Tag: carne argentina

  • Chimichurri argentino: como fazer

    Chimichurri argentino: como fazer

    Chimichurri argentino: como fazer

    Quem gosta de carne e já esteve em Buenos Aires sabe que existe um antes e um depois. Sim, após ter experimentado a carne argentina algumas coisas já não continuam sendo as mesmas. Seu sabor, maciez e qualidade são irrefutáveis. Mas o que podemos dizer do seu eterno acompanhante… o chimichurri?

    São muitos os leitores que perguntam sobre o preparo do singular tempero que escolta fielmente ao churrasco argentino. E sinceramente não é um bicho de sete cabeças; pelo contrário, é bem simples de preparar. Então, fique pronto para conhecer a receita do popular chimichurri e não sinta receio de adicioná-lo no seu cardápio!

    Os principais ingredientes

    Existem trocentas receitas de chimichurri na Argentina e cada assador tem, além dos seus segredos na arte de assar a carne, o seu próprio método. E eu, mesmo sem ser (humildemente) um assador top, também tenho a minha receita. Os ingredientes são bem básicos e simples de achar nos mercados brasileiros, exceto um deles: o ají molido. Porém, já iremos falar dele mais na frente e com maiores detalhes.

    Chimichurri (Foto: Krista)

    Para fazer um vidro de chimichurri de aproximadamente 250 gramas vamos precisar dos seguintes elementos:

    • Orégano
    • Alho triturado
    • Salsinha picada (opcional)
    • Ají molido
    • Sal
    • Óleo de soja
    • Vinagre
    • Páprica doce (opcional)

    Como assim? Só isso? Não leva cebola, pimentão, limão…? Não, um bom chimichurri não leva nada disso.

    O mais prático é ir misturando todos os temperos numa tigela, cumbuca ou panela pequena. Depois, é só questão de transferir tudo para o recipiente definitivo que pode ser um vidro limpo e esterilizado.

    Como se faz o chimichurri

    Inicialmente vamos precisar de seis colheres (de sopa) de orégano e quatro colheres (também de sopa) de alho triturado. O alho pode ser natural ou ainda aquele que já vem triturado e pronto para usar. Não é recomendável utilizar aquele alho desidratado que vem em saquinhos.

    Chimichurri, Orégano (Foto: Ariesa66)

    Acrescentar uma colher de sopa de ají molido, uma colher de salsinha (se quiser) e uma colher (dessa vez, de chá) de sal. Que tipo de sal? Sal fino, sal marinho, sal rosa ou até sal com baixo conteúdo de sódio para quem precisa cuidar a pressão. Sal grosso ou sal para churrasco… de jeito nenhum!

    Chimichurri, Alho (Foto: Adriano Gadini)

    Misturar em seco os ingredientes já mencionados até conseguir um resultado uniforme e posteriormente cobrir com óleo de soja. Novamente vai ser preciso misturar tudo e por último colocar uma ou duas colheres (de sopa) de vinagre. O vinagre pode ser de álcool, vinho ou maçã. Não faz diferença, use aquele que tiver em casa.

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    Por fim, se quiser dar uma cor avermelhada ao chimichurri basta adicionar uma pitada de páprica doce e mexer. Se não tiver páprica ainda é possível usar o velho e querido colorífico, também conhecido como colorau. Este último passo não é obrigatório, depende apenas do gosto de cada um e não altera o resultado final. A cor habitual do chimichurri é verde ou vermelho.

    Chimichurri

    Quando já estiver terminado, o chimichurri deverá ser mantido na geladeira. Se o envase utilizado para a conservação foi previamente esterilizado, então a vida útil do tempero será de várias semanas.

    O ají molido

    O “ingrediente misterioso” do chimichurri é um tempero chamado pelos argentinos de ají molido. Na verdade, nada mais é do que uma variedade de pimentão vermelho seco e moído, levemente adoçado. Tem uma aparência semelhante com a pimenta calabresa, embora menos potente.

    Chimichurri, ají molido

    Qual outra similitude existe entre o ají molido e a pimenta calabresa? Que os dois temperos são extraídos da pimenta vermelha, embora no Brasil seja consideravelmente mais picante que na Argentina.

    Em algumas dietéticas brasileiras resulta possível achar pimentão vermelho desidratado, em flocos. Não é exatamente a mesma coisa, porém pode quebrar o galho sempre que esteja bem picadinho.

