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  • Traslados em Buenos Aires [Guia Definitivo]

    Traslados em Buenos Aires [Guia Definitivo]

    Traslados em Buenos Aires [Guia Definitivo]

    Além das passagens, hotel e passeios, na hora de organizar uma viagem surge um quarto elemento importantíssimo: os traslados. Seja para ir desde o aeroporto até o seu ponto de hospedagem ou apenas para se trasladar pela cidade, é de vital importância saber com que opções contamos. Lembrando que existem diversas formas de traslados em Buenos Aires, com preços e características variáveis.

    Que devemos levar em consideração antes de decidir a contratação de um transfer? Várias coisas, na verdade: horários, localização, número de passageiros, destino, e logicamente, a questão econômica. Em alguns casos os traslados podem ser facilmente substituídos pelo uso do transporte público e em outros tal vez não.

    Táxi

    O método mais tradicional e utilizado universalmente. Provavelmente a imagem que temos gravada nas nossas mentes é aquela cena tipicamente de filme. Qual? Chegar numa esquina qualquer, levantar a mão e gritar… “táxi”!

    Claro que em Buenos Aires alguns cuidados devem ser tomados. Para evitar abusos, foi implementado um novo sistema de cobrança nos aeroportos da cidade no passado mês de abril. O primeiro em ser habilitado foi no Aeroparque, com resultados dissimiles. A primeira reclamação veio dos taxistas, alegando que o cálculo do valor do trajeto não contemplava as demoras no trânsito. A falta de consenso sobre o funcionamento do sistema continua ainda hoje.

    Traslados em Buenos Aires, táxis

    Já nas ruas portenhas, as probabilidades de achar um motorista com vontade de passar a perna nos turistas são maiores. Recomendamos sempre ter uma noção da distância e o caminho a seguir, além do valor aproximado da corrida. Mas devemos lembrar que outros fatores como o horário e o estado do trânsito podem fazer toda a diferença. O mais seguro sempre é pegar um Rádio Táxi, que costuma ter o nome e o telefone da empresa pintados na lateral.

    Uber

    Desafiando as previsões menos otimistas, a empresa californiana continua firme e forte. Já enfrentou e atravessou inúmeras brigas, com a justiça e os motoristas de táxi. No entanto, a situação do Uber em Buenos Aires carrega algumas particularidades que não deixam de chamar a atenção.

    Desde o início a empresa foi acusada de várias coisas. Sonegação impositiva, irregularidades na documentação dos motoristas e a falta de um seguro para passageiros. Itens que se fossem fiscalizados corretamente acabariam logo com a polêmica.

    Traslados em Buenos Aires, Uber (Foto: Stock Catalog)

    Será que a suposta ilegalidade do Uber tem outras razões? Isso é provável, embora seja um pouco mais difícil de provar. Na Cidade Autônoma de Buenos Aires funcionam ao redor de 60 mil táxis habilitados. O custo de cada habilitação é alto: o equivalente a várias dezenas de milhares de reais. E cada habilitação deve ser renovada a cada dois ou três anos, dependendo da vida útil de cada veículo. Fazendo as contas rapidamente… um negócio milionário que nenhum governo gostaria de ver ameaçado! Empresários e sindicalistas, que ao mesmo tempo são donos de dezenas ou centenas de táxis… também não.

    • O aplicativo é o mesmo ou tenho que instalar outro? Não, você pode usar o mesmo App que no Brasil.
    • Continua sendo o mais barato dos traslados em Buenos Aires? Dependendo dos horários e a demanda, sim.
    • Onde posso pegar um Uber sem ter problemas? Fora dos aeroportos e em qualquer lugar da cidade sem pontos de táxi por perto.
    • É possível chamar um Uber desde Ezeiza? Sim, mas eles preferem “levantar” o passageiro longe da entrada principal do aeroporto.
    • É possível chamar um Uber desde o Aeroparque Jorge Newbery? Nem sempre. Muitas vezes, por motivos “desconhecidos”, o aplicativo não funciona.

