Passagens baratas [que cuidados tomar]

Faz tempo que o avião virou a forma mais prática de viajar. E por causa disso cada dia é maior o número de sites e plataformas oferecendo passagens baratas. Logicamente resulta muito fácil cair na tentação assim que encontramos aquela passagem com um preço imbatível.

Mas será que é realmente assim? Ou devemos lembrar daquele ditado que diz que o “barato acaba saindo caro”? Bom, na verdade as duas possibilidades devem ser levadas em consideração porque as duas coisas podem acontecer.

Cadastrar o nosso e-mail para receber alertas quando uma passagem aparece por um preço camarada é uma excelente ideia. Sobretudo quando não temos muita pressa e certa flexibilidade nas datas, horários e tipo de voo (direto ou com conexões).

Contudo, é mais do que recomendável observar alguns detalhes para que possamos aproveitar realmente uma suposta promoção. Veja a seguir que cuidados devemos tomar com as passagens baratas…

Comparar o mesmo voo com o site oficial

Precisamos entender que todos os voos disponíveis são determinados pelas companhias aéreas. Logo, nenhum buscador ou comparador (seja qual for) pode ter voos que não figuram no site oficial das linhas aéreas. O que na realidade acontece é uma composição aleatória de milhares de opções quando inserimos a data e destino desejados.

Você nunca viu no site da Decolar (por citar apenas um exemplo), um voo entre Buenos Aires e São Paulo com uma duração de mais de 20 horas, várias conexões e um preço acima de R$ 10 mil? Sim, por incrível que pareça existem essas “ofertas”. Que por sinal, de oferta não têm absolutamente nada.

Quem iria pagar isso tudo para viajar desse jeito? Sinceramente ninguém. Essa é uma opção feita de um modo randômico pelos próprios sistemas de busca. O mesmo voo que mencionamos como exemplo pode ser realizado em menos de três horas (se for direto). E ainda por um custo infinitamente menor. Contudo, existem outros fatores importantíssimos para determinar se uma passagem é realmente barata ou não. Vamos continuar…

Bagagem despachada ou bagagem de mão?

Um detalhe que pode fazer toda a diferença. Cada vez são mais os passageiros que decidem viajar com uma mala de mão e mais nada. Por quê? As razões são várias: praticidade, economia de tempo (nada de esperar na esteira pela sua mala) e, por cima de tudo, não ter que pagar uma taxa extra pela bagagem despachada.

Na maioria das ofertas de passagens baratas o preço final não inclui franquia de bagagem. Apenas a bagagem de mão de até 10 kg que é um direito que todo passageiro tem.

Precisamos fazer um levantamento minucioso porque tem muitos casos onde, mesmo pagando por fora pela bagagem despachada, as tarifas promocionais são realmente a opção mais barata de viajar. Isso não acontece sempre, mas acontece com bastante frequência.

Lembrando que nesse tipos de tarifas promocionais as empresas geralmente não permitem a compra antecipada da bagagem. Unicamente no totem de autoatendimento ou no balcão, no dia da viagem. No aeroporto acaba saindo mais caro; porém, se o preço inicial for realmente “promocional”, então você acaba ganhando dinheiro.

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Remarcação, cancelamento e reembolso

Aqui devemos tomar muito, mas muito cuidado porque se passarmos por alto este detalhe a nossa falência está bem próxima! Cada linha aérea possui a sua própria política caso você quiser trocar a data da viagem ou, pior ainda, cancelá-la. Políticas que, na maioria dos casos, não são muito favoráveis para os passageiros. Principalmente nas tarifas mais econômicas.

Porém, como regra geral, as passagens baratas oferecem menos vantagens na remarcação ou cancelamento. Isso sem falar de possíveis multas que podem ser aplicadas. Nesse caso, o barato pode acabar sendo terrivelmente caro. O panorama não melhora muito se a passagem foi comprada com milhas: elas podem até serem devolvidas, mas a aplicação de taxas extras e multas é muito provável.

A dica é ler atentamente todas as condições porque depois da compra não temos com voltar para atrás.

7 pontos para levar em consideração antes de comprar passagens baratas

1. Taxas de embarque: normalmente não estão incluídas no valor oferecido.
2. Comissão do site de venda: quando não é o site oficial, a plataforma de vendas costuma aplicar uma comissão sobre o valor da passagem.
3. Ida só ou ida e volta? Às vezes é mais conveniente comprar trechos separados e não tudo junto. Viajar com diferentes empresas e desde aeroportos alternativos pode ser uma solução para baixar os custos.
4. Localização dos aeroportos de partida / chegada: o avião sai de um aeroporto perto da nossa cidade? Chega num aeroporto próximo ao nosso destino final? Se esse não for o casso, então é preciso calcular as despesas em traslados desde e até o aeroporto. O que você economiza no valor da passagem (ou até mais) acaba sendo gasto em traslados.
5. Horários dos voos: pessoas de idade e crianças pequenas fazem parte de um público que precisa de determinadas atenções. Fica mais difícil para eles ter que viajar em horários que estão fora da sua rotina habitual. Isso pode resultar numa limitação na hora de pesquisar por passagens baratas.
6. Tempo entre as conexões: quase sempre as passagens mais em conta incluem escalas ou conexões. Se o tempo entre um voo e o outro não for razoável… vale realmente a pena essa passagem? Em alguns aeroportos já funciona um novo sistema que permite aos passageiros em trânsito descansarem com relativo conforto a partir de R$ 70,00. Mas é jogo gastar esse dinheiro a mais ou não?
7. Situação da empresa aérea: não é segredo nenhum que boa parte das companhias aéreas estão em situações financeiras delicadas. As empresas Low Cost (baixo custo) estão marcando presença no mercado, com diversos resultados. Escolha sempre entre as companhias mais confiáveis.

Moral da história

Por diversos motivos, hoje em dia ninguém deixa escapar a chance de viajar em avião gastando o mínimo possível. Entretanto, a busca por passagens baratas pode fazer a gente ignorar alguns detalhes que na verdade determinam se esse bilhete tão prezado está com um preço realmente em conta ou não. Basta investir um tempinho para analisar todas as alternativas, antes de tomar a decisão final.

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