    Entretanto, devemos lembrar que o objetivo do chimichurri é acompanhar e ressaltar o sabor original da carne. Logo, não precisa ser excessivamente apimentado: os sabores mais predominantes devem ser o alho e o vinagre.

    Então, a dica que podemos oferecer é trazer um pacotinho pequeno de ají molido desde Buenos Aires. Aí sim, o legítimo chimichurri argentino estará garantido!


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  • Os principais nomes da carne argentina

    Os principais nomes da carne argentina

    Os principais nomes da carne argentina

    A Argentina, dentre todos os atributos que possui, tem um que não aceita discussões: a carne. Junto com o tango e o vinho, a carne argentina conforma o seleto grupo dos destaques do país vizinho que todo turista quer conhecer. E por cima de tudo… experimentar!

    Contudo, o problema começa na hora de identificar os cortes oferecidos ou, melhor ainda, saber com certeza qual o nome correto da sua carne predileta. Já passou perrengue em alguma churrascaria de Buenos Aires? Pediu uma coisa e veio outra totalmente diferente?

    Sim, isso acontece. Embora os tipos de carne mais populares do Brasil possam ser achados sem maiores problemas na capital portenha, os nomes nem sempre são os mesmos. Alguns, mesmo sendo diferentes, acabam sendo conhecidos pela própria fama internacional. Outros infelizmente não. Nesse artigo vamos descobrir, rapidamente, os principais nomes da carne argentina. Como para que você possa fazer o seu pedido ao garçom sem medo nenhum…

    Normalmente a carne argentina é extraída de animais jovens e criados em superfícies planas, não em áreas de montanha. Esse detalhe faz toda a diferença.  Aqueles animais que passam a maior parte da sua vida na planície possuem uma carne bem mais macia. Bem diferente do gado criado na serra, de músculos mais desenvolvidos e cuja carne resulta ser mais dura.

    Tipos de carne mais tradicionais

    Se começarmos pelo famoso Churrasco Argentino…o que os hermanos costumam colocar na grelha? Bom, num churrasco de lei não podem faltar costela, vazio (ou fraldinha), entranha, linguiças, morcelas nem as chamadas achuras. O que são precisamente as achuras? São as partes menos utilizadas da carne do boi: intestino delgado, timo, rins e outras tripas. Gostos são gostos…

    Carne argentina 3

    Os argentinos não conhecem a queridíssima Picanha? Conhecem, sim. Mas não é um dos cortes mais renomados e a picanha costuma passar desapercebido nos açougues de Buenos Aires. Gostos são gostos… parte dois!

    Já numa churrascaria ou restaurante o corte de carne argentina mais popular é o Contra Filé. Mas quem quiser uma opção mais sofisticada que não duvide em pedir um bife de Filé Mignon. Pode ser menos saboroso que um Contra Filé, mas a maciez está super garantida!

    Carne Argentina, Bife de Chorizo (Foto: e.carr)

    Para um bife à milanesa (um dos pratos típicos dos argentinos) o corte favorito é o coxão mole. Se não, ainda pode ser feito de patinho. Quer simplesmente um bife grelhado, mas que dê conta do recado? Então não deixe de pensar num suculento bifão de alcatra, outro exemplo da carne argentina que não desaponta.

    E se a intenção é cozinhar em casa… o que fazer? Para uma carne assada no forno uma maminha de alcatra resulta uma ótima opção. E se for uma carne de panela pode ser utilizado o lagarto redondo, também conhecido como tatu em algumas regiões do Brasil. Lembrando que se trata de uma carne magra, mais dura, e que precisa de pelo menos uma hora e meia de cozimento.

    Vazio versus Fraldinha

    Desafiando o espírito tradicionalista de muitos assadores brasileiros, às vezes achamos  no Brasil um corte típico da carne argentina: o vazio. Nos estados do sul (RG e SC) é frequente encontrar o vazio esperando pacientemente por algum usuário que procura algo diferente. Todavia, é comum que seja confundido com a fraldinha já que são cortes semelhantes e de próxima localização. Contudo, existem algumas diferenças entre os dois tipos de carne.