    Cabify

    Contrariamente ao Uber, a companhia de origem espanhola Cabify funciona com menos problemas e maior naturalidade. Porém, as pressões dos taxistas e outros inimigos nunca faltam e o aplicativo costuma falhar na hora H. Sobretudo nos aeroportos. Algum hacker aí?

    Traslados em Buenos Aires, Cabify

    Mesmo assim, em condições normais o Cabify funciona corretamente e pode ser utilizado sem preocupações. As tarifas costumam ser um pouco mais altas que as do Uber sem chegar ao preço cobrado por remises e táxis. E sim, do mesmo jeito que o seu principal concorrente, para utilizar o Cabify em Buenos Aires você precisa do mesmo aplicativo que no Brasil. Ainda, o pagamento pode ser com cartão ou em dinheiro.

    Sempre é bom lembrar do acréscimo do IOF para todas as despesas feitas no exterior: 6,38%.

    Funny Times Travel

    Uma opção muito mais prática e segura na hora de contratar um transfer na terra do tango. A empresa, fundada e liderada por Karina Enebelo (guia turística brasileira, mas que mora há muitos anos em Buenos Aires) dispõe de um portfólio com inúmeras atividades pensadas para o turista brasileiro.

    Ciente da preocupação que pode representar os traslados em Buenos Aires para quem viaja pela primeira vez, a Karina e a sua equipe disponibilizam diversos serviços de transfer pela cidade. No site oficial da empresa você pode conferir o valor exato da viagem em tempo real. Basta preencher os dados solicitados e na hora sai o valor da corrida. No caso de concretizar a reserva, existe a chance de pagar a totalidade do serviço ou apenas o 20% online e o resto no dia da corrida. Formas de pagamento? Cartão, pesos argentinos, reais brasileiros, dólares etc.

    Traslados em Buenos Aires, Funny Times Travel

    A partir daí, problema solucionado… basta chegar no aeroporto e procurar a plaquinha com seu nome! Além dos traslados a Funny Times Travel oferece shows de tango, passeios, tours gastronômicos e muitas outras atividades. Tudo aquilo que é preciso para curtir ao máximo a sua permanência em Buenos Aires!

    Transfer Express

    Uma empresa de traslados em Buenos Aires com base nos dois principais aeroportos: o Aeroparque Jorge Newbery e Ezeiza. A Transfer Express oferece serviços com carros de uma capacidade para até 4 passageiros ou vans para grupos maiores. No último caso, os veículos podem transportar até 12 pessoas.

    Traslados em Buenos Aires, Transfer Express

    Em Ezeiza, o guichê está localizado depois de passar pela alfândega e antes de sair para o salão principal. No Aeroparque, encontra-se frente às esteiras para retirar a bagagem. Mas é possível contratar o serviço depois de ter saído, já que o balcão também comunica com o hall principal. A tarifa é consideravelmente mais cara que o Uber ou Cabify, só que trata-se uma empresa totalmente segura.

    O valor é determinado antes da viagem e você pode pagar em dinheiro ou cartão.

    Tienda León

    Também opera desde os dois aeroportos portenhos, só que de um jeito mais corporativo. Seus serviços incluem uma frota de remises e ônibus, com trajetos predeterminados. Os carros desde os aeroportos normalmente têm preços mais altos que a concorrência, mas sempre há disponibilidade. Igual que a opção anterior, o pagamento é aceito em dinheiro vivo, cartão de crédito ou cartão de débito.

    Traslados em Buenos Aires, Tienda León

    Os buses de Tienda León permitem sair desde Aeroparque ou Ezeiza de uma maneira bastante econômica, mesmo levando bagagem. Só que têm um destino final fixo: o Terminal de Buquebus em Puerto Madero. Assim, quem quiser economizar vindo desde Ezeiza vai ter que contratar mais um traslado se o hotel não estiver perto. Mesma coisa para ir desde o centro até o Aeroporto. Entretanto, não deixa de ser uma alternativa interessante e mais em conta que outras.

