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  • [6 dicas imperdíveis] Como não passar perrengue em Buenos Aires

    [6 dicas imperdíveis] Como não passar perrengue em Buenos Aires

    [6 dicas imperdíveis] Como não passar perrengue em Buenos Aires

    Já está com tudo pronto para viajar e conhecer de vez Buenos Aires? As passagens, hospedagem, traslados e atrações turísticas já foram reservados? Ótimo, mas não será que ainda falta dar uma olhada em alguns detalhes que podem trazer uma dor de cabeça? Se a resposta e sim talvez seja hora de você saber como não passar perrengue em Buenos Aires. Exatamente: estamos falando dessas coisas pequenas que podem provocar um transtorno ou confusão nas suas férias.

    1 – Ônibus

    O transporte público em Buenos Aires é bastante eficiente e econômico, mesmo depois dos últimos aumentos nas tarifas. Logo, resulta uma das opções mais em conta para circular livremente pela cidade (principalmente o ônibus). Porém, para não dar vexame você precisa saber alguns segredinhos.

    Como não passar perrengue em Buenos Aires, ônibus (Foto: Barcex)

    Para começar, nada de querer subir pela porta traseira. Muito menos procurar o trocador e pretender atravessar a catraca, porque simplesmente não tem. Os ônibus portenhos possuem duas ou três portas, mas os passageiros devem subir unicamente pela porta dianteira. As portas restantes só servem para descender do veiculo e mais nada.

    E na hora de pagar, o que fazer se não há trocador? Você sobe pela porta da frente, como já acabamos de falar e precisa indicar ao motorista o seu destino. Ou ainda o valor da passagem, se souber. Em seguida, é necessário o cartão SUBE para pagar a viagem. Os cartões podem ser comprados e recarregados nos inúmeros quiosques da cidade. Pronto, um problema resolvido!

    2 – Idioma

    Para surpresa de muitos portenhos, cada dia é maior o número de brasileiros que falam espanhol. Em Buenos Aires também é possível achar muita gente falando, ou tentando falar português (principalmente nas ruas Lavalle e Florida).

    Como não passar perrengue em Buenos Aires

    Contudo, se o seu conhecimento da língua espanhola é escasso e não tem muita coragem de tentar o portunhol, cuidado! Há uma série de palavras que soam igual em ambos os idiomas, mas com significados diametralmente opostos. Para não pagar o mico leve em consideração o seguinte listado com dez palavras para prestar bastante atenção.

    Português Espanhol
    Esquisito Delicioso
    Pelado Careca
    Tarado Bobo
    Propina Gorjeta
    Mala Ruim (feminino)
    Borracha Bêbada
    Cena Jantar
    Largo Comprido
    Surdo Canhoto
    Vaso Copo

    São palavras comuns, que se escrevem igual ou quase… mas com significados bem diferentes!

    3 – Tomadas elétricas

    Além de ter uma voltagem diferente de muitos estados brasileiros (220 V), a energia elétrica argentina traz mais uma surpresa. Qual? As tomadas elétricas, esses elementos cada dia mais indispensáveis no nosso dia a dia. Não viaje sem antes dar uma conferida nos modelos nem no tipo de voltagem que Buenos Aires tem. O formato argentino é diferente e se você não providenciar um adaptador, a coisa vai ficar escura… literalmente.

    Como não passar perrengue em Buenos Aires, tomadas elétricas

    4 – Gorjetas

    As benditas gorjetas (que agora você já sabe que são chamadas de propina) são outro motivo de confusão. Quando e quanto dar de gorjeta para deixar os garçons tranquilos e com cara de bons amigos?

    Como não passar perrengue em Buenos Aires, gorjeta

    Para começar, a gorjeta não é obrigatória: muito pelo contrário. O seu pago nada mais reflete o grau de satisfação do cliente pelo serviço ou atendimento recebido. Quanto devemos deixar de gorjeta, então? O acostumado é o 10% do total da conta, mais ou menos. Não confundir com a taxa de serviço, que tem um valor fixo, e está incluída na notinha. São duas coisas diferentes e a gorjeta você só paga se quiser, seja num barzinho ou num show de tango.