    Carne Argentina, Vazio (Foto: Jesús Dehesa)

    Para começar, a fraldinha se extrai logo depois da última costela do boi. O vazio encontra-se um pouco mais abaixo, separado das costelas. Costuma ser mais groso e quase sem gordura, pura carne. Pelo contrário, a fraldinha é fina e levemente mais gordurosa.

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    Sem querer complicar ainda mais as coisas, vamos dizer apenas que na Argentina o vazio é uma peça só: fraldinha e vazio tudo junto (não se corta separado). Completo, pesa entre dois e três quilos dependendo do tamanho e a idade do animal.

    A entranha

    Outro corte que nos últimos tempos foi aparecendo, embora com certa timidez, nos supermercados brasileiros. O nome não deixa dúvidas: entranha ou entranha argentina. De que estamos falando? No parágrafo anterior mencionamos a fraldinha e do vazio, verdade?

    Carne Argentina, entranha

    Bom, entre os dois cortes aparece um terceiro chamado diafragma. Eis a famosa entranha. Bem fina e com uma capinha de gordura quase imperceptível, é uma delícia assada na grelha.

    Parrilla Peña, a churrascaria favorita dos portenhos

    Carne argentina… os nomes por favor!!!

    Depois de termos explicado rapidamente a utilização dos principais cortes de carne argentina, chega o mais procurado… os benditos nomes!!! Veja a seguir uma tabela com os tipos de carne mais destacados e seus nomes em espanhol e em português.

    Português Espanhol
    Costela Asado de Tira
    Vazio Vacío
    Fraldinha Vacío
    Diafragma Entraña
    Linguiça Chorizo
    Morcela Morcilla
    Intestino Delgado Chinchulín
    Contra Filé Bife de Chorizo
    Filé Mignon Lomo
    Picanha Tapa de Cuadril
    Coxão Mole Nalga
    Patinho Bola de Lomo
    Alcatra Cuadril
    Maminha de alcatra Colita de Cuadril
    Lagarto Redondo / Tatú Peceto

     

    E não se esqueça… um Bife de Chorizo não é, de jeito nenhum, um bife de linguiça! Bom apetite!!!

     


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  • 10 restaurantes argentinos entre os melhores da América Latina

    10 restaurantes argentinos entre os melhores da América Latina

    10 restaurantes argentinos entre os melhores da América Latina

    Que a gastronomia argentina tem uma altíssima qualidade ninguém duvida. O enorme número de estabelecimentos espalhados pela sua capital, Buenos Aires, é um bom exemplo disso. Logo, ter 10 restaurantes argentinos entre os melhores da América Latina não é precisamente uma surpresa e sim uma confirmação.

    Restaurantes argentinos, Parrilla Don Julio

    O melhor posicionado foi a Parrilla Don Julio, uma das nossas favoritas, que ficou no sexto lugar. Bem acompanhado de dois grandes restaurantes brasileiros: os paulistas D.O.M (5° lugar) e A Casa do Porco (em sétimo). A menção de Don Julio, contudo, dificilmente possa causar surpresas. Não podia ser de outro jeito, já que como todos sabemos a carne argentina é das mais badaladas do planeta.

    Localizada no bairro de Palermo, o principal polo gastronômico portenho, a Parrilla Don Julio é um dos destaques da região. Junto com La Cabrera são as duas churrascarias de elite de Palermo Soho e as mais procuradas pelos turistas. Mas além da fama e do prestígio, a qualidade das suas carnes fala bem alto.

    Outros restaurantes argentinos destacados

    Também classificaram entre os melhores 50 restaurantes da América latina, os seguintes restaurantes argentinos…

    • Tegui: Cozinha de autor, do prestigiado chef Germán Martitegui. Costa Rica 5852, Palermo
    • Mishiguene: Autodenominada cozinha de imigrantes (principalmente comida judia). Lafinur 3368, Palermo.
    • Chila: Gastronomia internacional, considerado um dos melhores de Buenos Aires. Alicia Moreau de Justo 1160, Puerto Madero.
    • Elena: Trata-se do restaurante do hotel Four Seasons, o que dispensa qualquer tipo de apresentações. Tipo de comida? Argentina. Posadas 1086, Recoleta.
    • El Baqueano: Culinária argentina contemporânea. Chile 499, San Telmo.
    • Gran Dabbang: Cozinha asiática – fusão, para aqueles paladares à procura de sabores mais exóticos. Scalabrini Ortiz 1549, Palermo.
    • Aramburu: Cozinha do autor, do Chef Gonzalo Aramburu. Salta 1050, Centro.
    • Proper: A estrela da casa? O forno de lenha, elemento chave para o preparo dos principais pratos do cardápio. Uma proposta muito original. Aráoz 1676, Palermo.
    • Narda Comedor: Gastronomia argentina, da popular cozinheira e apresentadora de TV Narda Lepes. Sucre 664, Belgrano.