    Táxi Ezeiza

    O nome já diz tudo: táxis no Aeroporto Ministro Pistarini (ou Ezeiza como é mais conhecido). Seu balcão de atendimento é bem fácil de achar, já que está no meio do salão de entrada. Uma dica? Dependendo do destino final, as tarifas são um pouco mais baixas que Transfer Express ou Tienda León. Digamos que poderia ser um meio termo entre a opção mais em conta (Uber) e as empresas anteriormente mencionadas.

    Traslados em Buenos Aires, Táxi Ezeiza

    Outra dica? Táxi Ezeiza tem uma promoção para quem quiser retornar desde o centro da cidade até Ezeiza. Reservar um carro da companhia desde qualquer ponto do centro portenho tem um custo 30% menor que o valor do trajeto inverso (Ezeiza – Centro). Aqui o preço do percurso também é estabelecido antes da viagem e é permitido pagar em dinheiro ou cartão.

    Remises

    Diferente dos táxis e dos carros de aplicativo (Uber ou Cabify), os remises trabalham com outra metodologia. Pertencem a agências que normalmente estão localizadas nos diversos bairros de Buenos Aires. Circulam entre diferentes pontos da cidade e podem ser utilizados para ir, por exemplo, até o aeroporto sem inconvenientes. Durante muitos anos o remise foi o sistema de traslados em Buenos Aires mais utilizado.

    Traslados em Buenos Aires, Remise (Foto de Lorenzo em Pexels)

    Quais os motivos? Um preço consideravelmente menor que o táxi, já estabelecido antes da viagem, e maior segurança. A limitação foi, e continua sendo, ter que ligar por telefone para um atendente e agendar a viagem.

    Além disso, o pagamento é realizado unicamente em espécie. Contudo, não deixa de ser uma solução prática e livre de perigos na hora de se trasladar pela cidade.

    5 dúvidas sobre os traslados em Buenos Aires

    1 – Pagar à vista ou com cartão? Exceto os táxis e os remises de bairro, todos os traslados podem ser pagos em dinheiro ou cartão. Os dois primeiros só recebem à vista.

    2 – Se for em espécie… pago com pesos argentinos, reais ou dólares? Qual seria a maneira mais recomendável? Tanto faz, sempre que a cotação oferecida seja conveniente para você! Atualmente, o dólar está na frente das preferências e logo depois vem o real. O peso argentino, na lanterna. Nos guichês dos aeroportos você pode encontrar uma plaquinha com as cotações das divisas. Se o câmbio não for interessante, então pague em pesos.

    Traslados em Buenos Aires (Foto: Pixabay)

    3 – É possível combinar o preço da corrida antes de partir? Dificilmente, apenas com alguns taxistas ou outros tipos de transfer não convencionais. Se não, o valor já é decidido de antemão. Tem a vantagem, sim, de saber o valor exato antes de sair (remises, Transfer Express, Tienda León e Táxi Ezeiza). Ou ainda, no caso dos aplicativos, de receber uma estimativa do valor a ser cobrado. Mais nada.

    4 – Qual é o traslado mais confiável? Os remises e as empresas de transfer são os tipos de traslados em Buenos Aires que brindam maior confiança. Ao mesmo tempo, é claro, resultam os menos econômicos. Mas às vezes pagar um pouquinho a mais acaba sendo sinônimo de tranquilidade e segurança.

    5 – O porquê das diferenças de preço entre os serviços? Embora o cálculo de qualquer corrida esteja baseado, inicialmente, na distância a percorrer, existem outras razões que acabam influindo no preço final de uma viagem. Além das demoras no trânsito (nos táxis), as agências que operam nos aeroportos pagam valores altíssimos para poder trabalhar aí. E quem paga por isso, finalmente, é o passageiro…

     


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  • Cabify em Buenos Aires, vale a pena ou não?

    Cabify em Buenos Aires, vale a pena ou não?

    Cabify em Buenos Aires, vale a pena ou não?

