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  • Câmbio em Buenos Aires

    Câmbio em Buenos Aires

    Câmbio em Buenos Aires – [Guia Definitivo]

    Muito se fala da Argentina e suas características: tango, vinho, carne, pontos turísticos a até o comportamento dos seus moradores. Com certeza o país vizinho possui uma interessante lista de atrativos para boa parte dos brasileiros. Mas se tem um assunto que atrai a atenção da maioria dos turistas é como trocar dinheiro. Pois é, como funciona realmente o câmbio em Buenos Aires? Do mesmo jeito que no Brasil, onde você pode trocar moeda estrangeira por uma cotação próxima da oficial? Possivelmente não.

    Que moeda levar?

    A moeda corrente é o Peso Argentino. Porém, por inúmeras razões, o bem mais valioso sempre foi (e continua sendo) o Dólar Americano. Sem ter uma economia abertamente dolarizada, o “verdinho” é considerado a verdadeira moeda por todos os argentinos. Isso acontece há décadas, não é de agora. E a atual situação económica argentina só consegue aumentar mais ainda essa particular e histórica opção.

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    Logo, todo turista estrangeiro que chega em Buenos Aires com dólares é muito bem-vindo. Mas será jogo para o turista brasileiro comprar dólares no Brasil e levá-los posteriormente para Buenos Aires? Talvez: isso depende muito da cotação que você possa encontrar nas casas de câmbio brasileiras. Como assim?

    Normalmente a diferença entre a cotação oficial e a praticada nas casas de câmbio pode ser grande. Maior ainda pode ser o chamado “spread” (diferença entre o valor de compra e o valor de venda). São as regras do mercado, então só compre dólares na sua cidade se o preço for realmente conveniente. Caso contrário leve Reais Brasileiros, que ocupam o segundo lugar no coração dos comerciantes portenhos depois do dólar!

    Casas de câmbio:

    Nos últimos anos o número de casas de câmbio em Buenos Aires diminuiu drasticamente. Antigamente circular pelo micro centro portenho era sinônimo de tropeçar com uma fileira de casas de câmbio e bancos. No entanto, depois da pandemia e por causa das enormes diferenças entre as cotações oficial e alternativas, tudo mudou.

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    O valor oficial do dólar na Argentina é praticamente fictício, serve apenas como base para calcular o valor verdadeiro. Meio esquisito, não é? Sim, a economia do país vizinho é muito especial, sem dúvidas.

    Hoje em dia existem na Argentina mais de uma dezena de cotações do Dólar. Uma realidade que acaba sendo terrivelmente confusa para moradores e turistas. Então, para evitar complicações apenas leve em consideração uma coisa só: o valor do Dólar Paralelo, também chamado de Blue.

    Cambistas de rua:

    Uma fauna que ganhou relevância aproximadamente 10 anos atrás, quando a Argentina modificou drasticamente a sua política cambiaria. Desse jeito, o câmbio em Buenos Aires e os cambistas de rua iam andar de mãos dadas por vários anos.

    Contudo, durante o governo argentino anterior (2015-2019) a atividade dos cambistas decresceu. Nesse período quase não existia diferença entre o câmbio oficial e paralelo e os turistas preferiam as casas de câmbio.

    O panorama virou no final de 2019, com um novo desdobramento cambiário e segue assim até agora. É bom explicar que nunca incentivamos esse tipo de prática entre os nossos leitores, principalmente por questões de segurança. As chances de receber notas falsas são sempre altas e se isso acontecer dificilmente alguém irá se responsabilizar. A decisão depende pura e exclusivamente de cada turista.

    Onde encontrar os cambistas de rua? Costumam circular pelas transitadas Lavalle e Florida, as duas principais ruas do centro de Buenos Aires. Basta fechar os olhos e escutar as mágicas palavras “câmbio, câmbio” e pronto!