    Restaurantes argentinos, salmão

    Pensa viajar a Buenos Aires e quer curtir um verdadeiro show de tango, com jantar, bebidas livres e traslado ida e volta incluídos? Então não perca mais tempo… a sua solução acabou de chegar!!!

    Resulta interessante ver que, tirando a Parrilla Don Julio (churrascaria), todos são restaurantes oferecendo outras opções. Cozinha de autor, internacional, fusão… será que a carne argentina é um mito que aos poucos vai caindo? Pode ser, no final das contas e por incrível que pareça o país vizinho não é somente carne. E as novas tendências normalmente chegam para ficar e fugir dos padrões tradicionais…

  • Parrilla Peña, o verdadeiro sabor da carne

    Parrilla Peña, o verdadeiro sabor da carne

    Parrilla Peña, o verdadeiro sabor da carne

    Normalmente, quem visita Buenos Aires não abre mão de curtir três coisas: carne, vinho e tango. É claro que a cidade tem muitos outros atrativos, mas certos padrões falam mais alto. Assim, a escolha de uma boa churrascaria pode levar tempo porque o número de locais gastronômicos carnívoros é altíssimo. Como combinar então qualidade, preços justos e bom atendimento num lugar só? A resposta pode ser uma: visitando a Parrilla Peña.

    Está localizada fora do circuito turístico tradicional, mas sem ter que ir muito longe. De fato, tinha vários turistas estrangeiros. Se você já visitou o Teatro Colón, saiba que nas redondezas vai achar uma churrascaria que realmente vale a pena. Abre para o almoço e jantar, de segunda a sábado. O problema é que não aceitam reservas, então tem que chegar cedo. Caso contrário será necessário fazer fila e esperar. Eu entrei às 12.10 e havia uma mesa só. Quando sai, uma hora e meia depois, estava quase lotado.

    São dois salões, um no térreo e outro no primeiro andar, com garçons experientes e mostrando anos de ofício. Isso normalmente é sinal de boa comida e correto atendimento, porém sem estridências. E assim foi…

    Cardápio

    O cardápio da Parrilla Peña conta com todos os cortes de carne que os portenhos gostam. Linguiças, morcelas, bife de chorizo, filé mignon, costela, fraldinha, etc. Não falta nada. Além de duas opções de porco (matambre e bondiola) e frango assado. Uns poucos pratos de massa para quem prefere se manter afastado de tanta carne, saladas e uma interessante variedade de vinhos. Não muito mais do que isso, o que é bom porque fazer o pedido resulta mais fácil!

    Parrilla Peña, salão

    Os preços são razoáveis, o que indica que a churrascaria pode ser frequentada por turistas ou moradores locais, sem diferenças. Sem perder tempo, e fugindo do padrão tradicional, deixamos de lado o popular bife de chorizo. Sim, focamos a nossa atenção em outra carne bem tentadora: a entranha. Como assim?

    Os segredos da entranha

    Nunca ouviu falar da entranha? Trata-se de um corte nobre, embora não muito conhecido pelos turistas. A entranha nada mais é do que a carne que se encontra ao redor do diafragma do boi. Sendo um músculo pouco utilizado, sua consistência é bem mole. Na verdade, existem dois tipos de entranha: a fina (bem molinha) e a grossa (mais dura). Com certeza, você já adivinhou qual das duas devemos colocar na grelha!

    Parrilla Peña, entraña

    É fininha e, independentemente da preferência, deve ser servida ao ponto. Se deixar mais tempo na grelha, estraga: acaba secando e perde todo o seu charme. O segredo de um bom churrasqueiro é assar a entranha junto com a membrana: fica mais saborosa e crocante. E no Brasil? Não é muito conhecida, infelizmente, mas alguns açougueiros experientes conseguem identificá-la como “fraldinha do diafragma”.