    O fato de trabalhar aqui em Buenos Aires e morar no Brasil tem as suas vantagens. Uma delas é a chance de poder experimentar em primeira mão os diversos tipos de traslados desde os aeroportos. Dessa vez aproveitei para fazer um novo teste e verificar como funciona o Cabify em Buenos Aires. Você já deve ter lido em numerosos artigos sobre as maneiras de viajar desde os aeroportos de Buenos Aires. Tem opções mais em conta e outras tal vez nem tanto, embora um dos itens mais importantes não seja unicamente o dinheiro.

    A segurança, o conforto e a praticidade dos serviços têm muito a ver e não adianta renunciar a isso. Em algumas oportunidades o barato acaba saindo caro. Ciente dos perigos que rodeiam o Uber e também dos altos valores dos remises, o Cabify foi a minha escolha para fazer uma viagem desde o Aeroporto de Ezeiza.

    O destino final era o bairro de Olivos, localizado na chamada Zona Norte de Buenos Aires. A distância desde Ezeiza é de uns 36 km, dependendo da rota escolhida. Já o preço da viagem varia consideravelmente segundo o médio de transporte.

    Contratando o Cabify em Ezeiza

    O aplicativo para poder utilizar o Cabify em Buenos Aires é o mesmo que no Brasil. Basta ir no Google Play (Android) ou na App Store (IOS), fazer o download e a instalação e finalmente cadastrar uma conta. As opções de pagamento são as mesmas também: em dinheiro ou cartão de crédito.

    Cabify logo

    Considerando que estava utilizando o Cabify pela primeira vez, confesso que fiquei com certo receio antes de fazer o pedido. No caso do Uber, quando você solicita um carro no Aeroporto de Ezeiza, começa uma pequena novela. O motorista liga para você, pergunta qual vai ser o seu destino, quantas pessoas, que roupa você está usando, etc. E ainda manda você esperar num local mais afastado da saída principal. Ou seja, nem sempre é o melhor dos cenários.

    Com o Cabify foi um pouco diferente e, embora o motorista tenha me ligado, o ponto de encontro foi bem perto da saída. Demorou uns poucos minutos, o embarque aconteceu sem problemas e me sentei tranquilamente no banco de trás. Lembrando que no Uber os motoristas habitualmente sugerem aos passageiros se sentarem no banco da frente. Isso tudo para evitar possíveis atritos com os taxistas do aeroporto.

    Viajando com o Cabify

    Já de cara o valor sugerido foi bem mais baixo que os remises localizados dentro do salão do aeroporto. Enquanto o Cabify oferecia a viagem por 800 pesos (uns 70 reais), as empresas de remise chutavam mais alto. Sim, Tienda León e Transfer Express cobravam acima de 1,5 mil pesos (ao redor de 135 reais) cada. Uma diferença mais do que importante: praticamente o dobro! O Uber, logicamente, aparecia como a opção mais barata: 650 pesos (60 reais) pelo mesmo percurso.

    Tienda León

    A viagem foi tranquila e o motorista (que pelo sotaque era colombiano ou venezuelano) foi muito gentil e eficiente. Não hesitou nem um pouco em pegar uma rota melhor do que a tradicional (obrigado Waze!) e deu tudo certo. O pagamento? Pode ser feito com cartão de crédito ou dinheiro, você só precisa cadastrar essas opções previamente no aplicativo do Cabify.

    Acabou saindo 810,50 pesos (sim, uns 74 reais brasileiros), quase a metade do que os remises do Aeroporto iriam cobrar, e um 25% a mais que o Uber.

    Cabify em Buenos Aires 1

    O panorama muda um pouco se decidirmos pegar um Cabify em outras regiões. Dentro da cidade os preços das viagens são bastante semelhantes que os praticados pelos táxis. Nesse quesito o Uber ainda leva vantagem, já que mesmo em horários de maior demanda continua sendo mais barato. Uma corrida curta desde o Obelisco até Palermo Soho custaria 178 pesos com o Cabify e 135 pesos com o Uber. Faça as suas contas e poderá verificar a diferença, principalmente em trajetos mais longos.

    Cabify em Buenos Aires 2

    Conclusão: o Cabify vale a pena ou não?

