Uber em Buenos Aires – 7 coisas que você precisa saber

A sempre polêmica empresa Uber já leva dois anos em Buenos Aires. Nesse meio tempo aconteceu muita coisa. Porém, é bom entender que existem algumas diferenças ou detalhes que nem sempre o turista brasileiro conhece. No seguinte artigo não temos como objetivo atacar ou defender ninguém: todos têm o direito a trabalhar livremente. Ao mesmo tempo, os usuários também merecem um serviço bom, seguro e por um preço justo. Veja a seguir 7 coisas que você deve saber sobre o Uber em Buenos Aires e tire suas dúvidas…

1.   Para usar o Uber em Buenos Aires posso utilizar o mesmo aplicativo que no Brasil?

Sim, o aplicativo é o mesmo e para isso você deve tê-lo instalado no seu smartphone, cadastro incluído. Além de uma conexão de internet, é claro. Automaticamente, o GPS irá descobrir a sua localização e será possível solicitar um Uber do mesmo jeito que no Brasil.

2.   É possível pagar com cartão de crédito ou apenas em dinheiro vivo?

Aqui existe uma diferença importante entre os residentes argentinos e os turistas estrangeiros (seja qual for a nacionalidade). Por quê? Porque não são aceitos os cartões de crédito emitidos na Argentina (!), provavelmente por uma questão impositiva (informação não comprovada). Já os turistas de outros países podem pagar normalmente com o cartão do seu país de origem.

Contudo, em ambos os casos é possível pagar em espécie. Só é necessário determinar a forma de pagamento antes de confirmar o pedido do serviço.

3.   O Uber em Buenos Aires é legal ou ilegal?

Isso vai depender exclusivamente de quem estiver respondendo. A empresa americana afirma que todas as suas atividades na Argentina estão dentro da lei. Entretanto, os inimigos do Uber e ainda o Governo da Cidade de Buenos Aires opinam o contrário. As dúvidas continuam na hora de questionar as licenças dos motoristas (profissionais ou particulares) e o recolhimento de impostos.

O que mais pode preocupar ao usuário do Uber é a suposta falta de um seguro que proteja aos passageiros. Esse é precisamente um dos assuntos que os motoristas de táxi reivindicam e que afeta consideravelmente a segurança dos clientes.

4.   É seguro utilizar o Uber na capital argentina ou não?

O desembarco do Uber veio acompanhado de uma fortíssima polêmica, como aconteceu na maioria das cidades do mundo. Aqui em Buenos Aires não foi diferente: no início foi perigoso e depois as coisas foram se acalmando. Só que nas últimas semanas começou de novo mais um ataque ao Uber. Pode ser parte das habituais manifestações que a capital argentina costuma ter diariamente, ou tal vez não.

Primeira vez na capital argentina. Conheça seis dicas imperdíveis para não passar perrengue em Buenos Aires.

Esse seria um dos maiores perigos que um passageiro pode sofrer com o Uber em Buenos Aires: alguma agressão por parte dos taxistas e outros manifestantes contrários às atividades da companhia californiana. Não é um cenário habitual, mas pode acontecer principalmente nos lugares mais evidentes e transitados (aeroportos, micro centro, etc.). Um detalhe para levar em consideração.

5.   Posso chamar um Uber desde o aeroporto de Ezeiza ou do Aeroparque Jorge Newbery sem problemas?

Mais ou menos, não é tão simples assim. Nos últimos tempos, e sobretudo pelas constantes pressões dos taxistas, conseguir um Uber nos aeroportos ficou mais complicado. No Aeroparque Jorge Newbery o aplicativo muitas vezes não funciona. A dica é atravessar a avenida e tentar fazer o pedido do lado da Costanera. Viu aquelas barraquinhas vendendo sanduiche de linguiça e hambúrguer frente ao Aeroparque? Bom, aí mesmo. Resulta mais seguro na hora do carro chegar e o aplicativo funciona melhor.

Em Ezeiza o panorama resulta mais complexo porque tem táxis e remises por tudo quanto é lugar. Os motoristas do Uber estão cientes disso e têm por costume, e por precaução, ligar antes para o cliente. Destino, localização exata, número de pessoas e até aparência são perguntas habituais antes de se aproximar e recolher o passageiro.

6.   O Uber continua sendo a opção mais em conta em questões de traslados?

Desde o ponto de vista econômico, sim. A diferença de preço com os concorrentes continua sendo favorável para os usuários do Uber. Só que ultimamente a brecha diminui bastante por causa da crescente inflação. E ainda tem mais: essa diferença, segundo o horário e a demanda, pode ser quase mínima ou até inexistente.

Como Uber calcula o valor de uma viagem? Distância + tempo transcorrido + demanda. Sim, nas horas de pico a tarifa sobe bastante: aquela coisa de oferta e demanda. Logo, muitas vezes o Uber acaba saindo igual ou até mais caro que os outros tipos de traslados particulares. Um detalhe que pode fazer toda a diferença.

Nada pior do que chegar em Buenos Aires e não saber como contratar um traslado, não é verdade? Evite furadas e situações perigosas… agende seu transfer com antecedência e viaje com motoristas profissionais e confiáveis por um preço justo!!!

7.   Que outras possibilidades de transporte tenho além do Uber?

Tirando o transporte público, que no caso dos aeroportos portenhos é bem limitado, os turistas que desembarcam em Buenos Aires têm várias opções. Na verdade, aquelas de sempre: táxis, remises ou transfers contratados com antecedência. As principais características de cada serviço são as seguintes:

• Táxis: podem ser pegos na rua (sempre que seja dentro da Cidade de Buenos Aires) ou em pontos predeterminados. O valor da corrida inclui um valor mínimo (bandeirada), o percurso da viagem e o tempo quando o táxi está detido no trânsito. Das 22h às 06h existe um acréscimo de 20% (bandeira 2). Os mais seguros são os Rádio Táxis, mas em geral é o serviço mais caro e, em muitos casos, o menos confiável. Costumam receber apenas em dinheiro e melhor que seja em pesos para não ter que brigar pela cotação!
• Remises: normalmente pertencem a uma agência e o agendamento é telefônico ou ainda pelo WhatsApp. Nos aeroportos são contratados nos diversos balcões no salão principal. Costumam cobrar pela distância transitada e, caso seja aplicável, o tempo de demora. Em muitos casos o preço da viagem pode ser estabelecido de antemão. Nos aeroportos aceitam o pagamento em pesos, reais, dólares ou cartão de crédito e a viagem tem um valor fixo, incluindo pedágios.
• Transfers: a opção mais prática e segura quando estamos viajando, embora às vezes não seja a mais barata. A reserva geralmente é feita online e quando você chega no aeroporto o motorista já está esperando. Sim, esses caras com uma plaquinha e o nome da pessoa aguardando logo na saída do desembarque. O valor a ser pago é combinado com antecedência e cada empresa tem as suas próprias condições.

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