    O almoço está pronto!

    Logo em seguida, junto com a bebida, chegou uma empanada frita de carne como brinde. De bom tamanho, bem-feita, com muito recheio e suco. Ideal para esperar pacientemente a desejada entranha que, para sermos sinceros, não demorou quase nada.Em menos de quinze minutos chegou o suculento prato: mesmo sendo meia porção eram três fatias de entranha bem generosas. Mais do que suficiente para um comensal.  Qual foi o acompanhamento? Batatas fritas à Provençal… com bastante alho e salsinha!

    Parrilla Peña, batatas fritas

    Além disso, dois tipos de molho para acompanhar a carne: chimichurri e salsa criolla (molho à Campanha). Os dois bem temperados, embora sem cair no exagero.

    Parrilla Peña, temperos

    Mesmo após tanta comida, resultou impossível pedir a conta na Parrilla Peña sem antes experimentar uma sobremesa. Evitando novamente fazer o pedido habitual, ignoramos o clássico pudim com doce de leite.

    A escolha foi outra: Romeu e Julieta versão argentina, uma das sobremesas mais famosas no país vizinho! Dois tipos de doce disponível… Dulce de Batata (marrom glacê) ou Dulce de Membrillo, parecido com a goiabada. O queijo pode ser o Mar del Plata, duro e com um toque sutilmente apimentado ou Cremoso, mais perto do sofisticado Brie: mole e com um sabor penetrante. O meu foi simplesmente Batata e Mar del Plata. Excelente e abundante!

    Parrilla Peña, sobremesa

    Parrilla Peña, vale a pena?

    Na hora da conta, nada de desmaiar. Dá para comer abundantemente sem ter que sacrificar a economia do resto das férias, pagando um valor justo. A notinha inclui o chamado serviço de mesa e você deixa gorjeta, se quiser. No meu caso, eu fiz. O atendimento foi ótimo, um elemento que nem sempre encontramos em Buenos Aires. Vale a dica? Sim. Se estiver procurando uma boa churrascaria na capital portenha e comer carne de verdade, então pense na Parrilla Peña!

    Pensa viajar a Buenos Aires e quer curtir um verdadeiro show de tango, com jantar, bebidas livres e traslado ida e volta incluídos? Então não perca mais tempo… a sua solução acabou de chegar!!!

    Qual o endereço? Rodríguez Peña 682, quase esquina Viamonte. Abre de segunda a sábado em dois horários: das 12.00h às 16.00h e a partir das 20.00h até a meia-noite. Domingos fechado.

  • Parrilla Don Julio, carne argentina com estilo

    Parrilla Don Julio, carne argentina com estilo

    Parrilla Don Julio, carne argentina com estilo

    Buenos Aires… a cidade do tango, da carne e do vinho. Centenas de churrascarias espalhadas pela cidade, esperando pacientemente os fregueses chegarem. De fato, em cada um dos 48 bairros portenhos existe pelo menos uma parrilla, isso é de lei. E nesse sentido Palermo Soho, o bairro favorito dos brasileiros, não fica nem um pouco atrás. Além da badalada e famosíssima La Cabrera, outra churrascaria renomada concorre em relevância e qualidade: a Parrilla Don Julio.

    Praticamente a maioria dos turistas que visitam Buenos Aires fazem questão de conhecer as bondades da carne argentina. E se for com um bom vinho, melhor ainda.

    A Parrilla Don Julio está localizada na esquina de Guatemala e Gurruchaga, mais precisamente em Guatemala 4691. Como acontece com a maior parte dos locais comerciais de Palermo Soho, funciona num antigo casarão todo reciclado. A ambientação é bem rústica, com tijolos a vista e madeira e um monte de garrafas de vinho nas prateleiras.

    O interior oferece um salão principal com umas 12 mesas aproximadamente e ainda um pequeno mezanino no segundo andar. Na calçada também há uma meia dúzia de mesas, que em épocas de clima ameno resulta uma boa sacada. Em resumo, bem aconchegante.