    Quer visitar em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Conheça a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    5 – Clima

    Um assunto que não deve ser esquecido nem menosprezado. Quem mora no norte do Brasil talvez pense que Buenos Aires não seja tão quente assim. E tem quem viaja desde o sul brasileiro que ainda ache que o frio portenho não é aquela coisa toda. Os dois pensamentos podem ser arriscados: a cidade é bem quente no verão e no inverno fica bastante fria. A dica é não se confiar muito e levar roupa suficiente na mala para diversas situações. Para isso, nada melhor do que desvendar os mistérios do clima de Buenos Aires, mês a mês.

    Como não passar perrengue em Buenos Aires, clima (Foto: blmurch)

    6 – Táxis

    Quem gosta de pegar um táxi numa cidade desconhecida e acabar pagando muito a mais pela corrida? Com certeza, ninguém. Eu mesmo já passei por isso e em países bem mais civilizados como os Estados Unidos ou a Bélgica. Espertinhos no volante sempre existem e Buenos Aires não é a exceção. Só que existem várias maneiras de evitar esse contratempo e pagar apenas um valor justo pela viagem realizada.

    Como não passar perrengue em Buenos Aires, táxis (Foto: Jon Gilbert Leavitt)

    • Traslados: uma solução pode ser contratando um remise diretamente nos balcões do Aeroporto de Ezeiza ou Aeroparque. Você paga antes de começar a viagem um preço que já está tabelado (incluindo pedágios). Ou também contratando online com empresas responsáveis: é só chegar e já vai ter alguém lhe esperando. Basta procurar aquelas famosas plaquinhas com o seu nome…
    • Na rua: aqui temos duas alternativas, o Uber ou o Rádio Táxi. O polêmico sistema de carros online pode ser uma verdadeira mão na roda (ou nas quatro, no caso). Do mesmo jeito que no Brasil, e com o mesmo aplicativo, você contrata o serviço desde o seu celular. Os preços são interessantes e o usuário tem a certeza de pagar o preço combinado com cartão, ou em espécie. Já o Rádio Táxi são aqueles que levam a placa com o nome da empresa e o telefone. Sempre que puder, escolha um desses quando estiver na rua: são mais seguros e confiáveis que os táxis convencionais.

    Nada pior do que chegar em Buenos Aires e não saber como contratar um traslado, não é verdade? Evite furadas e situações perigosas… agende seu transfer com antecedência e viaje com motoristas profissionais e confiáveis por um preço justo!!!

  • A gorjeta nos restaurantes portenhos, aquela inimiga dos turistas brasileiros

    A gorjeta nos restaurantes portenhos, aquela inimiga dos turistas brasileiros

    A gorjeta nos restaurantes portenhos, aquela inimiga dos turistas brasileiros

    Se existe uma coisa que provoca confusão e até irritação nos turistas brasileiros que visitam Buenos Aires é a gorjeta. Sim, aquele dinheirinho a mais que você deve deixar (se quiser) aos garçons dos bares e restaurantes da cidade.

    Para os portenhos trata-se de um hábito totalmente normal e não só quando vão comer fora ou tomar um cafezinho.

    Em Buenos Aires é normal dar uma gorjeta quando você vai num posto de gasolina para abastecer o seu carro. Também quando você recebe em casa o pedido do supermercado (mesmo que uma taxa de entrega seja cobrada). Ou até quando o zelador do prédio aonde você mora vai ao seu apartamento para fazer um conserto menor. Isso tudo faz parte do cotidiano dos moradores de Buenos Aires.

    No Brasil, contudo, as coisas são um pouco diferentes. Só é aprovado o 10% na conta do restaurante e fim de papo. Mais nada.

    A gorjeta nos restaurantes portenhos não tem nada de novidade.

    A prática começou no início do século passado, mas depois foi proibida e no seu lugar apareceu o laudo gastronômico. Segundo a história, isso aconteceu em 1946 durante o primeiro governo do General Juan Perón. Pagar o laudo era obrigatório e representava nada menos que os 22% do total da notinha! No começo gerou controvérsias, sim, mas desafiou firme e forte o passar do tempo.

    Porém, na época da ditadura militar argentina o laudo gastronômico desapareceu (em 1980) e a gorjeta voltou. Ironias do destino: o que um General decretou, outro colega revogou anos depois.

