uma cor vermelha mais clara que os anteriores.
Brancos
- Chardonnay: o branco mais apreciado e popular.
- Sauvignon: requintado, seco e com certa acidez pode ser servido também como aperitivo.
- Semillón: seco e nobre, é produzido unicamente em Mendoza e na Patagônia.
- Torrontés: seu sabor é inconfundível e difere dos brancos tradicionais.
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Um dos pontos talvez mais discutidos no mundo todo é que tipo de vinho deve ser escolhido para acompanhar uma determinada comida. Como generalidade, os vinhos tintos são os escolhidos para degustar carnes vermelhas, massas e queijos, e os vinhos brancos aparecem como a melhor opção para peixes, frutos do mar e carnes brancas.
Porém, esse conceito foi mudando com o passar do tempo e hoje em dia alguns especialistas já sugerem combinações menos formais, dependendo mais do gosto pessoal do que uma regra estabelecida.
Em questões de temperaturas, a recomendação básica é abrir uma garrafa de vinho tinto uma hora antes de ser servida para assim atingir a temperatura ambiente (esse conceito pode variar dependendo do tipo de vinho). Os brancos devem estar frios, sim, embora dispensando sempre o uso de gelo que acaba influenciando na qualidade e sabor.
Moral da história: a procura da maridagem ou combinação perfeita não deve tirar, de jeito nenhum, o prazer de degustar uma boa taça daquele vinho argentino da sua preferência.
Saúde.
costumo beber o vinho Latitud 33 em Buenos Aires