    Parrilla Don Julio, salão principal

    O cardápio de Don Julio

    Logo no começo, após uma taça de vinho espumante oferecida na entrada, chama a atenção a simplicidade do cardápio. É bem conciso, com os cortes de carne e pratos mais destacados e só. Acontece a mesma coisa com as sobremesas: as opções provavelmente não sejam muitas. O que por um lado pode ser uma surpresa, ao mesmo tempo acaba ajudando na hora de escolher. Você não vai demorar indefinidamente para fazer o seu pedido!

    Parrilla Don Julio

    Os tipos de carne de boi disponíveis são o bife de chorizo (contrafilé), olho de bife, bife de alcatra, filé duplo, filé mignon e costela. Também tem carne de porco e frango. Se quiser, é possível pedir meia porção de qualquer uma das guarnições ou meia salada.

    Problemas na hora de fazer o seu pedido numa churrascaria? Conheça os nomes dos principais cortes de carne argentina

    Na aérea dos vinhos a situação muda consideravelmente. A adega da Parrilla Don Julio é enorme e tem muito para escolher, sobretudo se você gosta de vinho tinto. As opções de Malbec e Cabernet Sauvignon são realmente inúmeras.

    O pedido está na mesa…

    A minha escolha foi das mais simples: um bife de chorizo com batatas fritas e uma salada mista. Sempre acho que num restaurante desconhecido o melhor é pedir o prato mais convencional, sem muitas exigências. Se a cozinha der conta do pedido numa boa, quer dizer que dá para pedir outros pratos mais sofisticados tranquilamente. Caso contrário, as coisas só podem piorar e a gente acaba se dando mal.

    Parrilla Don Julio, bife de chorizo

    Não foi assim na Parrilla Don Julio. De jeito nenhum. O bife de chorizo largo foi servido realmente no ponto e bem suculento. Estava bem presentinho esse sabor característico das brasas, nada de ter sido grelhado na chapa. Grelha mesmo. As batatas fritas eram de verdade (coisa cada vez menos frequente hoje em dia) e a salada veio bem abundante, mesmo sendo meia porção.

    Parrilla Don Julio, panqueca

    Sobremesa? Com certeza, só que no lugar do tradicional pudim caseiro com doce de leite (um clássico portenho) pedi uma panqueca. Também com doce de leite, é claro. Resultado: estava tudo ótimo!

    A Parrilla Don Julio é uma churrascaria para turistas ou não?

    Considerando o tamanho do cardápio e (possivelmente) os preços, a primeira impressão seria essa: uma churrascaria apenas para turistas. O fato de estar em Palermo Soho, um bairro metade turístico metade boêmio pode ajudar na confusão. Os preços não são baixos e uma pessoa, dependendo da escolha, pode gastar tranquilamente 1 mil pesos sem beber vinho.

    Logicamente, comer em Buenos Aires não está barato e às vezes fica difícil saber se estamos pagando o valor certo ou não. Mas numa churrascaria desta categoria podemos esperar que os preços estejam nesse patamar. Você vai pagar pela qualidade, pelo lugar e por ser bem atendido, o que não é pouco.

    Parrilla Don Julio, entrada

    Fui um sábado a meio-dia e o ambiente estava meio dividido: turistas estrangeiros e comensais portenhos quase na mesma proporção. Nos finais de semana é recomendável reservar mesa, que pode ser feito através do site oficial da Parrilla Don Julio. Se não quiser reservar, então o melhor é chegar bem cedo. Meio dia em ponto ou antes das 21 horas, depois já fica mais difícil achar mesa e tem que esperar.

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    Seja para portenhos ou para turistas, a Parrilla Don Julio é uma ótima opção na hora de escolher uma churrascaria. Um local bonito, bem localizado e com um atendimento, oferecido por jovens e dinâmicos garçons (supervisionados pelo Maitre Daniel), muito eficiente e cordial.

  • Estância Don Silvano

    Estância Don Silvano

    Festa Gaúcha na Estância Don Silvano

    Se a sua intenção é sair do acostumado e às vezes estressante movimento de Buenos Aires, então um programa que não deve faltar no seu roteiro de viagem é uma visita à Estância Don Silvano. Trata-se de um tour de um dia e resulta ser uma boa dica para ir com um grupo de amigos ou em família e com as crianças.

    O sítio, de quase 400 hectares, está localizado na cidade de Capilla del Señor, a 90 km do centro portenho. Para chegar é preciso fazer uma viagem de uma hora e meia pela estrada Panamericana, mas vale a pena todos os km percorridos. Na Estância Don Silvano está esperando por nós um encontro com as autênticas tradições argentinas e a sua legítima culinária.