    Pagar com reais brasileiros:

    Um método mais seguro, mas é preciso confirmar previamente a aceitação dos Reais. Não são todos os comércios ou estabelecimentos que aceitam o pagamento em moeda brasileira, mas vale a pena tentar.

    Nos aeroportos portenhos as lanchonetes e balcões de traslados têm plaquinhas com a cotação Real – Peso. Muita atenção, porque normalmente não é das melhores, então não resulta conveniente pagar com reais nesses lugares.

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    A dica vale sim para pagar outro tipo de serviços como passeios, traslados, espetáculos e outras atividades turísticas. As diversas agências turísticas também podem, por vontade própria, trocar dinheiro a seus clientes. Confira isso na hora de contratar um pacote turístico, já que pode ser uma mão na roda.

    Pagar com cartão de crédito ou débito:

    Os argentinos ainda têm o antigo hábito de pagar em dinheiro vivo. Não espere então utilizar o cartão do mesmo jeito que no Brasil, principalmente cartão de crédito (débito é mais comum). Mas o uso do plástico brasileiro no exterior tem um tempero extra: os impostos a serem pagos além das despesas.

    Para poder pagar com cartão na Argentina você precisa previamente habilitá-lo no seu banco. O cartão, logicamente, tem que ser de uso internacional.

    No momento da despesa o valor em pesos argentinos é calculado em Dólares e convertido provisoriamente em Reais. Entretanto, o valor definitivo será determinado pela cotação do Dólar na data do encerramento do extrato. Considerando a flutuação da moeda americana, isso pode acabar sendo um tiro no pé ou não.

    Outra desvantagem até agora era a cotação utilizada pelos comércios de Buenos Aires. A oficial, quase 50% mais baixa que a cotação do mercado negro. Porém, tudo parece mudar a partir da primeira semana de dezembro. As despesas com cartões emitidos no exterior serão calculadas com uma cotação levemente inferior à do dólar paralelo ou blue.

    Sim, quase no mesmo patamar que com os cambistas se você fosse trocar com eles. A medida serve apenas para turistas estrangeiros e está entrando em vigência nesses dias. Então a dica é ir com muita cautela e ver se realmente funciona…

    Provavelmente o mesmo sistema também seja aplicado nas casas de câmbio e bancos, oferecendo o mesmo tipo de câmbio. Aí seria possível trocar no local divisas por um preço muito mais camarada. Nos próximos dias poderá ser implementado esse novo mecanismo. Fique ligado!

    Western Union:

    Uma modalidade que a partir da pandemia foi ganhando relevância, mesmo com aquela fama de taxas altas e cotação desfavorável. Parece que o pessoal da Western Union pensou melhor e o serviço está sendo muito utilizado pelo público brasileiro.

    Você precisa abrir uma conta na Western Union e após o cadastro transferir os reais que serão convertidos em pesos. O valor deverá ser determinado em pesos argentinos, mas você transfere reais desde a sua conta bancária. A transferência pode ser via PIX ou transferência tradicional. Em até três dias úteis o valor em pesos vai ficar disponível, mas normalmente é muito mais rápido.

    Depois, é só ir a uma agência da WU em Buenos Aires e resgatar o dinheiro. Lembrando que a pessoa que for retirar o dinheiro deverá apresentar o mesmo documento que foi utilizado na hora do envio. Nome completo e número de documento deverão ser exatamente iguais, não esqueça disso!

    Descubra os 5 melhores restaurantes portenhos para comer carne!

    Criptomoedas:

    Nos últimos anos o Brasil virou o país de América do Sul com maior volume de operações em Criptomoedas. Argentina também escolheu ser parte do ecossistema cripto, porém em menor medida. O problema é que em Buenos Aires ainda não foram implementados os saques em moeda fiduciária desde contas de criptomoedas. Ou seja, até agora não é possível sacar dinheiro de um caixa eletrônico desde uma conta cripto.

