Massas, o almoço predileto dos Domingos
Mais uma vez por causa da influência dos imigrantes italianos, os argentinos (em especial os moradores de Buenos Aires) têm uma considerável preferência pelas massas. Mesmo não sendo cem por cento original da região, o prato italiano ocupa um lugar de destaque no cardápio local e está sempre presente na culinária portenha, sendo uma das comidas típicas argentinas mais apreciadas e queridas.
No almoço do domingo, enquanto uma boa maioria dos brasileiros preferiria degustar um suculento churrasco, um peixe bem elaborado, ou talvez um completíssimo cozido, os hermanos têm um prato fixo difícil de ser trocado: as massas.
A rotina da maioria dos portenhos numa tranquila manhã de domingo sempre tem sido acordar mais tarde, ir comprar o jornal (que hoje em dia pode ser lido tranquilamente pela internet, é verdade!), dar uma passada pela padaria para finalmente concluir o trajeto no lugar mais importante: a fábrica de pastas caseras.
Cada bairro tem pelo menos uma, com um maior movimento principalmente nos finais de semana. A variedade de massas em Buenos Aires é realmente grande e aquele que não vai com uma idéia bem definida do que vai comprar para colocar na mesa do almoço dominical, pode precisar de tempo até finalmente se decidir.
Enquanto em muitos lugares do Brasil é servida junto com outros pratos, ou como acompanhamento (lembrando sempre que o brasileiro prefere combinar vários tipos de comida ao mesmo tempo), os argentinos têm o hábito de servir a massa como prato principal.
Diferentes tipos
Existem dois tipos bem definidos: as pastas secas (aquelas que já vêm envasadas e podem ser achadas nas prateleiras dos supermercados) e as pastas frescas, de sabor mais caseiro e que precisam de frio. Porém, o principal atrativo acaba dependendo dos numerosos tipos e tamanhos que podem ser escolhidos. As opções em Buenos Aires são muitas e têm para diversos gostos, ou quase todas as preferências.
Dentre as massas secas destacam-se os tradicionais espaguetis, tallarines, ñoquis e mostacholes ou macarrones (conhecidos no Brasil como penne). Quem se interessar pelas recheadas pode se deleitar com os ravioles, canelonis, capellettis, sorrentinos (parecido com os ravioles só que de maior tamanho e com recheio de mozzarella), sem esquecer, é claro, de uma das preferidas dos brasileiros: a lasaña.
Geralmente uma boa fábrica de pastas caseras oferece também diversos molhos já prontos para servir, como também empanadas, pastéis (doces e salgados), pastelões e sobremesas para completar o cardápio do almoço de domingo junto com a família.
(Foto: naotakem)
5 molhos mais utilizados pelos argentinos para acompanhar as massas
Na hora de tomar a decisão sobre qual molho (chamado de salsa em espanhol) escolher, é bom saber que os 5 molhos mais utilizados pelos argentinos para acompanhar as massas são:
- Tuco (é o mais tradicional para acompanhar qualquer tipo de massa. Seus ingredientes principais são molho de tomate, alho, óleo, cebola, pimentão e cenoura).
- Boloñesa (bolonhesa): parecido com o anterior, mas com a presença determinante da carne moída.
- Salsa Blanca (molho branco).
- Pesto (manjericão, alho, nozes trituradas, queijo parmesão e óleo).
- Cuatro quesos (quatro queijos).
Vale a pena adicionar à lista o molho Fileto que na verdade poderia ser considerado uma versão mais simples e rápida do já mencionado Tuco. É feito em escassos quinze ou vinte minutos e leva azeite, alho, molho de tomate, sal e pimenta; quando estiver quase pronto, é só questão de adicionar por cima um pouco de orégano.