    No ano de 1940 o espaço foi fundado por um imigrante italiano de nome Silvano, que em seguida começou a receber os seus amigos e conhecidos. Aos poucos o que era uma simples fazenda familiar, foi se convertendo numa verdadeira atração turística.

    A ideia inicial do Don Silvano foi continuada pela sua família e atualmente, além das visitas, a estância oferece hospedagem, com 25 quartos e uma capacidade para até 70 pessoas.

    A partir das 11h todos os visitantes são cordialmente recepcionados. E as boas vindas são para valer: umas imperdíveis empanadas fritas (com bastante recheio), só para começar. Para beber você pode escolher entre vinho branco, tinto, refrigerante ou suco. Tudo à vontade e sem sentir culpa.

    Estância Don Silvano, carruagens

    A dica é não passar por alto o tentador quitute por que o almoço ainda vai demorar um pouco em sair. Não devemos esquecer que em Buenos Aires os portenhos têm o hábito de almoçar mais tarde que no Brasil e na Estância Don Silvano esse costume se mantém.

    O que podemos fazer antes do almoço

    Tem muitas atividades para fazer nesse meio tempo e vale a pena aproveitar tudo aquilo que o lugar possui.

    • Percorrer a fazenda num passeio a cavalo ou de carruagem.
    • Visitar a lojinha cheia de artigos regionais (principalmente de couro). Dentro dela é possível encontrar e comprar produtos regionais feitos de maneira bem caseira (doces, queijos, mel), além de enfeites e outras lembranças.
    • Pensando nas crianças, a Estância Don Silvano dispõe de uma área com brinquedos especialmente para elas.
    • Se divertir andando de tirolesa.
    • Dar uma boa caminhada pela ampla chácara, o que permite observar bem de perto os numerosos animais e os objetos decorativos, claros exemplos das tradições gauchescas.
    • Curtir a piscina durante a época de verão (nesta época do ano é simplesmente um sonho!).

    Enquanto isso é bom ficar atento para escutar o sino. Ele não é muito grande, mas está localizado na entrada do Galpão onde funciona o enorme comedor: o particular som vai marcar o começo do almoço!

    O churrasco da Estância Don Silvano

    Por volta das 13.30h o sino finalmente toca: está na hora de experimentar o tradicional churrasco argentino no seu verdadeiro cenário: uma legítima fazenda da província de Buenos Aires. Além de vários tipos de saladas, são servidos os mais destacados e nobres elementos do famoso Asado Criollo: chorizo, morcilla, pollo, asado de tira e vacío.

    Estância Don Silvano, churrasco

    Falando em português? Linguiça, morcela, frango, costela e fraldinha. Tudo chega às mesas trazido gentilmente pelas garçonetes, todas elas com as típicas roupas gaúchas. As bebidas? Vinho, cerveja, refrigerante ou água mineral.

    Durante o almoço tem show ao vivo e dança com um bonito espetáculo de música folclórica, abrangendo todas as regiões da República Argentina. Mas não é só isso: os músicos fazem questão de prestigiar a todos os visitantes interpretando brevemente músicas de cada país. Um momento muito engraçado e também emotivo.

    Estância Don Silvano, almoço

    Estavam presentes turistas brasileiros, uruguaios, chilenos, mexicanos, cubanos, americanos, alemães, italianos e até irlandeses. Para cada nacionalidade os músicos cantavam uma breve canção de cada país.

    No final do show não podiam faltar No llores por mi Argentina nem algumas peças de tango, sem esquecer-se de umas rápidas e descontraídas aulas com os passos básicos do famosíssimo estilo.

    Mais ainda tem mais: uma demonstração de destrezas gauchescas, mostrando as particulares habilidades dos gáuchos argentinos andando a cavalo. E na hora da saída: o café da tarde! Tortas fritas, pastéis doces e mate cozido.

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    Perto das 17.00h é o momento de regressar à cidade, sinal que a Festa Gaúcha na Estância Don Silvano está concluindo. Mas foi uma ótima oportunidade para conhecer de perto os costumes argentinos num ambiente genuíno, se divertir em família e sobre tudo… comer bastante!