    Sim é possível utilizar um cartão de crédito emitido por alguma Exchange brasileira, descontando o valor da sua conta cripto. Também é de enorme utilidade para aqueles brasileiros residentes na Argentina que possuam conta bancária em ambos os países. Dessa maneira a pessoa pode enviar criptomoedas desde o Brasil para a Argentina (e vice-versa) em poucos minutos.

    Mas é superimportante conhecer os perigos que envolve o mundo das criptomoedas. Por favor faça a sua própria pesquisa (DYOR) antes de qualquer operação com criptomoedas!

    Criptomoedas: Um guia para dar os primeiros passos com as moedas digitais – InfoMoney

    Câmbio em Buenos Aires [Dica Bônus]: como calcular rapidamente a cotação do Real brasileiro na Argentina?

    Sem cair no elemental princípio de oferta e procura que toda economia emprega, aqui vai uma dica interessante. Já falamos anteriormente que o que determina o funcionamento do câmbio em Buenos Aires é a cotação do dólar paralelo. Existem outras, mas a de maior utilidade para o turista estrangeiro é justamente essa.

    Então, como saber se a cotação que estão lhe oferecendo pelos seus reais brasileiros é boa ou não? Calma, nada de desesperos. Eu utilizo há muitos anos um truque que me ajuda bastante oferecendo uma cotação bem próxima da realidade.

    Simplesmente tem que dividir o valor do dólar paralelo na Argentina pela cotação oficial do dólar no Brasil. Por exemplo, no momento da publicação desse artigo a cotação do dólar paralelo era de 312 pesos. Já no Brasil o dólar custava 5,21 reais. Dentro desse raciocínio, uma cotação “justa” do Real seria de 59,88 pesos. Quanto mais perto você estiver desse resultado, melhor a cotação; quanto mais longe, pior. Fechou?

    Clique aqui para conhecer a cotação do dólar paralelo na Argentina

    Clique aqui para conhecer a cotação do dólar oficial no Brasil

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  • Câmbio oficial ou Câmbio paralelo, qual é o melhor?

    Câmbio oficial ou Câmbio paralelo, qual é o melhor?

    Câmbio oficial ou Câmbio paralelo, qual é o melhor?

    Desde o nascimento do blog sempre tentamos falar de todos os assuntos que interessam aos nossos leitores. Pontos turísticos, shows de tango, comidas típicas, onde se hospedar, etc. Mas se ainda há um tópico que deixa os leitores com um pé atrás é o câmbio. Qual é o melhor: câmbio oficial ou câmbio paralelo? Essa é uma das maiores dúvidas dos turistas e nesse artigo vamos mostrar as principais características de cada opção.

    Para os argentinos, especialmente para os portenhos, o dólar é a segunda moeda (mesmo que extra oficialmente). Se você parar um gari na rua e perguntar pela cotação do dólar, provavelmente irá ouvir a resposta certa. Na maioria das cidades brasileiras, no entanto, isso não acontece. O brasileiro padrão fica ciente da situação do dólar somente se for viajar ao exterior.

    Na cidade de Buenos Aires e bairros nobres dos subúrbios, o valor dos imóveis sempre foi fixado em dólares. Falar do dólar é quase a mesma coisa que no Brasil bater um papo sobre a novela das oito. É parte da cultura local.

    Até o ano de 2011 o câmbio na Argentina não apresentava maiores problemas. Os residentes argentinos trocavam normalmente as suas economias em pesos por dólares, moeda mais forte e confiável. Ao mesmo tempo, os turistas estrangeiros também utilizavam os serviços das casas de câmbio e bancos para conseguir pesos argentinos. Ora, como se faz na maioria dos países civilizados.

    A aparição do mercado negro

    Mas assim que começou, o segundo governo da D. Cristina Kirchner trouxe algumas mudanças bem radicais. Dentre elas, uma série de restrições na hora de querer comprar e vender as cobiçadas cédulas de cor verde. Aí a coisa piorou de vez.