    A gorjeta versus a taxa de serviço: quais são as diferenças

    Se você é daqueles que prestam atenção quando a conta chega à sua mesa, então já ouviu falar da taxa de serviço. Geralmente é um valor fixo e por pessoa, não uma porcentagem do total do que você gastou. Cada estabelecimento determina o valor que considera apropriado.

    A gorjeta, bares

    Nessa taxa são incluídos, segundo os próprios donos dos restaurantes, alguns dos serviços essenciais oferecidos. Quais serviços? As toalhas de mesa, os guardanapos de pano, aquela cestinha de pão que o garçom traz sem você pedir, etc.

    Tudo tem um preço, não há maneira de escapar disso. As mordomias são colocadas na taxa de serviço, conhecida também como “servicio”, “servicio de mesa”, “cubierto” e nomes semelhantes.

    Vamos ver algumas curiosidades. Você sabia que o serviço cobrado deve incluir 250 ml de água, pão, pão para celíacos e sal sem sódio? Não? E que a taxa também não pode ser cobrada aos menores de 12 anos? Nossa, onde está escrito isso? Na Lei de Nº 4.407/12 da Legislatura Portenha. Poucos comensais estão cientes desses detalhes, mas você que está lendo esse artigo já leva uma boa vantagem!

    Não tem nada a ver com a gorjeta, que em espanhol é chamada de “propina”. São duas coisas diferentes: a taxa de serviço vem dentro da conta. A gorjeta não e é totalmente opcional. Paga quem quiser e quanto quiser. Em teoria, uma gorjeta “justa” equivale aos 10% do que você consumiu. Mas isso pode aumentar ou diminuir dependendo do grau de satisfação do cliente. E do dinheiro que tiver no bolso também.

    A gorjeta, garçom

    Conclusão: a gorjeta vai parar no bolso do garçom (e dos empregados da cozinha). Já a taxa de serviço vai direto à caixa registradora do dono. Para pagar os gastos? Vamos acreditar que sim.

    E a gorjeta nas casas de Tango?

    Aqui as coisas mudam consideravelmente. Até agora entendemos que a gorjeta pode ser dada sempre que o cliente estiver satisfeito com o atendimento recebido. Que seja a décima parte do valor gasto, um pouco a mais ou a menos, é decisão do freguês. Nenhum garçom tem autoridade para determinar essa porcentagem. Só que na maioria das casas de tango os próprios funcionários fazem questão de lembrar ao visitante da “propina”. Ou pior ainda: fixar o valor dela.

    A gorjeta, show de tango (Foto: Geoff Livingston)

    Quer conhecer outro detalhe curioso?  Segundo o Convênio de Trabalho dos empregados gastronômicos, a gorjeta… não está permitida. Por quê? Para evitar que esse dinheiro seja considerado como remunerativo entre os empregados. Ou seja, para que a gorjeta não seja parte do salário do funcionário.

    Quer visitar em primeira mão os pontos de visitação mais relevantes de Buenos Aires sem ter que perder seu valioso tempo organizando o roteiro? Conheça a ampla variedade de passeios disponíveis e aproveite para descobrir o melhor da cidade!!!

    Então, o que fazer? Os ingressos para um show de tango com jantar podem custar perto de 100 dólares por pessoa, e mais também. Não é culpa do cliente se nesse valor não estão incluídos os serviços do garçom nem da cozinha. Logo, ninguém gosta muito de ser lembrado que tem que deixar uns bons trocados após ter pagado a sua entrada. A falta de diplomacia em alguns casos pode ser chocante e infelizmente isso acontece com frequência.

    4 coisas que você deve saber

    • A diferença entre a taxa de serviço (incluída na conta) e a gorjeta (não é obrigatória).
    • A taxa de serviço não contempla o trabalho dos garçons nem o pessoal da cozinha.
    • Pagar gorjeta não é obrigação. O cliente deixa uma gorjeta quando está conforme com o tratamento que recebeu. 10% é o acostumado, mas isso não é uma regra escrita.
    • E o mais importante: ninguém pode forçar um freguês a pagar a gorjeta. Um garçom atencioso e educado sempre vai ter maiores chances de receber um dinheiro extra pelo seu trabalho.