    Desde o ponto de vista legal, o Cabify teve menos dificuldades que o seu concorrente direto (o Uber). Os carros, segundo a empresa, têm seguro para passageiros como é exigido por lei. E os motoristas devem possuir habilitação profissional. Nesse sentido, o Uber fica um passo atrás já que esse assunto é motivo de muitas queixas, incluindo o próprio Governo da Cidade.

    Quer conhecer em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Descubra a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    O que podemos recomendar aos nossos leitores cada vez que desembarcam em Buenos Aires e precisam de um traslado? Cada uma das opções disponíveis (remises, empresas privadas, Uber ou Cabify) tem as suas vantagens e desvantagens. Enquanto as companhias estabelecidas nos Aeroporto de Ezeiza e Aeroparque costumam ter os preços mais altos, ao mesmo tempo oferecem menos riscos. Principalmente para quem chega de madrugada ou precisa se trasladar de um aeroporto até o outro em pouco tempo.

    Já o Uber, com seus preços mais baixos, desafia o resto da concorrência mesmo não sendo a opção mais segura. Os conflitos legais e com os taxistas continuam e, pelo menos desde os aeroportos, resulta a forma menos recomendável de viajar. E o Cabify, como fica? Pelo jeito, a companhia espanhola fica no meio, em questões de preço e também de segurança.

    Em resumo, opções não faltam… cabe a cada um escolher a mais conveniente!

  • Uber, Cabify e os táxis em Buenos Aires: como viajar?

    Uber, Cabify e os táxis em Buenos Aires: como viajar?

    Uber, Cabify e os táxis em Buenos Aires: como viajar?

    Já se passou pouco mais de um ano desde que o Uber começou as suas atividades em Buenos Aires. Nesse tempo todo aconteceu muita coisa: protestos, manifestações, ações judiciais, ameaças e bastante bagunça. Nada que a empresa americana não conheça: na verdade, já estão acostumados. Em cada cidade onde o Uber desembarca nasce imediatamente uma enorme polêmica. Como está o Uber em Buenos Aires, um ano depois? Não dá para dizer que esteja firme e forte, mas o serviço continua. As diferenças de preços entre o Uber, o Cabify e um táxi de rua podem ser notórias, dependendo da situação.

    Vamos botar como exemplo uma viagem que eu mesmo fiz nos últimos dias para poder entender melhor as coisas.

    Pegando Uber na cidade

    Fiz o teste numa região longe do habitual circuito turístico portenho. Estava no bairro de Villa del Parque, talvez desconhecido pela maioria dos visitantes brasileiros. Precisava ir até Caballito, ambos os bairros dentro da Cidade Autônoma de Buenos Aires. O percurso começava na rua Juan Agustín García até o cruzamento das Avenidas Rivadavia e Acoyte.

    O procedimento é o mesmo que no Brasil: você precisa ter o aplicativo instalado no seu smartphone. E uma conexão a internet, logicamente. Uma dúvida que muitas pessoas têm: o programa que foi instalado no Brasil serve na Argentina? Sim, sem problemas.

    Uber, Cabify 1

    Outra coisa que muitos turistas querem saber: tem que pagar só com cartão de crédito ou pode ser em dinheiro? As duas alternativas são válidas e você escolhe a forma de pagamento na hora de confirmar o pedido. Só que para garantir adicione a opção de pagar em dinheiro antes de sair do Brasil. Eu já tinha feito isso antes e funcionou bem, mas não sei se dá para fazer já em Buenos Aires.

    Entenda como utilizar o cartão de crédito no exterior

    Na verdade, na primeira tentativa quis contratar o Uber pagando com o meu cartão de crédito da Argentina. Entretanto, por essas questões tecnológicas e burocráticas não foi possível. Então, acabei pagando em dinheiro. Segundo o Cristian (motorista do Uber) o pagamento com cartão foi aceito apenas durante os primeiros meses. Depois… deixou de funcionar. Mas nada de ficar preocupados por isso: os cartões de crédito emitidos no exterior são aceitos normalmente. Ou seja, os turistas estrangeiros podem pagar em dinheiro ou com cartão sem inconvenientes. Já os cidadãos argentinos só têm a chance de acertar a corrida à vista. Pelo menos por enquanto.