    Câmbio oficial ou câmbio paralelo, cambistas de rua

    As notas com o rosto de Benjamin Franklin viraram objetos de desejo e inveja. Comprar dólares já não era coisa de todos os dias. Aparecia furiosamente o chamado “câmbio paralelo” ou “mercado negro”. Seus principais protagonistas eram os cambistas de rua, conhecidos com o codinome “arbolitos”.

    Como nada é para sempre, em dezembro do ano passado o atual governo normalizou a situação do câmbio. Em poucos dias já vai fazer um ano.

    Saiba como utilizar o cartão de crédito e débito no exterior.

    Confira a cotação oficial do dólar e o real.

    Porém, a desconfiança entre os turistas ainda está presente: vale a pena trocar dinheiro no mercado oficial ou no paralelo? As duas possibilidades têm seu lado positivo e seu lado negativo.

    Câmbio oficial

    É aquele determinado pelo Banco Central e utilizado pelas agências de câmbio, muitas delas localizadas no micro centro. Os bancos também trabalham com a mesma cotização. Os horários de atendimento são de segunda a sexta, das 10h às 15h.

    Câmbio oficial ou câmbio paralelo, casa de câmbio em Buenos Aires

    Os dois aeroportos da cidade, Ezeiza e Aeroparque, possuem uma casa de câmbio no interior. Com a mesma cotação oficial e ainda com a vantagem de atender às 24 horas do dia. Um dado importantíssimo: se você chegar de madrugada, num feriado ou durante o final de semana, não há problema. No próprio aeroporto já é possível trocar dólares ou reais e ter alguns pesinhos argentinos no bolso. Pelo menos para as primeiras despesas.

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    Não se esqueça de que na hora da operação poderá ser solicitado o seu documento de identidade (RG ou passaporte). Somente são aceitos os originais, não fotocópias.

    Qual moeda é a melhor para trocar nas casas de câmbio, dólar ou real? O dólar sempre está melhor cotado, por cima de tudo. O real está mais abaixo e a brecha entre o valor de compra e venda geralmente é grande. Sim, nesse caso o mercado negro vai lhe pagar uns centavos a mais, porém…

    Câmbio paralelo

    Ainda funciona, embora com menos energia. As vozes oferecendo “câmbio, câmbio” nas ruas Lavalle ou Florida continuam a serem ouvidas. Timidamente, mas estão presentes. Nas redes sociais também é comum achar diversas páginas de agências oferecendo serviços de câmbio informal.

    Os cambistas em geral, sejam de rua ou de escritório, costumam pagar um pouco melhor pelo real. Sabendo da ainda forte presença do público brasileiro, a oferta pelo real é levemente mais vantajosa que os valores oficiais.

    Câmbio oficial ou câmbio paralelo, dólares

    Só que é importante ficar ciente dos perigos e que logicamente, trata-se de uma atividade não permitida pela lei. Mesmo se tiver um policial por perto olhando como se nada fosse. A chance de receber notas falsas também existe. Mas a partir daí, depende de cada um. Trocar dinheiro no câmbio paralelo é parecido com o excesso de velocidade: não está permitido, mas a maioria faz.

    A operação com os cambistas pode ser feita dentro de uma loja, na rua mesma ou num escritório. Sem perguntas e em apenas um minuto ou dois. E ninguém vai lhe pedir documentos para trocar dinheiro.

    Conclusão

    Na atualidade, a diferença entre os dois tipos de câmbio já não é aquela coisa de anos atrás. Muito pelo contrário: poucos centavos separam um do outro. Não espere receber muito além dos 5% e na melhor das hipóteses.

    A época onde trocar dinheiro no mercado paralelo representava um ganho de mais de 50% ficou decididamente atrás. Por quanto tempo, isso ninguém sabe. Mas hoje em dia, a escolha entre o câmbio oficial ou câmbio paralelo depende de cada um…