    Voltando ao assunto, a viagem acabou saindo 85 pesos conforme mostra o email da Uber.

    Uber, Cabify 2

    Uber, Cabify e os táxis portenhos

    Quanto teria custado essa mesma viagem se no lugar do Uber eu tivesse escolhido um táxi? Foram 5,6 quilômetros, num horário de trânsito moderado. Assim, fazendo um cálculo rápido e otimista ia pagar perto de 100 pesos pela corrida, sem trânsito nem demoras. A diferença não parece ser muito grande, mas existe.

    Está na hora do Cabify, outro serviço de traslados que pode ser contratado desde o celular, entrar na jogada. A empresa espanhola, que também funciona no Brasil, mandou ver um preço consideravelmente mais alto: 132 pesos! Partindo do mesmo lugar (Villa del Parque) e até o mesmo destino (Caballito).

    Uber, Cabify 3

    Uma ferramenta que pode ajudar bastante na hora de calcular o valor de uma viagem em táxi é Taxista Virtual. O aplicativo serve para que a pessoa tenha uma noção do preço de uma corrida de táxi de rua. Só que o cálculo feito é apenas lineal: valor inicial mais a distância percorrida pelo táxi. Mais nada.

    Uber, Cabify, Taxista Virtual

    Fazendo uma simulação online, poderia ter pago uns 82 pesos pelo mesmo percurso conforme mostra a imagem. Contudo, tenho as minhas dúvidas sobre a precisão do aplicativo. Na verdade, não do aplicativo e sim do preço final. No final das contas, o taxímetro está fortemente influenciado pelas demoras no trânsito e os semáforos. Logo, o valor a pagar pode ser bem superior embora fazendo o mesmo caminho. Se a gente pegar 10 semáforos e tiver que esperar um mínimo de um minuto em cada um… quanto daria? Uns 23 pesos acima do valor sugerido inicialmente, já que cada minuto de espera equivale a 2,32 pesos. Nesse caso iriamos ultrapassar os 100 pesos argentinos tranquilamente.

    Outro exemplo entre o Uber, Cabify e um táxi

    Até agora a gente viu que os valores que cada mecanismo cobra pelo mesmo percurso apresentam algumas diferenças interessantes. Vamos trocar a rota e simular uma viagem desde Palermo Soho até a Avenida 9 de Julho e Corrientes. Dois pontos turísticos bem conhecidos pelo público brasileiro: a Praça Serrano e o Obelisco. Vejam as diferenças entre o Uber e o Cabify para fazer essa viagem de pouco mais de seis quilômetros.

    Uber, Cabify 4

    • Uber: entre 102 e 130 pesos.
    • Cabify: 134,79 pesos.

    Um táxi qualquer, em bandeira 1 não cobraria menos de 100 pesos. Com bandeira 2 (entre as 22h e às 6h da manhã) já seriam ao redor de 120 pesos. Isso, se a gente pegar um motorista decente, que faça o mesmo caminho e não pegue engarrafamentos. Mas quem sabe já estamos pedindo muita coisa!

    Nada pior do que chegar em Buenos Aires e não saber como contratar um traslado, não é verdade? Evite furadas e situações perigosas… agende seu transfer com antecedência e viaje com motoristas profissionais e confiáveis por um preço justo!!!

    Lembrando que os táxis portenhos cobram inicialmente 23,20 pesos, mas 2,32 a cada 200 metros (bandeira 1). Depois das 10 horas da noite devemos calcular 20% a mais com a bandeira 2, a famosa tarifa noturna.

    Seja qual for a escolha, hoje em dia com a ajuda da tecnologia o turista fica bem mais informado. E mais protegido também. Vale a pena fazer uma rápida pesquisa para ter uma noção bastante precisa de tempo, distância e, principalmente, o custo. Invista uns minutinhos fazendo comparações que no final podem fazer toda a diferença. Os tempos em que alguém podia ser enganado por um motorista parecem, aos poucos, ir ficando atrás. Seja no Uber, Cabify ou táxi.